sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

[1771] Amigos, para sempre (no dia em que no Praia de Bote se completaram 250.000 visitas)

Adalberto (sobrinho por afinidade de HF), CF, HF, JS
Eram de facto grandes amizades, as daqueles tempos. Firrim (Henrique Ferro) e Cláudio Freitas (para além das respectivas famílias), tornaram-se também nossos amigos. Grandes convívios no quiosque da Praça Nova e nas casas de todos, passeatas, fartas e longas almoçaradas, muitos serões de animada conversa, um porto, um grog, sempre um cuscuz sabim...

Mas um dia houve que largar essa sabura. E os que ficaram não se esqueceram de dar o apoio na hora di bai àqueles que saíam do Mindelo bem contrariados, sem nenhuma vontade de tal. Eis um telegrama enviado a 26 de Dezembro de 1965 (há meio século) de São Vicente (Correios ainda na Rua do Telégrafo) para bordo do "Alfredo da Silva" (onde chegou a 27) que navegava desde o fim da tarde de 24 a caminho de Lisboa... Estaríamos mais ou menos por esta altura à vista das Canárias. Amigos assim, são de facto para sempre!...


8 comentários:

  1. É extraordinário como o Djack acarinha e guarda estas recordações. Ainda estive com o senhor Cláudio Freitas há 12 anos, em S. Vicente. Mas já faleceu.

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  2. Também ainda estive com ele em 1999, na sua oficina de marcenaria e carpintaria, ali para os lados da estrada para São Pedro, onde o fui visitar. Desgraçadamente, desta foto só resto eu vivo. Todos os outros já desapareceram, incluindo o meu amigo Adalberto, este falecido de modo dramático, a bordo de um navio onde trabalhava.

    Quanto ao documento, sobreviveu 50 anos, bem como outros que pontuam a saborosa "expedição" familiar à terra que nos marcou para sempre.

    Braça para Tomar, com votos de um bom ano ali e no "Praia de Bote"
    Djack

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    1. Djack, faltou-me enaltecer a preocupação que tiveste hoje, logo plumanhazinha, de nos trazer memórias e notícias de Cabo Verde, neste primeiro dia de ano. Isto é gratificante e todos os cabo-verdianos devem reconhecê-lo.
      Hoje, levantei-me tarde porque passei quase a noite toda a ver filmes do italiano Federico Fellini, para mim um realizador que não dispenso de revisitar. Levantei-me e dei com os posts. Dizem que nhô Amancinho também se levantou hoje bem tarde, diferente do que lhe é habitual. Pudera, nos dias normais vai para a cama com as galinhas, e ontem passou a noite toda na paródia que sabemos.

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    2. 1 - Era inevitável, depois do defeso provocado pelos teus dois belos contos que mereciam toda a visibilidade possível.

      2 - Fellini está no meu top de cineastas, também. Vi vários dos seus filmes no cinema, no São Jorge lembro-me eu. "Satyricon", "Roma", "Amarcord" são alguns dos meus preferidos. Outros, na TV, alguns ainda no Youtube.

      3 - Quanto a Nhô Amancinho, consta em São Vicente que finalmente juntou os trapinhos com Clarisse (casam hoje mesmo em Ribeira Grande) e que vai deixar os poucos bens que possui a Joana (só agora se soube que afinal ela é filha de ambos), já que o malandro do filho nunca mais apareceu... Bem fête!...

      Braça ficcionista,
      Djack

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  3. Eu não estou em atraso !!!

    Não tinha vindo por ter tido uma noite encurtada mas... sem festa. Um velho tem de ter juizo para - como o Djack - não perder o que registamos durante os tempos de juventude. Tanto mais que ser AMIGO é coisa preciosa e so quem é "amigo da Onça" faz o contràrio.
    Também me recordo dos dois adultos; se admirei o Homem Firrim, tanto como bon vivant como pessoa de seriedade, também convivi com o Clàudio Freitas que, durante algum temmpo, esteve na carpintaria da Western de onde saiu para se ocupar do que era de seu.
    Bons rapazes e, não menos bons, os meninos a quem mando mantenha

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  4. Votos de bom ano!
    250.000 visitas! Parabéns! Merecimento perfeito do «Praia de Bote», espaço de encontro e de busca, para os seus visitantes, de informações históricas e sociais destas ilhas.
    Outro assunto: Djack era um "mocim b'nitim" Sim senhor! A fotografia revela isso.
    Saúde!
    Abraços
    Ondina

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    1. Sim, sim, não há dúvida, nos primeiros anos 60, sempre que Djack (o da foto) passava pela Rua de Praia, Rua de Lisboa, Praça Nova e arredores,havia sempre muito mais ventania do que habitualmente. Era tude quês mnininha sabim d'Mindel, ta suspirá... ahahahahaha

      Braça para todos e todas que por aqui passaram hoje e deixaram o seu sinal de simpatia.

      Djack

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  5. 250000 é obra se fossem euros fazias a volta ao Mundo e ainda ficavas rico

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