Aspecto do público - Foto Joaquim Saial |
A tarde estava fria em Lisboa e cerca das 18h00 as luzes acesas em todo o edifício da Fundação convidavam à entrada. Numa sala do piso inferior, preparava-se o lançamento do livro de 792 páginas "Entre África e a Europa - Nação, Estado e Democracia em Cabo Verde" (29,90€), organizado por Cristina Montalvão Sarmento (portuguesa, doutorada em Ciência Política) e Suzano Costa (cabo-verdiano que está a fazer o seu doutoramento na mesma área na Universidade Nova de Lisboa). Publicado por Edições Almedina (Coimbra) com o apoio da FCG, da Fundação Millennium e do Observatório Político, o trabalho compila o contributo de 25 autores cabo-verdianos (ou que fazem investigação sobre o país), residentes nas ilhas ou na diáspora. Eis a lista dos seus nomes e respectivos contributos:
Introdução - Cristina Montalvão e Suzano Costa
Gabriel Fernandes - Nação e Dupla Inclusão: entre o Pragmatismo e o Saudosismo
José Luís Hopffer Almada - Cabo Verde - Regime de Partido Único e Consolidação Democrática
José Carlos Gomes dos Anjos - De Políticos-literários a Políticos-técnicos: a Perda da Imaginação Política e o Mimetismo Estatal Pós-Colonial em Cabo Verde
Victor Barros - Cabo Verde: os Avatares dos Discursos Identitários e a Imaginação dos Espaços de Pertença
Odair Bartolomeu Varela - Cabo Verde: A Máquina Burocrática Estattal da Modernidade (1614-1990)
Daniel dos Santos - Cabo Verde: uma Vaga, duas Transições Políticas
Roselma Évora - Cabo Verde: Democracia e Sistema de Governo
Edalina Rodrigues Sanches - Institucionalização do Sistema Partidário e Democratização em Cabo Verde (1991-2011)
Suzano Costa - Sociedade Civil, Estado e Qualidade da Democracia em Cabo Verde: Entre a Letargia Cívica e a Omnipresença do Leviathã
Leão Jesus de Pina - Tendências de Cultura Política, Democratização e Esfera Pública
Ângela Sofia Benoliel Coutinho - O Recrutamento Ministerial em Cabo Verde (1975-2006)
Crisanto Barros - Notas Sobre o Recrutamento da èlite Político-Administrativa Cabo-Verdiana Após a Independência
Eurídice Furtado Monteiro - Quem Governa? Da Ausência à Emergência de Mulheres no Campo Político em Cabo Verde
Silvino Lopes Évora - Liberdade de Imprensa e Pluralismo Democrático em Cabo Verde:Galgando Margens e Fronteiras
Daniel Medina - Os Media e a Comunicação Política em Cabo Verde
Aquilino Évora - A Literartura coomo Estética de Demarcação e Estratégia de Afirmação Diplomática em Cabo Verde
José Pina Delgado - Os Cruzamentos entre a Política Migratória Cabo-Verdiana para a Europa e a Política Migratória para a África Ocidental: Racionalidade, Incoerência ou Inevitabilidade de uma Democracia em Consolidação?
Alena Vysitskaya Guedes Vieira e Laura C. Ferreira-Pereira - Cape Verde and the European Union: The Role of Portugal in the Creation of a Special Partnership
Abel Djassi Amado - Cape Verde: The Illegible State and Lack of Democratoc Control
André Corsino Tolentino - A Difícil Integração Africana
Cláudio Alves Furtado - Cabo Verde e a Integração Regional na África do Oeste: Diossonâncias Discursivas e Identitárias
Maurino Évora - Regimes de Segurança e Estados Virtuais: uma Incursão ao Regionalismo Securitário Oeste-Africano
João Estêvão - Cabo Verde entre a Integração Económica Internacional e a Integração Regional: Dilemas e Conradições
João Resende-Santos - Developement as Managing Vulnerability: Cape Verde in the World Economy
Djalita Fialho - Cape Verde's LDC Trajectory: From Admission to Graduation (1970-2007)
Paula Valente, Editora Almedina - Foto Joaquim Saial |
Eduardo Vera-Cruz Pinto - Foto Joaquim Saial |
Adriano Moreira - Foto Joaquim Saial |
Suzano Costa - Foto Joaquim Saial |
Cristina Montalvão Sarmento - Foto Joaquim Saial |
Terminamos com a stóra desconhecida do dia. Como dissemos acima, o livro custa 29,90€. O nosso amigo António Castilho Semedo está a pagar e diz para o lado: "Bô ta dá 30 euro e bô ta recebê deztom..."
Embaixadora de Cabo Verde. Dr.ª Madalena Neves - Foto Joaquim Saial |
Membros da Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde e Celina Pereira - Foto Joaquim Saial |
Adriano Moreira à conversa com Almeida Santos - Foto Joaquim Saial |
Aspecto da mesa - Foto Joaquim Saial |
Pelos vistos foi uma grande jornada onde tudo correu da melhor maneira possivel.
ResponderEliminarRegozijo-me. Agora é so esperar pacientemente para em breve, em Lisboa, ler a obra.
Obrigado e parabéns pela extraodinària reportagem
Braça
Cá esperaremos pelo vice-cônsul. Há um almoço a retribuir e aquel vim de Borba para beber. E esperemos que haja relançamento de livro de teatro da lavra dela na Associação Caboverdiana, como prometido.
EliminarBraça almoçante e livresca,
Djack
Grande reportagem, Djack. Completa e recheada de interesse, não só pela narrativa como pelas imagens. Depois de ler as saídas engraçadas do Eduardo Vera-Cruz Pinto, típicas de um mindelense, volto a perguntar se ele é filho da pessoa que tem exactamente o mesmo nome (cabo-verdiano) e que foi meu vizinho em S. Vicente. Se for, terá nascido em Angola (Luanda), para onde o pai foi transferido, nos finais da década de 50, como funcionário judicial. Alguém me responda a esta pergunta que eu já tinha feito em post anterior. Aliás, tudo bate certo porque a reportagem refere que ele nasceu em Angola.
ResponderEliminarÉ de facto a mesma pessoa, como já respondi noutro post. O pai, pessoa muito simpática, reside em Almada e é mais ou menos assíduo em actividades da AAAESCV. Já falei algumas vezes com esse senhor. Quanto ao filho, o Dr. Eduardo Vera-Cruz, residiu alguns anos dois andares acima do meu. O seu extenso e importante CV responde por ele.
EliminarBraça genealógica,
Djack
Bela reportagem, meu caro...Passo a acrescentar um pormenor ligado à visita de Adriano Moreira a Cabo Verde, nomeadamente, à Ilha Brava...Eu tinha regressado de Angola ha pouco tempo e, de sociedade com a minha sogra, tinha inaugurado, meses antes, um café-bar-restaurante em Nova Sintra. A empresa foi solicitada pela Administração do Concelho para assegurar o serviço de um jantar à comitiva do ministro e convidados o que foi feito com agrado geral por um repasto alicerçado numa cachupa rica que até os anjos a comiam...Um pormenor: Adriano Moreira fumou uma série de cigarros durante o jantar e achou delicioso o doce de leite...Bons tempos!
ResponderEliminarUm destes dias farei um post sobre essa viagem ministerial dos idos de 1962. Tenho o repositório todo, com pormenores engraçados.
EliminarBraça viajante,
Djack
Essa jantarada bravense realizou-se exactamente a 21 de Agosto de 1962. Fui agora confirmar. No Pd'B, como eu costumo dizer, sabe-se tudo... Dali, seguiu para a ilha do Maio.
ResponderEliminarBraça geográfica,
Djack
A Esquina orgulha-se da parceria com o PdB, agradece o material enviado e a prioridade, mas nada como ouvir/ler de quem lá esteve este relato "sabe pa fronta". Obrigado Djack
ResponderEliminarO Praia de Bote e o Esquina do Tempo são o exemplo mais acabado dos fortes laços culturais e de amizade que unem as nossas duas queridas terras.
EliminarE o resto são... fados e mornas,
Djack
Ali na última stóra esteve durante cerca de duas horas uma gralha: lia-se "António Brito Semedo". Era, claro, "António Castilho Semedo" nome do nosso amigo que mais acima estava correctamente escrito.
ResponderEliminarReunião eclética com grandes personalidades portuguesas o que atesta o interesseo afecto e a curiosidade de intelectuais portugueses em relação realidade cabo-verdiana o que nos deixa orgulhosos
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