domingo, 19 de dezembro de 2021

[5822] Post 1111 do ano de 2021- Boas Festas

Com trabalhos em carteira para este final de ano, encerramos até ao início de 2022 as actividades do Pd'B, com o recorde de 1111 posts em 2021, proeza rara ou mesmo única para blogues "cabo-verdianos" do género (se conhecerem outro/s assim, digam-nos, para lhe/s darmos os parabéns). Mais uma vez, aqui deixamos os votos de um feliz Natal c'tchêu sucrinha e um Ano Novo c'um ctchada d'pit na baía. Um abraço para os que sempre nos apoiaram e uma vaia monumental (tipo gritaria contra bandid na Eden Park, com mancarra e cimbrom atirado para o ecrã) para os que aqui vieram e não deixaram sinal. 

Pd'B  deseja um bom Natal a todos os cabo-verdianos

Pd'B deseja um Ano Novo mesmo novo e bom, sobretudo com saúde, a todos os cabo-verdianos
MpD da cidade da Praia deseja Boas Festas ao Pd'B

As habituais Boas Festas da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa ao Pd'B


As Boas Festas da ADEF ao Pd'B




As Boas Festas da UCCLa ao Pd'B

[5821] Post 1110 do ano de 2021- Boas Festas de Santa Catarina, para o Pd'B

De novo, a Câmara Municipal de Santa Catarina nos envia as Boas Festas (diferentes das iniciais, do Gabinete de Comunicação e Imagem, agora da Presidente do Município), coisa que a câmara da nossa querida cidade do Mindelo (ou da ilha de São Vicente) nunca teve a amabilidade de fazer, em dez anos do Pd'B. Felizmente, a cidade não é a CMSV, pelo que... se lixe! Nós continuaremos (até podermos), a cidade do Mindelo continuará, a ilha de São Vicente, continuará. Isso é que interessa! E viva Santa Catarina!



sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

[5819] Post 1108 do ano de 2021 - Tudo que é cabo-verdiano é resiliente

O nosso amigo Zeca Soares, repórter n.º 1 do Pd'B na ilha mais ilha (São Vicente, claro), mandou-nos esta palmeira que contra todas as previsões nasceu na dobra de um passeio, sítio completamente fora de todos os esquemas palmeirais.

Eis as palavras do nosso amigo: Olha onde esta tambeleira/palmeira foi nascer. Há mais ou menos cinco anos, passei ali nesse lugar nas minhas caminhadas matinais ou de fim do dia, era apenas uma pequena folha que saía de entre as pedras da parede, e disse para comigo: "Um dia hei-de fotografar-te." O tempo foi passando, lembrei-me da promessa e ela aí está. Como ela estará daqui a mais cinco anos? Se estiver vivo, voltarei para contar.



[5818] Post 1107 do ano de 2021: Blogue Praia de Bote, prestes a chegar ao post 1111, objectivo deste ano e recorde absoluto em 10 anos

 


[5817] Cesária: o início, os mitos, as verdades e o sucesso

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

[5816] Mais uma memória da Foto Melo


[5815] O desejado Museu de Cesária Évora e a saga que ainda não encontrou final feliz

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[5814] Novo terminal de cruzeiros do Mindelo

Praia de Bote avança em primeira mão que três elementos da diáspora cabo-verdiana, um de Tomar, outro de Tours e um terceiro de Almada têm garantido bilhete gratuito para o primeiro navio a atracar no futuro  cais de cruzeiros do Mindelo. A notícia, veiculada pelo armador do paquete "Vasco da Gama", refere ainda que o terceto será recebido pelo ministro cabo-verdiano de blogues, o qual lhes imporá o Grande Colar de Morêa Frit, a mais alta condecoração blogueira do arquipélago verdiano.

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domingo, 12 de dezembro de 2021

[5812] Que os deuses nos protejam dos complexados...

Eu, estátua, indefesa e silenciosa

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 11/12/2021)













“Eu, Diogo Cão, navegador,

deixei este padrão ao pé

do areal moreno

E para diante naveguei”

Fernando Pessoa, in “Mensagem”


Mário Lúcio de Sousa, natural do Tarrafal, Cabo Verde (onde, da última vez que lá estive, nenhuma estátua, nenhuma placa, nenhuma simples escultura, evocava o campo de morte onde tantos resistentes portugueses pagaram pela sua luta contra o fascismo e o colonialismo), escreveu no “Público” de domingo passado um artigo a defender o derrube, o “afundamento” ou a “vandalização” das estátuas coloniais portuguesas em Portugal. Embora identificado pelo jornal como “escritor e músico”, confesso que a minha ignorância sobre ele era total. Erro meu: a sua biografia ilustra-o como poeta, escritor (com dois prémios literários portugueses conquistados), músico, cantor, “cantautor”, “pensador”, pintor, global artist e ex-ministro da Cultura de Cabo Verde. Um personagem e tanto! Das suas qualidades musicais, a net pouco mais me revelou que brevíssimos excertos dos vários concertos ao vivo em que parece ter ocupado o seu último Verão em Portugal, mas nada que o aproxime sequer dos vários nomes que fizeram da música cabo-verdiana uma referência mundial. Das suas qualidades literárias, apenas consegui chegar a dois poemas sofríveis, para não dizer medíocres, e o próprio texto publicado no jornal, onde, em minha modesta opinião, faz um fraco uso desta extraordinária língua que lhe deixámos em herança… para além das estátuas. Mas isso é o menos, o fundamental é o seu argumentário.

Primeiro que tudo, a questão da legitimidade. Mário Lúcio (como ele gosta de assinar) fala em nome dos “antigos colonizados, seus descendentes, hoje pessoas nascidas, crescidas, naturalizadas, cidadanizadas, nacionalizadas, simplesmente portuguesas”. Ora, os de quem ele fala, sim, são portugueses, tal qual como eu; ele, não. Por mais que este país o acarinhe e premeie, ele continua a ser, de direito, um estrangeiro, como eu sou em Cabo Verde — embora, segundo percebi, ele goze daquele estatuto especial de alguns cidadãos dos PALOP de serem aqui quase tão portugueses como nós, mas, vade retro, orgulhosamente africanos em África e no Brasil… Assim, a minha pergunta é: que legitimidade tem um estrangeiro para vir pregar o derrube de estátuas, ou do que quer que seja, num país que não é o seu? Acaso ele se atreveria a isso em Inglaterra, em Angola ou no Brasil? Acaso ele me consentiria isso em Cabo Verde?

Segunda questão, o fundamento. Diz ele que os “‘novos portugueses’ continuam a ouvir os ecos das ordens de matar e de castigar, esses que abafam os uivos de dor”. Não vou, obviamente, discutir o que foi a barbárie da escravatura e o tráfico de 1.400.000 seres humanos, que, só os portugueses, levaram, acorrentados, de África para o Brasil — e sem os quais o Brasil que conhecemos não existiria. Mas se os “novos portugueses” ainda ouvem esses ecos, eu não: não há chicotes nem correntes em minha casa e não oiço uivos de dor vindos da sanzala dos meus escravos. O meu dever contemporâneo é contar a história, a verdadeira história (e, sim, ao contrário do que ele diz, já há em Lisboa um monumento de homenagem às vítimas da escravatura, mas, por pudor, não há um Museu das Descobertas). E, sobretudo, é meu dever denunciar novas formas de escravatura, com novos disfarces, sem chicote nem correntes, como as de que são vítimas os trabalhadores asiáticos na agricultura intensiva — e de que não se ocupam estes activistas talvez porque eles não são negros. Porque também me espanta que estes derrubadores de símbolos de um passado que há muito deixou de existir se remetam a um silêncio sujo de cumplicidade com as múltiplas formas como os povos dos países africanos outrora colónias portuguesas hoje são roubados pelos seus dirigentes, à vista de todos e como nunca foram antes. Não é o caso de Mário Lúcio, natural do único desses países que tem orgulhado a sua independência, mas o que dizer da deputada portuguesa Joacine Katar, aqui acolhida como em raros países do mundo, tão crítica do seu país de acolhimento e tão silenciosa perante a vergonha continuada que é a governação do seu país de origem e a desgraça do seu povo?

Terceira questão: o que querem eles derrubar ao certo? Mário Lúcio não esclarece esta questão, dizendo apenas que “a história é tanto a erecção das estátuas e monumentos como a sua demolição”, e o “Público” ilustra o seu texto com uma fotografa do Padrão dos Descobrimentos — cuja demolição, aliás, já foi defendida por uma luminária do PS. E, numa infeliz comparação, Mário Lúcio diz que os alemães, pelo menos, “não expõem as estátuas dos nazistas”. Passe o insulto, decerto imponderado, a verdade é que eu não conheço por cá nenhuma estátua a esclavagistas — a não ser, assim se achando, as que houver ao Infante D. Henrique, que foi, historicamente, o primeiro importador de escravos em Portugal. Mas uma vez derrubado o Infante, um dos maiores homens do seu tempo e um visionário da História da Humanidade, tudo o resto que tenha que ver com aquilo que ele iniciou e a que chamamos a epopeia das Descobertas Portuguesas terá de ser varrido do olhar e da memória, actual e futura. Estátuas, monumentos, Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém, Jerónimos, Mafra, Queluz, e não só aqui: por todo esse mundo fora, onde, desde 1415 até à independência de Macau, alguma vez os portugueses pousaram pé, e onde, com bússolas ou sextantes, com mapas ou sem mapas, com escravos, sem escravos ou com índios, ergueram castelos, fortes, igrejas, feitorias, sinais do Ocidente europeu e do seu tempo entre “gente remota”. Aquilo que esses países preservam como património histórico e como fonte de receitas turísticas, mas que o buldozer da história “limpa” deveria derrubar, em consequência e por igual. Mas, uma vez isto feito, a limpeza da memória histórica não estaria terminada. A exaltação do “colonialismo” português, confundida por estes derrubadores de estátuas com tudo o resto, não poderia, coerentemente, ficar saciada.

Sobrariam ainda, por exemplo, as pinturas e os livros: “Os Lusíadas”, “A Peregrinação”, “As Décadas da Índia”, o “Esmeraldo de Situ Orbis”, os relatos da “História Trágico-Marítima”, o “De Angola à Contracosta”, e tantos, tantos livros mais, que haveria bibliotecas inteiras para queimar em autos-de-fé. E os escritores que algum dia se deixaram tomar pelo espanto daqueles que navegavam sem horizonte conhecido: Camões, Pessoa, Jorge de Sena, Manuel Alegre, Sophia.

Diga-me lá, Mário Lúcio, com a sua visão de global artist: a sua fúria demolidora começa em que estátua nossa em concreto e acaba em que específico pergaminho?

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

[5811] Novo livro de César Monteiro, sobre a música cabo-verdiana e Manuel de Novas

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Foto Joaquim Saial

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

[5810] Tartaruga de Ouro do Pd'B, 2021



O numeroso júri de uma só pessoa do Pd'B, depois de curta discussão entre o membro único e si próprio, decidiu atribuir a Tartaruga de Ouro 2021 ao ex-Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, pelos três seguintes motivos: 

1 - Primeiro e mais importante, por durante o seu duplo mandato ter dirigido os destinos de Cabo Verde com sabedoria, equidade e honradez, assim conquistando a simpatia dos seus concidadãos e daqueles que internacionalmente com ele lidaram - ao mesmo tempo que contribuiu para a consolidação e desenvolvimento da democracia do país, em África raro exemplo no género e modelo a seguir;

2 - Por sempre se ter demonstrado um defensor da língua portuguesa;

3 - Por ser um amigo de Portugal.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

[5807] Novo livro de José Luís Hopffer Almada


[5806] Novo livro de Carlota de Barros

[5805] Eugénio Tavares - "Despedida" (Marinheiros que partem) Morna gravada no Palácio Foz (Lisboa), no dia Nacional da Cultura de Cabo Verde - 18 de Outubro - 2010

[5804] Eugénio Tavares - O Filho do Mar (Parte IV)

[5803] Eugénio Tavares - O Filho do Mar (Parte III)

[5802] Eugénio Tavares - O Filho do Mar (Parte II)

[5801] Eugénio Tavares - O Filho do Mar (Parte I)

[5800] A tardia percepção da morte de Eugénio Tavares entre os falantes de língua portuguesa da América

Eugénio Tavares faleceu na vila de Nova Sintra, ilha Brava, em 1 de Junho de 1930. A data do jornal "Diário de Notícias" de New Bedford, EUA, onde esta notícia saiu, é de 10 de Março de 1931. Diz-se nela que o poeta morrera aproximadamente dois meses antes...

[5799] Dois clássicos, dois dos maiores bardos de Cabo Verde

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

[5797] Faróis de Cabo Verde

Santo Antão

Farol de Fontes Pereira de Melo (Ponta da Tumba, farol de Boi)

Farol da Ponta Mangrande (Ponta Oeste)

São Vicente

Farol de D. Amélia (Ponta Machado, São Pedro

Farol de D. Luís (Farol do Ilhéu dos Pássaros, Porto Grande)

São Nicolau

Farol da Ponta Leste (Ponta Calheta)

Farol do Porto Velho (Preguiça)

Farol do Barril (Ponta do Barril)

Sal

Farol da Ponta Norte (Reguinho Fiúra)

Farol de Pedra de Lume

Farol da Ponta de Vera Cruz (Santa Maria)

Farol da Ponta do Sinó

Boa Vista

Farol da Ponta Varandinha

Farol do Morro Negro

Farol da Ponte-Cais Sal-Rei (Farol Velho, Ponta da Escuma)

Maio

Farol do Forte de S. José (Vila do Maio, Porto do Maio)

Farol da Ponta Cais

Santiago

Farol da Ponta do Lobo

Farol de D. Maria Pia (Ponta Temerosa)

Farol da Ponta Preta (A NW do Tarrafal)

Farol da Ponta Moreira

Fogo

Farol de Alcatraz (Ponta de Alcatraz)

Ilhéu de Cima

Farol do Ilhéu de Cima

Brava

Farol da Ponta da Jalunga (Porto da Furna)

Farol da Ponta Nhô Martinho

[5796] Em Agosto de 1922, "farolava-se" em Cabo Verde

[5795] Primeiro farol de Cabo Verde está de cara lavada, após obras

[5794] Faróis de Cabo Verde (alguns...)




sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

[5791] E antes de o ano terminar, vai um corte de cabelo numa barbearia do Mindelo

[5790] Boas Festas ao Pd'B, da Câmara Municipal de Santa Catarina, ilha de Santiago. Agradecemos a simpatia do gesto, já retribuído

[5789] Foi em Abril de 2017, mas não perdeu actualidade. Boas-vindas a Marcelo Rebelo de Sousa na Câmara Municipal de São Vicente

[5788] Vem aí, realizada, uma teórica impossibilidade: agricultura no Sal

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[5787] Um postal e um pliça!... Na Praça Nova

Temos a ideia de que já publicámos este postal no Pd'B, embora não o tenhamos agora conseguido encontrar, entre os 5788 posts do blogue. Pode até nem ser este exemplar que agora aqui se mostra. Mas o que interessa é o polícia e a sua farda (que agora ampliámos). O homem esta encostado à arca de água da fonte da Praça Nova, todo bem posto, com seu quépi, e parece ter lenço dele pendurado, para proteger o pescoço do sol, à maneira da Legião Estrangeira (neste caso, pode ser erro de leitura da imagem). Aqui fica pois o postal ilustrado que monsieur Alexandre recebeu em Marselha, nos príncípios de Dezembro de 1904, reinava em Portugal o Rei D. Carlos. Veja-se também as instalações da Western Telegraph Company, onde tremulava ao vento do Mindelo o pavilhão britânico.