tag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post279232904876808092..comments2024-03-07T21:14:28.293+00:00Comments on Praia de Bote: [1427] Perplexidade pelo alupec chega à Praia de BoteJoaquim Saialhttp://www.blogger.com/profile/03049490969795557345noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-71396645266663483412015-03-12T20:35:56.765+00:002015-03-12T20:35:56.765+00:00Parabéns por este nível elevado deste debate. Está...Parabéns por este nível elevado deste debate. Está tudo dito aqui se dissesse mais não acrescentaria nada de novoJosé Fortes Lopeshttps://www.blogger.com/profile/01258385341442410340noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-26277454777682095192015-03-12T16:38:50.884+00:002015-03-12T16:38:50.884+00:00Carmo, no fundo julgo que pensamos e dizemos a mes...Carmo, no fundo julgo que pensamos e dizemos a mesma coisa, tirando pequenas obliterações de linguagem. Afinal, a afectividade tem algo a ver com a receptividade, não é? Se eu não mostro abertura para conhecer algo, como poderei saber o tipo de sentimento que esse algo é capaz de me despertar?<br />Quanto ao paradoxo, é preciso ver que este pode ser “verídico” ou “falsídico”, conforme o resultado que produz, mas o conceito permite certa latitude, podendo significar antinomia. No caso em apreço, vejamos por que o disse. O propósito do Governo é domesticar o crioulo com uma gramática para a padronização e disciplinação de uma escrita, e também da expressão oral, no intuito de facilitar a aprendizagem do português e outras línguas estrangeiras, mas pensando que a todo o transe pode vir a dispensar a primeira. É o conceito do Governo. Ora, se temos de aperfeiçoar o português para dominar o crioulo (“conhecer bem a língua portuguesa beneficiará de um maior domínio do crioulo”), então estamos a inverter os termos da relação que, no entendimento do Governo, promoverá o progresso dos cabo-verdianos no domínio linguístico. Portanto, aprender bem o português para dominar o crioulo, além de soar um pouco a absurdo , é a mais perfeita negação dos propósitos do Governo, já que este defende exactamente o contrário. Sim, porque se eu aprendo bem o português para ascender a níveis superiores do conhecimento abstracto, que interesse haverá em “aprender bem” uma língua de um número limitado de pessoas? <br />Bem, Carmo, isto que o Governo pretende é um absurdo e é uma incógnita. A solução devia ser apostar valentemente no ensino da língua portuguesa e deixar o crioulo no espaço de liberdade em que ele respira como sabe e pode e até se recria. No mais, a questão tem um alcance estratégico que mais à frente será objecto do diálogo entre o Filinto e o Elísio, onde é bem vinda a sua presença. Em boa hora veio dar umas boas remadas no bote do nosso amigo Joaquim Saial.<br />Adriano Miranda Limahttps://www.blogger.com/profile/16678359151673400331noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-24424831567214795742015-03-12T14:21:53.245+00:002015-03-12T14:21:53.245+00:00Caro Adriano,
Julgo que me interpretou mal. A disc...Caro Adriano,<br />Julgo que me interpretou mal. A discordância prendia-se apenas com a sensação exclusivamente positiva ou "afectiva" que a língua portuguesa pode suscitar. Queria dizer que provoca também o seu contrário, o que obviamente é produto de uma conjectura política (que em vez de ser sanada está a ser exacerbada para servir outros propósitos). Quanto à aceitação e ao uso que o português merece no actual contexto social cabo-verdiano julgo que partilhamos a mesma opinião. O problema é que há quem não pense assim e disso é prova o fraco domínio da língua portuguesa em vários contextos (com a formação a ser descurada continuamente) bem como a conotação negativa, leia-se, elitista, que se faz dela (precisamente porque não é a língua de todos, falada e entendida por todos, porventura porque não querem alguns...)<br />Não vejo paradoxo em dizer que o português é um contributo para o crioulo. Aliás, o crioulo deriva do português.<br />Carmo Daun e Lorena<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-78147758126268234862015-03-12T12:54:05.494+00:002015-03-12T12:54:05.494+00:00Valioso contributo nos deixou aqui a Carmo. Oxalá ...Valioso contributo nos deixou aqui a Carmo. Oxalá apareçam mais do género, para alimentar o debate. Quando diz que discorda de mim no que diz respeito à forma como a língua portuguesa é encarada, percebo que quer dizer que tenho uma percepção optimista sobre a aceitação e o uso que o português merece no actual contexto social cabo-verdiano. Talvez seja. Admito que tenha havido um certo retrocesso em relação aos tempos em que a miudagem lia as revistas aos quadradinhos e percebia dum modo geral o seu conteúdo. Mas também é de perguntar se no pós-independência não houve o propósito de instilar nos espíritos um sentimento pouco favorável ao uso da língua portuguesa, associando-a ao colonizador. É uma pergunta que fica e não é descabida.<br />Quanto ao exemplo que citou da miúda que leu escorreitamente sem nada perceber, poderia contrapor com outros casos que não o conferem, presenciados por mim e acontecidos com crianças da minha família a viver em Cabo Verde.<br />Não deixo de registar o curioso paradoxo quando diz que “quem conhecer bem a língua portuguesa beneficiará de um maior domínio do crioulo”. Remete-nos ao ponto zero da discussão, mais uma razão para reiterar a minha convicção de que esta questão não pode ser resolvida pelo viés político mas sim numa perspectiva científica.<br />Apareça mais, amiga Carmo, que é um gosto tê-la como interveniente neste espaço. O Joaquim Saial agradece.<br />Adriano Miranda Limahttps://www.blogger.com/profile/16678359151673400331noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-13431133361519725662015-03-12T12:02:17.857+00:002015-03-12T12:02:17.857+00:00Um debate sobre o que é ou não é a identidade naci...Um debate sobre o que é ou não é a identidade nacional e sobre a instrumentalização deste conceito daria pano para mangas e exigiria um recurso a quadros teóricos e outras ferramentas analíticas que requereria uma dedicação de tempo considerável. Não me é possível debruçar-me sobre isso agora mas importa deixar claro que as identidades são sempre construídas, relacionais, compósitas, mutáveis, e isso não faz delas mais “subjectivas” ou menos “objectivas”.<br />A língua é um elemento identitário. Agora, a forma como esse e outros elementos são operacionalizados isso é outra história. Claro que esta questão do ALUPEC não é meramente linguística. A celeuma que tem causado revela precisamente isso. Mas o problema que se coloca não é pelo facto de esta ser uma questão política mas sim devido à manipulação política que lhe subjaz e que traz atrelada uma determinada concepção de cabo-verdianidade, de identidade, seja nacional, seja regional.<br />Devo dizer que discordo do Adriano no que diz respeito à forma como a língua portuguesa é geralmente encarada. Em certos contextos ou circunstâncias, a língua portuguesa desperta sim uma certa hostilidade, na medida em que é muitas vezes utilizada para vincar um certo estatuto, logo, para rebaixar os demais. Por outro lado, o domínio da língua portuguesa não é de todo generalizado. Isto pode parecer devaneio mas não é. E não são apenas os “excluídos”, que não foram à escola. Não. São os miúdos que andam na escola, são os professores que dão aulas a estes miúdos, são os licenciados, são os “jornalistas” que escrevem as notícias. Claro que não se pode generalizar porque há muitas e boas excepções de miúdos, de professores, de licenciados, de jornalistas. Mas este é o cenário global e ter medo de assumir isto só vai perpetuar o marasmo.<br />Um dia, ao ver uma menina de cerca de 10 anos a fazer os trabalhos de casa, juntei-me a ela. Leu-me um texto do seu livro de escola. Era uma excelente leitora. Leu o texto em português de forma quase irrepreensível. Quando lhe perguntei acerca do conteúdo do texto ela não foi capaz de dizer nada. Não tinha entendido a história que tinha acabado de ler. Isto é apenas um exemplo, entre outros, de como existe uma fachada que aguenta um prédio em ruínas.<br />Também me parece óbvio que quem conhecer bem a língua portuguesa beneficiará de um maior domínio do crioulo. Perceber a origem etimológica das palavras, por mais transformações que estas tenham sofrido (a par de uma aprendizagem de novo vocabulário), só ajuda a dominar melhor o crioulo. Isto sem falar da comunicação com outros falantes de português…<br />Entre luta de versões de uma identidade nacional, assimetrias regionais (que extravasam a dicotomia Santiago/S.Vicente), fantasmas do passado e alienações do presente, não deixa de ser curioso que a letra C não faça parte do ALUPEC... A letra com a qual se escreve Cabo Verde.<br />Carmo Daun e Lorena<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-4383993405889266072015-03-11T14:28:35.671+00:002015-03-11T14:28:35.671+00:00TUDO ISTO PODIA TER UMA ENORME PIADA SE NÃO FOSSE ...TUDO ISTO PODIA TER UMA ENORME PIADA SE NÃO FOSSE TÃO TRÁGICO!!!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/13592863065715295436noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-83812796457704960012015-03-11T14:03:54.368+00:002015-03-11T14:03:54.368+00:00É mesmo isso, Val, um facto consumado. Mas, mesmo ...É mesmo isso, Val, um facto consumado. Mas, mesmo consumado, a nossa gente devia participar na discussão. Não precisam concordar com o Filinto e o Elísio, o importante é mostrarem que não são indiferentes a uma medida que vai mexer com a vida do país e do seu povo.Adriano Miranda Limahttps://www.blogger.com/profile/16678359151673400331noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2055932532210027292.post-76256453860855738862015-03-11T12:30:15.998+00:002015-03-11T12:30:15.998+00:00Perplexidade !!!!
Este surto de diarreia mental q...Perplexidade !!!! <br />Este surto de diarreia mental que nos devora, no principio parecia um malentendido chauvinismo á mistura com uma xenofobia revolucionària mas logo provocou uma indignação geral em todas as camadas, politizadas, politizadas ou não Tanto o operário como o intelectual se sentiram atingidos porque não consultados e colocados perante um facto (quase) consumado. <br />Afinal, as imagens cómicas para um artigo tão sério acabam por ser aceitáveis por traduzirem o estado de alma dos surpreendidos.valdemar pereirahttps://www.blogger.com/profile/14643976979944729439noreply@blogger.com