quinta-feira, 31 de março de 2016

[2091] Os vapores da South American and General Steam Navigation "vão" passar por São Vicente e a Rainha D. Maria II manda que...

Sobre esta companhia, ver AQUI e AQUI

Como se pode ver no AQUI da esquerda, o primeiro navio construído para a companhia, o "Argentina", naufragou logo no ano de lançamento ao mar.


[2090] Queres carvão? Dá cá 100 réis para obras públicas no Mindelo. Assim é que é!...



[2089] Adiamento

O Praia de Bote foi, o nosso amigo vindo de Macau também, para além de eventualmente outros interessados no assunto, mas a porta estava fechada. Havia falecido a mãe de um dos dirigentes da casa e a sessão teve compreensível adiamento. É o esperado numa situação dessas, mas uma nota de aviso na porta da rua teria sido de bom tom. É que só se soube o motivo do encerramento da ACV através de telefonemas feitos na hora...

Cartaz rapinado ao blogue Arrozcatum

terça-feira, 29 de março de 2016

[2085] Ainda a vida do Dr. Pedro E. Pereira, possível ancestral do nosso vice-cônsul... (ver post anterior)

Se a notícia anterior era de um jornal de língua portuguesa do Hawaii, esta é de outro, de língua inglesa (de finais de 1916) e com relato interessantíssimo de integração racial, onde nos surge Pedro E. (que já sabemos por outras vias ser "Eustáquio") Pereira. Repare-se nos restantes apelidos portugueses que tanto podem ser de cabo-verdianos como de madeirenses ou de outras "freguesias" lusas...



[2084] O jornal é o "Luso" de Honolulu, Hawaii, de 20 de Dezembro de 1920...

...e não sei porquê, cheira-me que o Dr. Pedro E. Pereira, em 1920 residente na ilha de  Maui, tem qualquer coisa a ver com o grande Valdemar, nosso vice-cônsul de Tours (perdão, do Mindelo). É cá um palpite. Veremos entretanto se tem fundamento. O Val ond'é qu'bô stá? Tchegá li mnine...


Wailuku e o vale Iao (ilha de Maui, Hawaii), no século XIX, em pintura de Edward Bailey


[2083] Joaquim Saial e "Escritores de Pedra e Bronze", na Cova da Piedade (Almada), em meados de Abril


[2082] Cartas, cartinhas, encomendas e outras coisinhas, em Cabo Verde, por volta de 1898

Carta multada, de S. Vicente para Valparaiso, Chile - 12.Janeiro.1886
Texto de 1898
Imagem da primeira metade do século XX, do edifíco então sede dos Correios de São Vicente 


[2081] TAP reforça voos para Cabo Verde

Ver AQUI

[2080] Uma camisola de Carcela para um cabo-verdiano

Ver AQUI

segunda-feira, 28 de março de 2016

[2079] Ainda as cartas de amor de Amílcar Cabral a Maria Helena

Ver AQUI

[2078] O Anuário Comercial de Portugal de 1899 dizia que Cabo Verde, São Vicente e o Fogo eram assim...

Para os nossos patrícos de São Vicente e para a mais assídua visitante/comentadora foguense do Praia de Bote, aqui vai. Leiam e deliciem-se... Em "Ilha de São Vicente", atentem sobretudo naquele Abundante d'agua potavel mas também no nome do director dos correios, do farmacêutico e nos exactos 6666 habitantes da ilha (primeiro 6 pouco visível mas ainda assim percetível); em "Fogo", na presença marcante dos Sacramento Monteiro.




[2077] Mais elogios às eleições cabo-verdianas. Desta feita, dos EUA

Ver AQUI

[2076] Presidente Jorge CarlosFonseca atento ao facto de a pobreza em Cabo Verde ser essencialmente feminina

Ver AQUI
Imagem do início do século XX

sexta-feira, 25 de março de 2016

[2075] Março, no "Terra Nova"


No número de Março, Ondina Ferreira faz a recensão do novo livro de Arsénio Fermino de Pina, "Escutai as Vozes do Bom Senso" e Joaquim Saial escreve "Episódios da Longa Saga de Clandestinos e Indocumentados Marítimos Cabo-Verdianos" (primeiro texto de dois).  O que é que o Praia de Bote não sabe?...

[2074] Tem 80 dólares, para viajar à nababo no "Coriolanus"? Ou só 50, e rasga o Atlântico à pelintra?


[2073] Em S. Vicente, nossa ilha, não temos nem queremos ter escravos. Mem mais!...

Pois é! Aqui em S. Vicente, em 1857, já não havia escravos. Mas o que é mais, nem sequer os queríamos, vindos de outras freguesias, mesmo que do resto de Cabo Verde. Tomem, que é para saberem... Grande Sá da Bandeira!...


[2072] Cónego Carlos César Chantre: um filho do Mindelo comanda destinos da igreja algarvia

Ver AQUI e AQUI
Foto Paróquia de S. Pedro, Faro

quinta-feira, 24 de março de 2016

[2071] "Mangatchada" e outras memórias são-vicentinas e santantonenses, por Maria Beatriz Lima Barreiro

É neta do nosso colaborador Adriano Lima e hoje compartilha connosco parte das lembranças de viagem relativamente recente a São Vicente e Santo Antão. Sim, "parte", porque embora ela não se dê conta disso, ficou de certeza com muitas mais do que aquelas que aqui nos conta. Mas o resto, que irá arrancar da memória para futuro texto que teremos tanto prazer de publicar como este, fica para próxima oportunidade. Um agradecimento ao avô que a incentivou e a ela que o escreveu.

Em 2012, aos 12 anos, fui a Cabo Verde com os meus avós para participarmos na festa dos 90 anos da minha bisavó paterna. Foram também a tia Ana, o marido e o filho, priminho Lourenço, que ainda só tinha dois anos. A minha mãe, que é professora, não foi porque era o período dos exames.

Como já tinha viajado com os avós para os Estados Unidos, a avó alertou-me para não ir a contar com nada parecido com aquele país, porque Cabo Verde era África, ilhas áridas e pobres. Portanto, quando desembarcámos no aeroporto de S. Vicente, não foi surpresa encontrar uma terra diferente do que eu conhecia mas nem por isso menos interessante. Não demorei a descobrir a atracção própria que uma ilha tem. O mar à volta a perder-se de vista, as paisagens vulcânicas, tudo isso foi novidade para mim. Mas uma coisa que mais me espantou foi ver a ilha vizinha, Santo Antão, tão perto e tão enorme. O meu avô disse que tínhamos programado uma viagem à ilha e fiquei logo cheia de curiosidade.

Na ilha de S. Vicente, deparei com o Mindelo, cidade atraente e em nada diferente de outras que conheço do Algarve, onde vivo. Vi casas semelhantes a algumas que se vêem em Tavira, Vila Real de Santo António e mesmo em Faro. Demos várias voltas pela ilha e pela cidade e emocionou-me ver as casas onde viveu o meu avô e os locais onde ele brincava e jogava à bola na rua. E ele então disse-me que uma das brincadeiras à noite na sua rua era a mangatchada, o que me fez sorrir por causa do nome, que é crioulo, mas também por causa do seu significado. E ele explicou-me que a origem do nome deve estar no verbo agachar, tendo eu percebido logo que é a “apanhada” que eu às vezes praticava com as minhas amigas no jardim-escola e mesmo na escola.

A festa do aniversário da bisavó, realizada no Hotel Porto Grande, foi muito participada. Uma noite cheia e inesquecível. Nesse dia, fomos almoçar a um restaurante chamado “003” e o meu avô e o pai do Lourenço comeram cachupa guisada. Tal como todos os acompanhantes, repetiram a dose mais de uma vez, e tinham comido antes, como entrada, uns pastéis de peixe muito saborosos. Resultado: no jantar do aniversário quase que não tocaram nas comidas servidas.

Mas a grande expectativa foi a viagem a Santo Antão, que o meu avô me explicou ser a ilha de alguns antepassados. A travessia do canal foi sensacional, com um mar calmíssimo e agradável só de o ver. Deu para perceber bem o formato em concha da baía enorme e também achei graça ver que a cara do Monte Cara ia fazendo trejeitos à medida que se deixava a baía. Depois de passar o ilhéu, ela fica mesmo completamente desfigurada. Achei isso muito engraçado. A ilha de Santo Antão é espectacular, com as suas montanhas de uma altura impressionante e com os seus vales profundos. Mas esperava ver mais gente nos campos a trabalhar na lavoura. Entrámos pelos vales da Ribeira da Torre e da Ribeira Grande, onde nasceram ancestrais nossos. Achei incrível observar aquelas paisagens e imaginei como seriam e como viviam as pessoas no passado. O Paul ficou em último lugar porque foi na viagem de regresso para apanhar o barco.  É um vale lindíssimo e mais verde que os outros.

Na minha rua em S. Vicente fiz logo amiguinhas, por intermédio da minha prima Roana, filha de um primo direito do meu avô. Estávamos no mesmo prédio, o que permitia que todos os dias nos reuníssemos para a brincadeira. E a mangatchada era sempre a seguir ao jantar. Tudo servia para esconderijo, as esquinas das ruas, os becos, os carros, etc. O sítio era sossegado e propício para isso. Não percebia o crioulo das minhas companheiras mas aos poucos já entendia quase tudo, visto que elas se dedicaram à tarefa de mo ensinar. Não foi difícil, pois se trata de uma espécie de Português. Foram muito queridas. De resto, não encontrei um ambiente social diferente daquele que tenho em Portugal. Nas ruas, na Praça Nova, nas lojas, o estilo de vida é semelhante, pelo que não tive a sensação de ter ido àquela África autêntica de que ouço falar e vejo nos filmes. Bem diz o meu avô: são ilhas atlânticas. E na verdade são.

Um dia vou voltar a S. Vicente, ilha que me deixou saudades.

Maria Beatriz Lima Barreiro

quarta-feira, 23 de março de 2016

[2070] No "Tarrafal", trabalha-se...

Sim, o "Tarrafal" está fundeado no Porto Grande. Mas a bordo trabalha-se, que julgam vocês? Uns num lado, outros noutro, os elementos da tripulação encontram-se em actividade, preparando nova partida ou realizando tarefas após recente chegada. Um dos homens, pendurado do mastro vai talvez descer a um porão, sabe-se lá... E eu aqui na "Atlântida", vedeta da Capitania, prestes a chegar a bordo. Já sei, já sei, estão cheios de inveja, mas que posso fazer? Vistam as bermudas, atirem-se do cais da Alfândega e venham a nado até cá, pronto...




[2069] Rock crioulo: "Catchupa-Pexe" por Sana Pepers (ou Pepper, como também é conhecido)

Para o Zito, que não conhecia o Rui Veloso de Cabo Verde, aqui fica ele, a cores e ao vivo!... Ver post 2062, AQUI

[2068] Misteriosas coisas da memória capilar

Lá atrás, no post 2058, falou-se de barbeiros. Toda a gente que o comentou conheceu no Mindelo pelo menos um que lhe ficou na memória. Ora fazendo as contas por alto, enquanto ali estive, devo ter cortado as melenas à volta de 30 ou mais vezes. Então não é que eu, que me prezo de possuir excelente memória, não tenho a mínima luz sobre quem localmente me fez os desbastes da trunfa? Registo como vaguíssima ideia que a dada altura um sujeito foi algumas vezes lá a casa cortar o cabelo ao meu pai e decerto também a mim. Mas se calhar não foi nada disso. Chego até a pensar que inventei o facto. E não me lembro sequer de nenhuma barbearia na cidade. Pois, é, tanta coisa são-vicentina que ficou colada nestes neurónios e de máquina, pente e tesoura capilar, nada. Mistério, mas mistério mesmo profundo. Que raio de coisa!...

[2067] Em Assomada, Santiago, AssomadAct'2016

Do jornalista nosso amigo António Alte Pinho, recebemos o seguinte press release que aqui reproduzimos com todo o gosto:

A edição do AssomadAct’2016 faz-se ao palco entre 28 de Março e 10 de Abril, contando este ano com a “prata da casa” e registando a última vez que a Câmara Municipal de Santa Catarina organiza o festival.

A partir do próximo ano, a organização do Festival de Teatro de Santa Catarina irá passar para a responsabilidade dos grupos de teatro do concelho, já que as condições estão criadas para a autonomia do AssomadAct.

O Vereador da Juventude Cultura e Desporto, João Evangelista Pereira, convida os/as prezados/as Jornalistas a comparecerem na Conferência de Imprensa a ter lugar esta quinta-feira, 24, às 11h00, na Sala de Reuniões da Câmara Municipal, e onde será apresentada a programação do AssomadAct’2016.



[2066] Antero Simões e um livro que ele teve na mão

(...) Uma outra espécie de barcos também estava à guarda da Capitania: os veleiros da Mocidade Portuguesa, grupo de seis lusitos e dois cadetes, estes os maiores. Chegáramos havia pouco tempo ao Mindelo, recebeu o meu pai um telefonema do reitor do Liceu Gil Eanes, solicitando-lhe encontro, a fim de lhe fazer uma proposta de trabalho. Tratava-se afinal de um convite para que ele se tornasse instrutor de vela da Mocidade Portuguesa. Aceite a oferta, aquele pregou-lhe nas mãos com "A Missão dos Dirigentes", de Marcelo Caetano, e disse-lhe que passaria a ser convocado para algumas reuniões, quando isso fosse considerado necessário. Dias depois, a instrução começou, desenrolando-se as aulas aos sábados de manhã ou aos domingos, conforme o estado do mar o justificava. (...)

O texto é extraído de um livro que os visitantes/militantes do Pd'B conhecem. E o marcelista book a que ele se refere continua aqui em casa, na zona cada vez mais cheia, reservada às obras das ilhas - embora sobre elas ele nada contenha, visto que se destinava a todo o país, continental, adjacente e ultramarino, onde houvesse Mocidade Portuguesa organizada. Abri-o hoje, para me documentar sobre trabalho que tenho em andamento e dei com esta nota feita por mão materna (ela, a dona da mão, também sabia que é útil registar tudo...).

Aqui ficam, pois, a capa e o registo alusivo a um estimado professor do Gil  Eanes que não tive mas que, como sabemos, o foi (e com proveito) de alguns dos ditos visitantes/militantes deste blogue.


[2065] Um acto de clemência de D. Pedro IV



[2064] Eleições em Cabo Verde. União Europeia reconhece o bom exemplo

Ver AQUI

[2063] Portugal apoia divulgação da ciência em Cabo Verde

Ver AQUI

[2062] Sana Pepper, o homem do rock' n'roll cabo-verdiano, homenageado na Praia

Ver AQUI

terça-feira, 22 de março de 2016

[2061] Comando Territorial Independente de Cabo Verde

Fomos ao baú e lá demos com o material que foi aqui objecto de conversa há dias. Para o nosso coronel, que recentemente se referiu ao assunto, segue a oferta, com o furriel alentejano batendo pala e fazendo soar os tacões das botas. Para Tomar enviaremos a imagem limpa, sem marca de água, obviamente. Pergunta: o que é que não há no Praia de Bote?


[2060] Uma descrição das ilhas, à espanhola, de 1752




segunda-feira, 21 de março de 2016

[2059] Eleçon já cabá, agora é hora d'desintoxicá (NÃO PERCA OS DOIS POSTS ANTERIORES)

Veja interessante trabalho do "Público" AQUI
MI Ê DI LI I DI LÁ

[2058] O que é que o "Praia de Bote" quer do novo governo saído das eleições legislativas de ontem, em Cabo Verde? (VEJA TAMBÉM POST ANTERIOR)

Que acabem cartazes como este, em casas  do centro histórico do Mindelo. Bonitas ou feias, simples ou luxuosas, pobres ou ricas, todas elas são carne do corpo que é a cidade. Ouviram? Hein? Ouviram MESMO? Esperamos que sim... Foto de Filipe Conceição e Silva (Janeiro.2015) e recorte nosso.