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O "Saturnia" |
Eis um dos navios que faziam concorrência aos veleiros americanos e cabo-verdianos da chamada "Carreira de Cabo Verde", motivo de vários textos que temos escrito para o jornal "Terra Nova" e que tal como outros, ainda inéditos, estão a ser preparados para sair em livro. Custava a viagem 130 dólares, em 3.ª classe, num percurso que assim levava apenas doze dias, ao invés de cerca de um mês, mais ou menos, que os veleiros conseguiam fazer.

Fica um elucidativo filme, para se penetrar um pouco na vida a bordo deste navio que foi usado por cabo-verdianos mais endinheirados que os que apenas podiam pagar a longa, penosa e perigosa viagem que o "Ernestina" e muitos outros (vários deles naufragados) também faziam. Quanto o Guilherme M. Luiz, era um açoriano de Angra do Heroísmo que se estabeleceu com sucesso em New Bedford, EUA em 1891. Ali fundou o jornal "A alvorada" e se dedicou a negócios como o desta agência de viagens.
Ê preciso ter a aventura no sangue para viajar durante um mês nos barquinhos. Mas, quantas pessoas fizeram (e conseguiram) esta viagem?
ResponderEliminarNunca ouvira falar de "paquetes" como o "Saturnia" nesta linha.
Braça ao PdB
Desconhecia o nome deste paquete. Imaginem agora a diferença entre viajar em cada uma das condições oferecidas. Ah dinheiro! dizem que não és tudo mas dás um jeitão!
ResponderEliminarOutros houve, Val e Adriano, que transportaram cabo-verdianos da América, a caminho da terra (por vezes o transbordo, como neste caso, era feito em Lisboa). Estou a lembrar-me, assim de repente, por exemplo, do "Asia" e do "Roma", da Fabre Line. Só que em geral os passageiros de origem verdiana iam em 3.ª classe, a mais comportável para os seus bolsos. Claro que a viagem em veleiro era muitíssimo mais barata mas também mais lenta e perigosa...
ResponderEliminarBraça de terceira,
Djack
Ainda acerca da 3.ª classe, não sei se repararam que o único preço exibido no anúncio é precisamente o dessa classe. A agência sabia que era ela a mais apetecida ao orçamento dos clientes verdianos...
ResponderEliminarBraça com alguns dólares mas não tantos assim para desperdiçar - que mais falta faziam para pagar a construção da casinha da reforma no Monte Sossego ou na morada...
Djack
Djack, não sei se o filme está a funcionar. Tentei mas não consegui abri-lo.
ResponderEliminarMesmo viajando na 3ª classe, para as gentes da terra no trajecto migratório aquilo já era um luxo.
Caro Adriano,
ResponderEliminarAbri o filme agora mesmo, com toda a facilidade, logo à primeira. Deve ser problema aí do teu computador.
Braça em funcionamento,
Djack
Djack, abri de novo o filme e agora deu música mas a imagem não se mexeu. O meu computador é um portátil novo e dos melhores. Se calhar tenho que permitir alguma janela pop, mas acho estranho porque costumo abrir tudo.
ResponderEliminarÉ pena, porque até à data ninguém mais se queixou e aqui no meu tudo funciona: a música de piano e a imagem, sem problemas. Às tantas, com a ventania do Mindelo entrou alguma areia da Lajinha aí para dentro, através da drive da pen ou coisa parecida. É ires tentando, pois infelizmente não sei como resolver o problema.
ResponderEliminarBraça com pena,
Djack