Praia de Bote foi dar volta ao seu arquivo de imagens e encontrou este petisco. A chapa, da Foto Melo, tem que se lhe diga. Mas o Pd'B não diz, era o que faltava!... Embora saiba bastante sobre a viajante que desembarca (ou desavia...) de um avião e tenha um ctchada de fotos com a dita, datadas de alguns anos antes.
Perguntas:
1 - Quem era a menina? (pelo menos nome e filiação, ainda que incompleta).
2 - A que respeito surge na foto? Isto é, porque se deslocou a Foto Melo até àquele aeroporto para a fotografar? Isto é, que importância tinha ela? Isto é...
3 - Qual a data (ano) da foto?
Pd'B perdeu mesmo a cabeça e oferece três ramos de acácia a quem responder às três perguntas. ÀS TRÊS PERGUNTAS, ouviu bem? E não haverá distribuição de meios ramos de acácia. Ou tudo e três ramos inteiros ou nada. O concurso encerra amanhã, pelas 21h00 (hora de Lisboa).
O concurso foi ganho pelo Adriano Lima. Diz ele que teve o auxílio de uma cagarra fotográfica mas isso não obsta a que tenha vencido com todo o mérito, pois nos concursos do Pd'B vale tudo menos tirar olhos. O que interessa é acertar, seja sem ou com ajuda... de cagarras. E de 3 ramos subimos para 5, porque o Pd'b perdeu mesmo a cabeça. No concurso do post 1000, também assim será.
Vejamos, então:
Algures nos anos 50 ou 60, foi para Cabo Verde um farense de nome Manuel Manjua (por isso eu falava em "enjUado"), mestre de pesca do melhor que havia no Algarve. Ainda hoje, especialmente na Boavista e em São Vicente, muita gente se lembra desse verdadeiro gentleman da pesca que trabalhou para a Frigorífica (daí o frio e os atuns), homem educadíssimo e extremamente sabedor que ensinou a algumas gerações de gente do mar a sua mais que vasta ciência.
Manjua era casado com a D. Rosa (também algarvia) e tinha uma filha, de nome Manuela. Moravam numa rua das que partem da Praça Estrela, talvez a de São João ou a de Moçambique ou até a da Luz (já não sei precisar, embora tenha ido imensas vezes lá a casa) do lado esquerdo de quem ia para a Rua de Lisboa, num prédio antigo mas bonito, de segundo andar, andar esse (com enorme terraço) que precisamente a família habitava. O primeiro piso, antes vazio, foi entretanto alugado aos japoneses dos marus, para ali guardavam redes, bóias, bonés e chinelos de sola de pau, entre outros materiais próprios para a vida de bordo.
Era gente muito nossa amiga e visitávamo-nos amiúde. Anos mais tarde, num dia dos meados dos anos 70, eu e os meu pais encontrámos o Manjua numa rua de Faro e fomos a casa dele ver a D. Rosa. A Manuela, acho que já estava casada e não foi possível reencontrá-la. Nunca mais vi nenhum deles.
Voltemos atrás.
Precisamente na noite de 8 de Março de 1973, no Mindelo e no velho Eden Park eram eleitas misses por Cabo Verde as jovens Ângela Isabel Silva Borges (Miss Cabo Verde) e a nossa retratada (Miss Jovem). A coisa deu brado, pela novidade do tema (foi o primeiro evento do tipo no Eden) e pela beleza das vencedoras que, claro, rumaram a Portugal para a participação no concurso nacional que no entanto nenhuma das duas venceu nas respectivas categorias.
A foto que vemos é do regresso da Manuela Manjua a São Vicente e os objectos que trazia nas mãos e braços (um disco e talvez flores) seriam parte das ofertas que aqui recebeu e levou para a terra.
O avião, como já disse e por informação fiável que tenho é um De Havilland mas também pode ser um de outras duas marcas de aeronaves de que falei nos comentários, comprados nesse ano de 1973 pelo governo de Cabo Verde (para substituírem os antigos Dove) com o aval do governo português (possuo cópia do "Diário do Governo" que o atesta). O avião vê-se mal naquela imagem esbatida em que sobressai a minha amiga de infância e com a qual tenho uma meia dúzia de fotos, uma das quais aqui deixo, prenda para os amigos que participaram e aos quais agradeço o interesse. É do baptizado de um pequeno amigo nosso e apanhou-nos à porta da igreja de Nossa Senhora da Luz, com a D. Rosa e mais algumas pessoas que recortei. Não liguem ao fortuito aspecto de zangada da Manuela que era (e deve ser ainda) bem divertida e sociável.
Passa da meia-noite em Lisboa e ninguém se descose, nem aqui nem em Cabo Verde, onde são mais de 22 horas...
ResponderEliminarA rapariga não vai perdoar, ai não vai, não...
Quase 10h00 em Lisboa, quase 08h00 em Cabo Verde e o silêncio continua a ser absoluto. Tem piada que esta história até mete atum...
ResponderEliminarBraça à espera,
Djack
Não faço a mais pálida ideia...O avião parece ser um dos turbo-hélice salvo erro dos anos 60 que equipavam os TACV...A cara da senhora não me será totalmente estranha e o facto de trazer um disco (dos antigos) nas mãos, significará que será uma cantora ou coisa do género que, eventualmente, gostava de arros c'atum!
ResponderEliminarFraquíssimo, fraquíssimo... Nem tudo o que parece é e o Zito esteve-se nas tintas para o pormenor do atum... ou de outros peixes, diga-se...
ResponderEliminarBraça à espera e ainda sentado,
Djack
Ó Djack, isto está mesmo um bico de obra para quem não estava na terra na altura. Para já, só posso dizer que, pelo corte das calças, tem de ser em data posterior a 1972.
ResponderEliminarÉ capaz de ser uma cantora, mas não sei não.
ResponderEliminarO avião deve ser um beechcraft.
ResponderEliminarDjack, como podes ver, estou a tentar lançar engodo à malta do PdB.
Bem visto, bem visto, Adriano, mas não chega, ahahahaha
ResponderEliminarQuanto à conversa de não estares na terra na altura, é uma conversa que até "enjoa", ouviste? Até "enjoa", até "enjoa" ou quase isso, ahahahah
Braça "eventu"almente glamorosa,
Djack
Tem graça, a cara faz-me lembrar a mulher do Pedro Pires. Nunca a conheci, mas não há muito tempo vi uma reportagem aqui mesmo no PdB sobre o último dia da presidência do PP. A esposa aparecia a dado momento e o rosto parece-me com semelhanças, apesar da distância de uns 40 anos.
ResponderEliminarSerá, DjacK?
Continuo a tentar engodar a malta. Pode ser que o Val apareça.
Mas, Djack, se eu estivesse na terra talvez tivesse a vida mais facilitada para identificar a "artista".
ResponderEliminarBem, o Val também não estava mas como ele conhece meio mundo e tem uma memória de elefante...
Morde o engodo, Val, morde...
O Luiz Silva deve saber de certeza, pois ele também conhece meio mundo e tem uma relação próxima com o mundo artístico.
ResponderEliminarMorde o isco, morde, Luiz...
Qual meio artístico, qual carapuça... Adriano, não te deixes enrolar por um LP na mão da menina... Já disse ali atrás que nem tudo o que parece é...
ResponderEliminarE o airplane é quase certo que era um "De Havilland".
Braça "enjoado", "enjoado" ou quase...
Djack
E a mulher do Pedro Pires? Não será?
ResponderEliminarMas também pode ser um Hawker Siddeley dos que foram comprados nessa época para substituir os velhos Dove... Tenho essa documentação aqui no arquivo.
ResponderEliminarBraça a voar ao lado de 100 cagarras,
Djac
Ou um dos três Islanders que se juntaram aos Hawker na mesma altura... A foto é muito indefinida nesse aspecto. Mas o mais provável é que sejam mesmo De Havilland.
ResponderEliminarBraça entre nuvens,
Djack
Nada de madame PP, nem lá perto. É pá, cada vez estou mais "enjUado", estou mesmo "enjUado", safaaaaaa.
ResponderEliminarNada de madame PP, nada de cantorias, isto é um "enjUamento" total. E ainda por cima um "enjUamento" a tiritar. Digamos que estou a tiritar, "enjUado". Brrrrrr que frio!...
Braça entre atuns tesos que nem rotcha,
Djack
E digo mais: o concorrente que tem mais possibilidades de saber é o Zito, esse malandreco que diz sempre que não sabe nada e no entanto é o campeão dos concuros do Pd'B, já com sete vitórias no papo.
ResponderEliminarEu se fosse a ele, para "desenjUar" do atum e para aquecer do frio glacial até bebia hoje (que se lixe a gota) um gin.
Ó Zito, vamos lá a puxar por essa tola!!!
Braça desesperada com a facilidade pra o Zito que se recusa a pensar...
Djack
A coisa deu brado, toda a gente soube nas ilhas e por todo o lado, até eu soube, onde morava, pela tv e pelos jornais.
ResponderEliminarAté a Foto Melo soube ahahahah
Djack
Quando aqui vim pela primeira vez não havia nenhum comentàrio. Dei voltas e mais voltas a ver se atinava mas nada de nada pois, a bnitinha deve ter ali chegado quando tinha saido.
ResponderEliminarVou aguardar o desfecho com muita ansiedade.
Deve ser uma miss Cabo Verde.
ResponderEliminarEla está de regresso do concurso realizado em Portugal.
A foto é de 1971.
E esta, hem?
Agora não aparece o Djak para dizer da sua justa justiça. É miss Cabo Verde ou não é? De Mindelo, claro.
ResponderEliminarUma cagarra voou desde Cabo Verde para soprar umas meias-verdades ao ouvido do Adriano. A coisa compõe-se, mas ainda estamos longe das respostas exactas. Porque os concursos do Pd'B são como a Matemática: uma ciência exacta. A cagarra tem de ir mais longe. Falta nome da menina, falta data (a colocada não é a verdadeira) e falta mais algo acerca do evento que a tornou famosa...
ResponderEliminarBraça quase, quase,
Djack
Ângela Borges, irmã do actual ministro Jorge Borge
ResponderEliminarChama-se Manuela Manjua.
ResponderEliminarFoi a Portugal participar no concurso de Miss Portugal e ficou classificada como Miss Jovem por causa da idade (17 anos.
A foto é de 1973.
A cagarra foi enviada pelo Djô Martins e já foi devolvida à gaiola de procedência.
O Adriano acaba de limpar 5 ramos de acácia. Daqui a nada, estarão mais explicações no final do post, bem como os raminhos no sítio a isso destinado. O vencedor de hoje iguala assim o Zito (sete ramos, cada), até agora super-ganhador. E este decerto sabia, porque a coisa aconteceu com ele na ilha, acho eu.
ResponderEliminarBraça concursal,
Djack
Logo por azar nunca participai em concursos com prémio de 5 ramos...Que grande exagero!
ResponderEliminarLembro-me, embora vagamente, desta cena da família Manjua (Algarvios?)
Se não estivesse constipado ter-me-ia cheirado a sardinhas (manjuas) e talvez me recordasse das coisas..
Tenho muita honra em partilhar o primeiro lugar do pódio em tão ilustre companhia!
Este concurso teve 5 ramos como prémio, porque estamos em época festiva milenar. O concurso previsto para o post 1000 também os terá.
ResponderEliminarQuanto ao serem algarvios, eu disse na explicação que sim, que o Manuel Manjua era de Faro e a esposa algarvia (talvez também de lá). Então o meniono não leu? Ai ai...
Braça algarviamente concursal,
Djack
E pronto, Djack, vou agora regar os raminhos de acácia com água do rio Nabão, à falta de água do Madeiral, como devia impor-se em função do locus da imagem.
ResponderEliminarÉ claro que este rapaz desconhecia por completo os factos que aqui evocas, pois estava nessa altura bem enfiado no meio do mato, no Niassa Oriental. Para conseguir acertar, uma vez que me encorajaste quando falei num concurso de miss, fiz uma pesquisa na net que me levou ao blogue do nosso amigo Djô Martins, que publicou um post que aludia a este assunto. Portanto, não foi por conhecimento directo que acertei, foi por via de batota informática. Mas olha que pior do que o copianço para ganhar uns raminhos de acácia é plagiar trabalhos académicos para fazer licenciaturas e mestrados, como é moda agora.
Nos 50s estava eu em Dakar, nos 60s em Lyon e Tananarive. E nunca ouvira falar do Consurso. Por isso não ganho nem um prémio de "consolança"
ResponderEliminarChamava-se Manuela Manjua, e já faleceu. Era minha amiga
ResponderEliminarCaro anónimo ou anónima. Agradecemos a funesta notícia. Contudo, não precisava de repetir o nome da nossa comum amiga que está escrito ali em cima, bem como o do pai e da mãe, nossos grandes amigos. Gostaríamos era de saber mais algo sobre o assunto e lembramos que não aceitamos comentários anónimos (como está escrito ali do lado direito, mais acima).
EliminarMais uma vez obrigado e cumprimentos,
Djack
Não posso adiantar muito mais, porque há muito tempo que a não via. Sei que viveu no Algarve já casada com um meu amigo de infância. Tinham uma filha que vim a encontrar já mulher no mês de Agosto de 2014. Estava com o pai, quando perguntei pela mãe, respondeu que tinha falecido. A ultima vês que a vi foi nos anos 90, nessa altura estava em Espanha pois já estava divorciada. O ex marido chama-se Jorge Cosme.
EliminarCara Joana.
EliminarMais uma vez, os meus agradecimentos por estas notícias tristes que não esperava. Nunca mais vi a Manuela, desde finais de 1965, quando deixei a ilha de São Vicente. Algures no início dos anos 70 encontrei o pai em Faro e depois fomos a casa dele, onde revi a mãe (adoptiva), D. Rosa. Mas a Manuela andava não sei por onde e não a consegui reencontrar.
Cumprimentos e apareça por aqui, sempre que desejar.