terça-feira, 25 de agosto de 2015

[1643] No "Liberal", agora e em breve


No jornal digital "Liberal", sempre às segundas-feiras, leia textos curtos sobre Cabo Verde... ou esquecidos pedaços de história das ilhas, por vezes com uma pitada de humor. Clique AQUI

24.08.2015 - Joe e Adelina
(...) Tanto o Joe como a Adelina decerto se cruzaram comigo nas ruas da ilha, naquele ano de 1964, mas eu só havia de saber deles décadas depois, através deste postal que com grande probabilidade de acerto esconde uma das muitas histórias de ida de gente do arquipélago para os States. Talvez nos tenhamos visto nesta mesma rua de Lisboa que Joe escolheu para enviar em fotografia para Fairhaven. Artéria principal do Mindelo, nela se observa à esquerda a Casa do Leão, do inesquecível Sr. Celso (o postal era edição do seu estabelecimento), em frente o Palácio do Governo (após a independência rebaptizado como "do Povo" e agora entregue à guarda do Município são-vicentino) e à direita o plurim ou Mercado Municipal. (...) 

31.08.2015 - No pó do arquivo
(...) É difícil descrever a impressão que o desorganizado local me causou. Parecia que um vendaval por ali passara. Arquivos com gavetas escancaradas (alguns, tombados), cartas náuticas amarelecidas, listas da Armada, diários do Governo, números esparsos do Boletim Oficial de Cabo Verde, livros meio abertos por todo o lado, pelo chão à solta, empilhados aqui e ali, sobre a parte cimeira dos arquivos, num caos indescritível que me levou a pensar (e ainda hoje o creio) que tudo aquilo era "fotografia" deixada pela Marinha Portuguesa quando abandonou o local em 1975, após busca da documentação que mais interessava transportar para Portugal. E pó, muito pó, carradas dele, cobrindo tudo. Cheguei até a supor que após duas décadas e meia de esquecimento era eu a primeira pessoa a pisar o sítio. (...)

07.09.2015 - Escravos barulhentos, não pode ser...
(...) Por via de ampliar o acervo da minha biblioteca e arquivo cabo-verdianos, frequento há algum tempo um alfarrabista lisboeta que de quando em quando me encontra fabulosos petiscos ilhéus, seja em livro, seja em documentação de variado tipo: primeiras ou segundas edições de clássicos do arquipélago, velhos editais, cartas de governadores, cartões-de-visita, etc.. Entre esses materiais que pacientemente vou acumulando (pobre escritório, cada vez mais cheio!...), fui desencantar um edital de 1717 – época do Rei D. João V, ano da sua vitória em Matapan (ou Matapão) integrando uma armada internacional no Mediterrâneo que lutou a pedido do Papa Clemente XI contra os Otomanos e do início das obras do Palácio-Convento de Mafra – que fala sobre escravos cabo-verdianos demasiado barulhentos e de como eles deviam ser "domesticados". (...)

14.09.2015 - As três memórias mindelenses a Gago Coutinho e Sacadura Cabral
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1 comentário:

  1. Vamos aguardar, Djack. Oxalá o Liberal consiga recuperar o fôlego que já teve. Nestas coisas, às vezes é mais fácil destruir do que reconstruir...

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