Há 553 anos, neste dia 21 de Janeiro, os rapazes de pêlo hirsuto que constituíam a guarnição de uma minúscula caravela perdida no nada atlântico ainda não sabiam que no dia seguinte iriam chegar à nossa ilha. Mas assim aconteceu a 22, de facto.
Uns dizem hoje que eram os homens de Diogo Gomes, outros afirmam a pés juntos que foram os de Diogo Afonso. A coisa não interessa para este particular de nome do citado grãozinho de terra, o do santo padroeiro de Lisboa, esse Vicente que acabou por unir para sempre a capital de Portugal e a ilha do Porto Grande.
22, data da chegada à nova terra, era dia de São Vicente e isso deu toponímico bonito que a sabura crioula transmutou noutro mais doce, Soncente. Honra seja feita, portanto, a esses ignotos homens de quatrocentos que acharam a terra de que tanto gostamos.
Ele aqui está, em foto de autoria desconhecida, eventualmente de máquina Melo, no pedestal da igreja de Nossa Senhora da Luz (Mindelo) com os habituais atributos: a palma e a caravela (neste caso, parece mais um barco de cabotagem, talvez uma barca). E na segunda imagem lá o vemos ao longe, junto ao altar, do lado da Epístola, em foto que fizemos em 1999.
Ele aqui está, em foto de autoria desconhecida, eventualmente de máquina Melo, no pedestal da igreja de Nossa Senhora da Luz (Mindelo) com os habituais atributos: a palma e a caravela (neste caso, parece mais um barco de cabotagem, talvez uma barca). E na segunda imagem lá o vemos ao longe, junto ao altar, do lado da Epístola, em foto que fizemos em 1999.
Foto Joaquim Saial, 1999 |
Gostei da fotografia de 1999. Linda! Grande e bem conseguido ângulo! A outra, a preto e branco conserva o seu valor histórico. Para mim, Mindelo é a cidade cabo-verdiana mais fotogénica! É muito bonita.
ResponderEliminarAbraços
Recordo-me do momento em que fiz esta foto, como se fosse agora: havia aquele ventinho que se sente sempre no Mindelo e que fazia esvoaçar os cortinados vermelhos do templo. Aliás, isso vê-se um pouco naquele da direita. Mas havia momentos em que tudo andava pelos ares, contrastando com o silêncio e a paz que se vivia no local, só quebrado pelo murmúrio de alguns crentes. Momento inesquecível, de facto.
ResponderEliminar