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Eis algumas referências, das muitas existentes na Internet, à mão de semear, para quem gosta de pesquisar e saber mais sobre Cabo Verde: AQUI, AQUI e AQUI.
Djack, pesquisei e recolhi a seguinte informação:
No Museu da
Baleação, em New Bedford (USA), há uma lista dos marinheiros do baleeiro
Acushnet, que partiu para os Mares do Sul, em 1841. Entre os nomes, os
dos portugueses George Galvan e Joseph Luis, do Faial, John Adams, de
Cabo Verde, e o do americano Herman Melville. Nessa viagem, Melville
aprendeu para escrever Moby Dick.
Dos seus companheiros portugueses fica a grafia manhosa dos nomes, o que era comum : os dois primeiros assentos de baptismo católico em New Bedford são de John e Lucia, filhos de "Ennis Leeshandry", dislexia do sacristão perante um Inácio Alexandre. Apesar desses desencontros, New Bedford, que foi a capital mundial da baleia, foi também a mátria da emigração lusa na América. Os baleeiros com tripulação mínima fundeavam ao largo do Faial, da Madeira ou de São Vicente, os rapazolas metiam-se nos botes, subiam a amurada e entregavam-se a percorrer os mares na caça da baleia. O seu porto passava a ser New Bedford, dali escreviam cartas de chamada e a emigração para a América começou - por ironia, à custa de uma indústria fundada por português de outras origens, o judeu sefardita Aaron Lopez.
Esse Museu da Baleação dedicado à primeira grande indústria americana só mostrava difusa memória portuguesa, como a lista do Acushnet. A partir da próxima sexta-feira vai ter, de forma permanente, uma galeria dedicada aos baleeiros portugueses.
Quem imaginaria que um marinheiro cabo-verdiano pertenceu ao universo em que se inspirou o futuro autor de Moby Dick? Quando vi o filme no Eden Park estava longe de pensar em tal coisa.
Eis aqui três imagens que Pd'B já tinha recolhido:
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2 e 3 - Imagens do "Acushnet", a primeira de proveniência desconhecida, a segunda do Museu de Brooklin.
Ampliação do nome de Herman Melville |
![]() |
Ampliação do nome de João Adão / John Adams (clique na imagem, para a ver melhor) |
Pois é, Djack, vais aos mais recônditos baús buscar pérolas preciosas da nossa memória colectiva. Portugueses, açorianos e cabo-verdianos têm todos o mar no sangue, o convite à aventura sempre inscrito no horizonte longínquo.
ResponderEliminarMoby Dick é um dos meus filmes de culto, não por causa da matança de baleias, que me repugna, mas pela aventura e o risco numa luta que não era tão injusta como seria mais tarde no confronto entre o homem e o animal. Arpoar uma baleia com meios balísticos e no conforto dum barco moderno não é a mesma coisa que enfrentá-la num pequeno bote e com um simples arpão.
A história do Moby Dick foi recentemente recriada com outro filme, que se intitula No Coração do Mar. O filme é bom e apresenta ângulos e ingredientes um pouco diferentes daquele em que o Gregory Peck é o actor principal. Mas quando penso na história o que me vem à mente é precisamente o filma mais antigo, o do Gregoy Peck. Para mim, ele é o rosto mais fidedigno do Capitão Ahab.
Ah, a minha neta ofereceu-me no ano passado o romance de Herman Melville.
E eu estou espantado com a "enormíssima multidão" de um visitante que tem falado sobre o João Adão / John Adams. Fiz um escarcéu enorme sobre o nosso baleeiro mindelense (ês ca era só di Djabraba) e apenas tu trouxeste algo de novo. É escusado, os nossos leitores é tudo boa gente, mas...
EliminarBraça com arpões e óleo de baleia por todo o lado,
Djack
Djack, se calhar temos de lhes aplicar um tratamento, não com óleo de baleia, mas com óleo de fígado de bacalhau.
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