tag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post1941843859902008053..comments2024-03-07T21:14:28.293+00:00Comments on Praia de Bote: [1154] Rui Freitas sobre João Vário (pseudónimo de João M. Varela), cientista e escritor mindelenseJoaquim Saialhttp://www.blogger.com/profile/03049490969795557345noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-34587036838287587902014-12-07T16:19:45.796+00:002014-12-07T16:19:45.796+00:00Esperemos que o João Vário esteja atento no Além e...Esperemos que o João Vário esteja atento no Além e leia estes materiais que lhe hão-de dar muito prazer - como aos restantes leitores. Bem, é uma grande presunção aqui eu achar que no Além se lê o Praia de Bote, mas que seria interessante, seria.<br /><br />Braça ilusório,<br />DjackJoaquim Saialhttps://www.blogger.com/profile/03049490969795557345noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-67286901744431980792014-12-07T16:15:14.886+00:002014-12-07T16:15:14.886+00:00Conheci o João Vário (Junzin de nha Bia D’Ideal) a...Conheci o João Vário (Junzin de nha Bia D’Ideal) ainda criança, na Rua de Morguino. Filho de uma família modesta, começou cedo a trabalhar para financiar os estudos. A professora Celeste Pereira apercebendo-se da sua inteligência, deu-lhe os apoios necessários para frequentar o Liceu Gil Eanes. A esta digna professora, ele dedicou um dos seus livros de poemas do ciclo Exemplos. Enquanto estudante do Liceu, João Vário deu aulas privadas do segundo e quinto anos a vários jovens, de que se destacavam o seu irmão Toi Neves e Corsino Fortes. Foi também presidente do grupo Vindouros, a que pertenciam José Pinto, hoje médico reformado em Portugal, os filhos de Nhô Djunga do Liceu, Gonçalo e Leopoldo e também o meu irmão, já falecido, Teodoro Bolivar Silva. Chegou a escrever um pequeno poema épico para ser musicado como o hino do grupo mas de que não mais tive notícias. Publicou em 1957 o livro de poemas Horas sem carne, que viria a retirar do mercado, tendo estado em São Vicente nos fins dos anos cinquenta.<br />Em Coimbra, onde se formou em medicina, começou a ler novos poetas como Dante, Saint John Perse, Senghor e frequentou uma nova geração de poetas portugueses à procura de um estilo próprio e de uma temática mais universalista. Segundo ele, a poesia das às secas, das fomes e da emigração já tinha sido bem escrita por Osvaldo Alcântara e Jorge Barbosa e ninguém podia fazer melhor. Quanto a ele, procurava escrever a poesia do futuro, aquela que o « cabo-verdiano espera ». Numa discussão, num café, com Ovídio Martins sobre a função da poesia, os dicursos de ambos desencontraram-se e Ovídio em resposta, num guarda-napo, escreveu o poema Eu não Vou para Pasárgada, publicado no seu livro Cem poemas. Mais tarde Onésimo Silveira, no seu ensaio cítico à literatura claridosa Consciencialização na Literatura Cabo-verdiana, afirmava : Esta é a geração que não vai para a Pasárgada ». E o tema da pasárgada criou enormes conflitos de interpretação a que o próprio Baltasar Lopes veio a terreiro responder violentamente a Ovídio Martins no jornal Voz di Povo.<br /> Em 1965, João Vário fugiu de Portugal para a França e Bélgica, mantendo-se sempre perto da comunidade cabo-verdiana e continuando com o ciclo poético dos Exemplos. Tinha o projecto de criação de uma revista chamada Macronésia onde queria reagrupar todos os ilhéus do Atlântico. Este projecto foi realizado em Cabo Verde com a revista Anais que, infelizmente, morreu também com o seu desaprecimento físico. É pena que as pessoas mais próximas da revista, como o Dr. Arsénio Pina e o Eng° António Pedro Silva, não tenham continuado com o projecto da Academia de Ciências Comparadas.<br /> Luiz Silva<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/12564983541784987237noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-43685115713484899242014-12-07T14:57:47.058+00:002014-12-07T14:57:47.058+00:00Gente deste calibre não é bem vinda ao sistema emb...Gente deste calibre não é bem vinda ao sistema embora tentam idolatrá-lo depois da morte, pois já não incomoda. Estas frases do João Vário são inconvenientes.José Fortes Lopeshttps://www.blogger.com/profile/01258385341442410340noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-55107503397336404712014-12-07T14:40:22.625+00:002014-12-07T14:40:22.625+00:00Seja como for, mais um pequeno/grande texto do nos...Seja como for, mais um pequeno/grande texto do nosso amigo Adriano. Quanto a mim, só vi João Vário uma vez, numa palestra que fiz no Centro Cultural Português do Mindelo, quando andava em trabalhos do livro "Capitania", por 1999. O senhor estava no público mas acabei por não ter ocasião de falar com ele. Agora que é uma figura da ciência e cultura cabo-verdianas, disso não resta qualquer dúvida.<br /><br />Braça científica,<br />Djack Joaquim Saialhttps://www.blogger.com/profile/03049490969795557345noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-14451127462176876762014-12-07T14:33:32.907+00:002014-12-07T14:33:32.907+00:00Nunca vi o Professor Varela e pouco conheço da sua...Nunca vi o Professor Varela e pouco conheço da sua obra. Mas é o bastante, somado ao que li de outros sobre ele (bem e mal), para sentir uma enorme admiração e respeito por este Homem. A sua idiossincrasia pouco tem a ver com a nossa, e isso é verdadeiro em todos os sentidos. Creio que é por esta circunstância que ele despertou incompreensão e animosidade a muitos. Circunstância particularmente marcada pela sua capacidade de não se submeter ao encantamento da nossa pequenez e das nossas fatalidades, no desejo veemente de querer olhar tudo de um ponto mais alto para ver melhor e mais lucidamente a realidade. Algo me diz que é por isso mesmo que ele é e será sempre Grande no meio de muitos pequenotes.<br />Contudo, admito que outros poderão ter uma opinião mais abalizada do que a minha, visto que, reafirmo, não o conheço tanto como desejaria.Adriano Miranda Limahttps://www.blogger.com/profile/16678359151673400331noreply@blogger.com