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quinta-feira, 15 de setembro de 2022
terça-feira, 13 de setembro de 2022
[7168] Espectáculo encerrou com mornas e declamação de poemas de autores cabo-verdianos (estes, por Regina Correia), que é o mesmo que dizer que fechou com chave de ouro (ver três posts anteriores)
Correspondendo ao comentário do nosso comentador-mor Adriano Lima, aqui vai um poema da Regina Correia, publicado no livro "Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia" (ed. UCCLA, Fev. 2021), onde também surgem Germano Almeida, José Luiz Tavares, José Luís Hopffer Almada, Lídia Jorge, Manuel Alegre e Joaquim Saial, entre muitos outros luso-falantes.
MÁSCARAS
Espera-se pouco do miolo que, de
si mesmo cria o vazio vivo da
máscara no centro dos pesadelos,
na vibração dos signos alterados.
da contemplação. Recentra-se a maré
no tempo que tudo leva. Quem corre
para os arcos detrás dos condenados?
Mais tarde, frente ao sol, novas máscaras.
Um pássaro renova canto e margens
sobre os frutos que emergem minerais.
Diante nas cicatrizes na pedra
sem máscara sucumbe o antílope
ao golpe pleno dos pontos cardeais.