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Primeiros excertos do romance "Chiquinho" de Baltasar Lopes, este ano em 70.º aniversário, foram precisamente publicados nos volumes 1 e 3 da mesma, cerca de uma década antes de o livro ser dado à estampa, em Lisboa. Manuel Lopes, António Aurélio Gonçalves, Jorge Barbosa, Henrique Teixeira de Sousa, João Lopes, Nuno de Miranda, Aguinaldo Fonseca, Jorge Pedro, Onésimo Silveira e Corsino Fortes são alguns dos nomes mais representativos publicados pela revista. Manuel Ferreira surge pelo convívio que teve com os "claridosos" e pela sua ficção de temática próxima.
Por limitações de espaço expositivo, houve que fazer uma selecção de apenas sete autores e 40 livros (e, de vários deles, suas subsequentes edições) que, pela primeira vez em Almada, oferecem uma ideia bastante clara da literatura cabo-verdiana que entronca, em nomes e ideia, na celebrada revista das ilhas verdianas.
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Quarenta livros é obra, Djack! Estás a ombrear com os maiores coleccionadores de obras cabo-verdianas e ainda por cima com o mérito de promover a sua divulgação entre o mundo lusófono. Esta iniciativa é deveras louvável e é sem dúvida oportuna porque surge no âmbito do 70º aniversário do emblemático romance Chiquinho. O interesse particular desta iniciativa é ela envolver obras que revestem um valor histórico próprio; diria que são “clássicas” por despontarem com o Movimento Claridoso, que na literatura cabo-verdiana ganha foros de autêntico classicismo na medida em que inaugura uma expressão cultural e estética muito própria dentro do espaço lusófono, ao mesmo tempo que assinala o despertar da consciência identitária do povo cabo-verdiano. Uma consciência identitária que, a meu ver, correspondia a uma forma singular de ser, sentir e expressar o seu sonho de felicidade.
ResponderEliminarParabéns, Djack! Obrigado, Djack!
A ideia inicial era expor 70... 70 anos de "Chiquinho", 70 livros de "claridosos". Contudo, esbarrei com um contratempo que é só haver quatro expositores, cada um deles com espaço apenas para 10 livros. Mesmo assim, será uma bela mostra e pelo que sei, pouco usual. Pode ser que um dia a coisa seja mais lata. Veremos!...
EliminarTu sabes bem como é... o vírus cabo-verdiano está cá, nada a fazer.
Braça bibliófila,
Djack
Fanàstico !!!
ResponderEliminarÊ quanto posso dizer deste facto de ter, no estrangeiro(?), uma colecção e participar com ela nessa exposição.
Poucos de nôs temos tantos e tais obras, sobretudo uma pessoa que, a cada vez que parte tem de se desfazer de muita coisa que não pode consigo deslocar e que leva o coração despedaçado.
Um imenso obrigado pelo interesse, pela paciência, pela competência e pelo amor à nossa (de ambos e dos outros) terra Cabo Verde.
Braça significatica bem pertod