Eis o final da crónica de Julho, a penúltima antes do 3.º aniversário:
(...) Após 31 dias de viagem, em Outubro a escuna [trata-se da Valkyria] reentra em Providence. Continua a comandá-la o capitão Rose/Rosa e o veleiro transporta passageiros e carga para Frank Silva, da mesma cidade. Ainda a vemos a chegar à Brava, procedente de New Berdford, de onde saíra a 12 de Agosto, mas está para breve a sua derradeira viagem. Saída de Providence a 23 de Outubro para Cabo Verde, com 14 tripulantes, cinco passageiros e 100 toneladas de carga no valor de 2000 dólares, naufragou em alto mar. Cansado de 38 anos de vida, o ex-baleeiro não resistiu ao temporal e afundou-se, levando consigo dois tripulantes. A restante equipagem e passageiros foram milagrosamente recolhidos pelo navio-tanque Oyleric. Actos heróicos houve-os também, por entre a desgraça. Mas esses contá-los-emos na edição do "Terra Nova" de Setembro, altura em que a página "Crónicas do Norte Atlântico" comemora três anos de publicação ininterrupta. E integralmente, copiando notícias da época, como espécie de anexo ao presente texto. Quanto ao capitão Henrique Rosa, esse era sentenciado em 29 de Dezembro de 1930 com pena de um ano e dez meses de cadeia a cumprir na Prisão de Atlanta, pelo crime de tentar fazer entrar 11 passageiros clandestinos nos Estados Unidos, enquanto comandante do John R. Manta… Mas também esse caso será tratado no nosso próximo artigo.
Episódios incríveis da história trágico-marítima cabo-verdiana. Vamos aguardar pelo resto.
ResponderEliminarPelo "sabor" do aperitivo se explica o apetite pelo prato principal...Venha ele!
ResponderEliminarBraça expectante
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