Como dissemos no post anterior, Adriano Lima ofereceu-nos material (dois prospectos em óptimo estado de conservação) relacionado com o Cine-Teatro Eden Park e com o Mindelo, dos anos 40 do século XX que reputamos de grande interesse para a compreensão da vida cultural e social da cidade de há 70 anos. Um deles é de Novembro de 1943; o outro será de época aproximada. Eis o historial de ambos, contado pelo nosso amigo e colaborador.
Adriano Miranda Lima |
Começamos esta mostra pelo prospecto de Novembro de 1943. Trata-se de um programa do Eden Park, de tamanho A4, dobrado ao meio (quatro páginas, portanto) que anuncia na página 1 o grupo cénico "Os Sempre Fixes" na revista "Tudo Trocado". Desta, daremos conta no próximo post. Mas hoje, dado que temos as fotografias recentes que o nosso amigo José Carlos fez o favor de nos oferecer dentre as que tirou no Mindelo, divulgamos simultaneamente um anúncio da Casa do Leão e uma fotografia do que resta da mesma na Rua de Lisboa e que conhecemos ambos como papelaria (ao que parece, temporariamente com essa valência, devido a um incêndio nas anteriores instalações que obrigaram à mudança para este local). Chega de palavras e vejamos as imagens. Digam lá, na verdade não são dois belos petiscos? No segundo caso nem tanto, dada a degradação do edifício, mas enfim... De qualquer modo, ergamos um cálice de grogue em memória de Celso Leão um grande português europeu e um grande mindelense.
Djack seria possível encontrares uma fotografia do prédio da antiga Casa do Leão na Pracinha da Igreja onde é agora a casa Benfica?
ResponderEliminarPodes ver uma versão neste endereço:
ResponderEliminarhttp://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/03/guine-6374-p11275-meu-pai-meu-velho-meu.html
Braça leonística,
Djack
E aqui outra versão do prédio, bastante antes de ser "Casa do Leão".
ResponderEliminarhttp://fotos.sapo.pt/britosemedo/fotos/?uid=QublOk8cWFFSsuuYp5bO#normal
Hoje, 10 de Outubro de 2013, pouco depois das 21h00 de Portugal, o primeiro post sobre a decadência do edifício do velho Liceu Gil Eanes já é o 4.º mais visto de sempre do Praia de Bote, com 297 visitas em dois dias. O que, no entanto, não tem correspondência em comentários. Digamos que, com raríssimas excepções, impera o silêncio... Quem cala... consente!
ResponderEliminarMas deixemos isso por agora e comentemos sim a "Casa do Leão" que tem muito que contar.
Braça leonesa,
Djack
Prezado Joaquim, estou particularmente interessado nos prospetos referentes ao Eden Park. Tem como me enviar isso por mail, para o nosso Centro de Documentação? Abraço!
ResponderEliminarÉ óbvio que sim, com todo o gosto. E não só seguirão cópias destes dois que agora obtive por generosa oferta do Adriano Lima como de um terceiro meu, com data de 23 de Janeiro de 1963. O envio será feito ainda hoje, se possível, logo que digitalizar este.
EliminarGrande abraço teatral, aqui do palco do Praia de Bote,
Djack
Lembro-me bem da antiga casa do Leao na Pracinha da Igreja. Em 1947 comecei a frequentar a Escola Camoes, com o professor Amaral,na Pracinha até a 1951. Eu ia comprar os cadernos e outro material para a escola.na Casa do Leao. No recreio eu e os meus colegas faziamos desafios de corridas à volta da Pracinha. Um abraço
ResponderEliminarObrigado Djack pelos links. Lembro-me agora deste lindo prédio que foi consumido por um incêndio nos finais anos 60 durante uma noite inteira: foi um abalo em S. vicente pois as chamas pareciam incontroláveis mas os nossos corajosos bombeiros conseguiram vencê-las. Ainda bem que a gente tem Praia de Bote para as memórias desta linda cidade hoje maltratada.
ResponderEliminarNeste momento, posts sobre edifício do velho Gil Eanes
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A Casa do Leão que começou na Pracinha da Igreja, frente à sua rival "Papelaria de Nhô Toi Pombinha", tinha o seu slogan "sempre imitada e nunca Igualada", nem precisava de propaganda escrita porque beneficiava de "bouche à l'oreille". O melhor veiculo eram as crianças a quem davam pequenos brindes.
ResponderEliminarNunca se viu correria igual.
Tenho de acrescentar que o Francisco Lopes (Chico da Concertina) tinha um álbum exclusivamente dedicado a S. Vicente, e profusamente documentado, em cuja capa escreveu o seguinte título: "S. Vicente, terra do meu coração". Dele retirei uma série de fotografias que um dia destes ilustrarão um texto, mais um, sobre os expedicionários, em que procurarei mostrar o convívio amigo, franco e fraterno que se estabeleceu entre a população local e os militares. Assisti a 3 confraternizações deles em Tomar, espaçados no tempo, o primeiro em 1986 e o último nos finais dos anos 90. Ao chegarem ao local do convívio, alguns cumprimentavam-se efusivamente em crioulo. Depois do almoço, seguia-se música e não é que havia dois que cantavam mornas? Com o Chico Concertina, claro, a acompanhar com a dita cuja, e outros à viola. Só amor, o verdadeiro, enrola as memórias no coração até ao fim da vida.
ResponderEliminarA Casa do Leão faz parte da história da ilha no século XX. E ficará sempre para a História.