sábado, 5 de novembro de 2011

[0141] Carris, comboios, vagonetas e por aí fora, pouca-terra, pouca-terra...

A notícia é de Janeiro de 1956, mas refere-se a tempos muito anteriores, 121 anos atrás. Coisa de Sal e de salinas, obviamente. Mas a nossa ilha também teve linhas ferroviárias, ali bem perto da Praia de Bote. Não só a que o PRIA DE BOTE divulga em duas imagens, instalada no Cais da Alfândega, mas outras de que há felizmente boas fotos (no arquivo Djô Martins, por exemplo), propriedade das companhias carvoeiras também nossas vizinhas.


(clique nas imagens)

4 comentários:

  1. Lembro-me ainda ter visto trabalhadores empurrando as vagonetes carregadas no Ponte >Nova. Mas mais ainda as carregando carvão no cais da Companhia Nacional, mesmo ao lado.

    Ainda há bem pouco pude ver uma fotografia do cais com um "1° andar" com os carris. As guindastes apanhavam o carvão nas lanchas, atracadas, e deitavam o carregamento nas tais vagonetas e estas eram despejadas mais longe. Era uma fumaça dos diabos que, com o vento, ia por vezes até os escritôrios .

    Lembro-me perfeitamente do que digo porque tive o privilégio de assistir de perto pois deixavam-me entrar para ir encontrar o meu avô materno que era fogueiro. Tinha à sua conta a caldeira que dava a "steam" às guindaste.

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  2. Excelente participação de quem viu ao vivo e não de ouvir falar. São as vantagens de ter nascido em diazá.

    Grande braça para o Val

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  3. Também me lembro de, por volta dos meus cinco anos, ter passado, acompanhado do meu pai, pelo cais a que se refere o Valdemar (Companhia Nacional) e visto vagonetas a transportar carvão em grande azáfama debaixo de uma poeira negra. Anos mais tarde, quando me deslocava à escola na rua de Camões (1ª e 2ª classes), creio que tudo isso já não existia. Ora, foi em 1950 e 1951 qu frequentei essas classes. O Valdemar pode confirmar a data mais ou menos em que foi extinta a actividade carvoeira da Companhia Nacional.
    É interessante recuperar estes registos históricos, Joaquim, porque assim se vai reconstituindo o que foi a ilha de S. Vicente noutros tempos, mediante relatos e imagens. As fotografias mostram o cais do Mindelo em tempos muito recuados.

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  4. É a história da nossa ilha que aqui se vai revelando um pouco, dentro da modéstia de um blogue feito sobretudo de carinho por S.Vicente e pelo Mindelo.

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