Esta foto é parte de outra maior (16.10.1963), com outras pessoas em primeiro plano. Aqui, em segundo plano, portanto mais longe, estes dois "clandestinos": à esquerda, o patrão de lanchas Djudja, também carpinteiro que quase sempre fazia par com Pidrim Delgode, motorista; à direita, o Sr. Paiva, polícia marítimo. Lembro-me que este morava para os lados da Matiota. Dois bons homens, dois funcionários exemplares.
É quase certo que o Djudja deve estar a fazer qualquer obra que interessava ao Sr. Paiva, na sua mesa de trabalho (que tinha dois tornos), onde estava sempre a trabalhar quando não balançava na "Atlântida" ou na "Capitania" a caminho dos vapores, com o piloto Américo Medina ou o seu colega Pedro "Pitina" de Alcântara Évora.
O local é o pátio da Capitania. O fotógrafo estava de costas para a baía, A porta (a da patronia-mor) é a última de várias, antes do portão que dava para a rua. A foto não é grande coisa, mas mesmo assim fica como saborosa memória.
Mal apercebemos das caras dos dois rapazes de quem me lembro perfeitamente. Sobretudo o Paiva (irmão mais velho do Paulo "Diplomata") célebre policia que depressa fazia accionar as sirènes dos barcos quando alguém prevaricava.
ResponderEliminarPara a juventude isso jà foi mas para nôs, os séniors, são lembranças que desfilam (sentados) na Praia de Bote.
Naquele tempo ainda SonCente era sabe !!!
Isto é coisa de saudade, Djack. O teu coração é grande e nele cabe o mar da baía do Porto Grande e esses velhos homens do mar, que o tinham no sangue mas que sabiam estar de parte inteira em terra.
ResponderEliminarTens razão, tens mesmo. Conheci ali uns 40 homens, entre marinheiros, polícias marítimos e pilotos. Tirando um ou dois (como sempre havia as ovelhas negras) era tudo gente de categoria. Gente pobre, fazendo muitos sacrifícios para sobreviver, mas aprumados, cumprindo as suas obrigações com brio e qualidade. Aliás, ainda vários estão vivos e podem confirmar que assim era.
EliminarBraça saudosa,
Djack