A espartana cozinha do patrão-mor da antiga Capitania dos Portos de S. Vicente (edifício hoje designado como Torre de Belém) constava em meados dos anos 60 do século XX de uma mesa de madeira com duas gavetas, no pátio, sobre a qual repousavam dois fogões a petróleo Hipólito. Estes acendiam-se através de fósforos suecos da fábrica Jönköpings de que fala o blogue parceiro ARROZCATUM.
"utan svavel och fosfor" quer dizer "sem enxofre nem fósforo", ou seja, os fósforos eram parafinados (paraffinerade), um processo digamos "ecológico"... No arquivo do PRAIA DE BOTE resta uma caixa do tamanho pequeno, sem nenhum fósforo lá dentro. Muitas se consumiram naquela casa, para acender os fogareiros, o frigorífico (que também trabalhava a petróleo) e até os candeeiros ou Petromax, quando a energia da Central Eléctrica falhava. Por isso se guardou um exemplar que hoje tem uns 50 anos, mais coisa menos coisa... Para os nossos visitantes, aqui scaneado em frente e verso. E tal qual se vê: frente amarela; parte oposta, azul.
Quando em 1999 passei uns dias em casa do Germano Almeida, admirei-me ao ver uma caixa dos ditos na cozinha do apartamento em que ele recebe as visitas. Disse-me então o amigo escritor que, depois da independência, a maioria das marcas continuou a ser importada dos mesmo sítios de antes. Esta de fósforos suecos é uma delas...
"utan svavel och fosfor" quer dizer "sem enxofre nem fósforo", ou seja, os fósforos eram parafinados (paraffinerade), um processo digamos "ecológico"... No arquivo do PRAIA DE BOTE resta uma caixa do tamanho pequeno, sem nenhum fósforo lá dentro. Muitas se consumiram naquela casa, para acender os fogareiros, o frigorífico (que também trabalhava a petróleo) e até os candeeiros ou Petromax, quando a energia da Central Eléctrica falhava. Por isso se guardou um exemplar que hoje tem uns 50 anos, mais coisa menos coisa... Para os nossos visitantes, aqui scaneado em frente e verso. E tal qual se vê: frente amarela; parte oposta, azul.
Quando em 1999 passei uns dias em casa do Germano Almeida, admirei-me ao ver uma caixa dos ditos na cozinha do apartamento em que ele recebe as visitas. Disse-me então o amigo escritor que, depois da independência, a maioria das marcas continuou a ser importada dos mesmo sítios de antes. Esta de fósforos suecos é uma delas...
Interessante reparo, Djack. Qual a razão para importar fósforo da Suécia? Lembro-me bem desses fósforos.
ResponderEliminarNem imagino!... Gostos!
ResponderEliminarRecordo a existencia dos chamados "fósforos de cera" que se distinguiam dos outros porque, enquanto os primeiro tinham o "fósforo" nas cabeças e o suporte era de papel encerado, nos segundos, tamnbém chamados "safety matches" o fósforo estava na lixa. Ora, os de cera, às vezes encendiavam-se por fricção uns nos outros, dentro do bolso e foi por essa e por outras que o seu fabrico foi proibido, com grande pena dos caçadores indigenas de Angola, que os usavam nos seus canhangulos em vez de fulminantes, que eram mais caros...Os "cow boys" tambem não gostaram!
ResponderEliminar"Jonkompins Sacristas fabricas patentes por afinidade. Sacristas tanto esticou qu'até num faval achou fósforos".
ResponderEliminar("Tradução" apócrifa e jocosa, de autor desconhecido, dos dizeres da caixa dos fósforos, ainda muito usados aquando da minha estada de dois anos em S. Vicente, nos saudosos anos sessenta). A. S. M.
Obrigado pelo comentário, caro ASM. Venha sempre.
ResponderEliminarBraça,
Djack
Completando a "tradução":
ResponderEliminarTanto andaste de mota que lá deixaste as polainas no meio da Suécia...