As presentes homenagens são mais que merecidas e por isso mesmo é de assinalar o feliz acontecimento. Acontece que, embora já soubéssemos da notícia, ainda não tínhamos imagens para a ilustrar. Hoje, voltámos a ser alertados para o tema, desta feita pelo nosso amigo e condiscípulo gileanista Aníbal Orlando "Landim" Teixeira de Sousa. Fomos então "à caça" e encontrámos as novas notas no sítio do BCA, Banco Comercial do Atlântico. Aqui ficam as respectivas fotos/specimen. Um viva, portanto, aos que intervieram no assunto e concretizaram a homenagem. Faltam as de Jorge Barbosa e Aristides Pereira - que a seu tempo aqui serão exibidas.
Notícia do jornal I (Portugal) de 1 de Novembro passado:
A última vez que Cabo Verde emitiu notas foi há 15 anos.
O Banco de Cabo Verde (BCV) vai emitir uma nova série de notas para homenagear figuras da cultura e da política do país, entre elas a cantora Cesária Évora e o primeiro Presidente do país, Aristides Pereira.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e da Comunicação Social cabo-verdiana, Démis Lobo Almeida, que deu conta das decisões tomadas quinta-feira pelo Conselho de Ministros, indicando que a iniciativa tem ainda por objetivo repor o stock de notas do país, cujo volume se situa num nível considerado baixo.
A nota mais baixa será de 200 escudos (dois euros), que vai homenagear o médico e escritor cabo-verdiano Henrique Teixeira de Sousa, bem como a sua ilha natal, o Fogo.
Já a nota de 500 escudos (cinco euros) vai ter a cara de Jorge Barbosa, escritor e um dos fundadores do movimento literário "Claridade" e prestar tributo à ilha de Santiago, onde era natural.
A nota de mil escudos (10 euros) vai homenagear um dos mais emblemáticos compositores cabo-verdianos, o Codé di Dona, de nome próprio Gregório Vaz, e enaltecer o género musical funaná.
Os dois mil escudos (20 euros) vão enaltecer Cesária Évora, um dos expoentes máximos da música e da cultura cabo-verdianas e a morna, género que "Cise" cantou e levou a vários contos do mundo.
A nota de cinco mil escudos (50 euros) vai homenagear um dos mais conceituados políticos cabo-verdianos, combatente da liberdade da pátria e primeiro Presidente do país, Aristides Pereira, bem como a sua ilha natal, Boavista.
Por mim está tudo bem, mas relevo o especial mérito do Teixeira de Sousa.
ResponderEliminarAo contrário do que acontece nas outras duas notas, o Teixeira de Sousa não é retratado como escritor ou médico mas como homem do Fogo (nem faltam as uvas do manecom). É de facto verdade, ele foi um verdadeiro homem do Fogo nas duas vertentes (basta lembrar "Ilhéu de Contenda" e "Xaguate", por exemplo, e a sua preocupação com a implementação de bases de saúde pública na ilha), mas também é verdade que o observador pouco conhecedor da sua obra será levado a ficar algo confuso por alguma falta de informação sobre as actividades do retratado... de qualquer modo, é uma bela nota, ali com o maldito vulcão em guarda.
EliminarBraça monetária,
Djack