Enredo teatral com um "deputado" por Cabo Verde pelo meio…
(...) O que de facto nos interessa aqui é ver neste entrecho que a visão de Cabo Verde existente na época da Rainha D. Maria II que da peça conseguimos extrair se baseia em lógica comercial de defesa do negócio do café e da urzela e num paternalismo etnocentrista que via os habitantes das ilhas como "pretinhos" ou "negrinhos". Digamos no entanto que a expressão "pretinhos" era mais utilizada para os habitantes da Guiné (um pretinho da Guiné) mas aqui ela veio a calhar ao anónimo autor. Augusto defendia os "constituintes da Brava", residentes na sua colónia favorita (não seria portanto de lá natural) mas aparentemente desconhecia o grande café do Fogo e ainda menos o de igual modo odorífero de Santo Antão… (excerto)
Isto promete, Dack... No seu livro de memórias, Adriano Moreira diz que Salazar tratava os naturais das colónias por "pretitos". Segundo Moreira, ele dizia: pronto, vamos então arranjar uns dinheiritos para os pretitos, Parece que em privado ele gostava dos diminutivos.
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