segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

[1869] Um conto são-vicentino de Carnaval, inédito de Adriano Miranda Lima

Com publicação inicialmente prometida para terça-feira gorda, este conto inédito de Adriano Miranda Lima acaba por ir hoje para o ar. Haverá assim mais tempo para leitura carnavalesca, em sintonia com o 40.º concurso do Praia de Bote, em vigor até dia 10, pelas 22h00.

Morna "Tanha", por Cesária Évora (clique AQUI)

TANHA E “INTINTAÇON” DE CARNAVAL
Fotos colecção Joaquim Saial (Carnaval do Mindelo, anos 60)

Adriano Miranda Lima
A Ribeira Bote era, ao tempo dos acontecimentos, na década de 1950, um dos bairros dos arredores do Mindelo mais dinâmicos e interventivos em iniciativas populares. É onde vive a nha Luzia com a sua filha Maria Antónia, mais conhecida por Tanha. Asseguram o seu sustento com a confecção de produtos de doçaria e pastelaria que são distribuídos por botequins e tabernas. Tempos houve em que a Luzia trabalhou como cozinheira em casa de uma família inglesa, mas logo que nasceu a filha teve de abdicar daquele ganha-pão para se governar por conta própria. Ninguém alguma vez soube quem é o pai da Tanha, já que, mulher orgulhosa e senhora do seu nariz, a Luzia nunca se julgou na obrigação de dar satisfação a quem quer que seja. Mas o tom mate da pele da rapariga, assim como os seus olhos claros e cabelos encaracolados de vagos reflexos dourados, tão distintos das características físicas da mãe, denunciavam claramente uma paternidade europeia. Não faltava então quem, associando os factos, murmurasse que Tanha era filha de inglês. E as más-línguas, sempre viperinas em destratar a vida alheia, especulavam que foi precisamente essa a razão por que a mãe foi despedida de onde trabalhava.

Foto colecção Joaquim Saial
Talvez pelas circunstâncias especiais da sua progenitura, a Luzia tratava a filha com desvelo, mas exagerando no esforço de, supostamente, a proteger dos males do mundo. Quem melhor do que uma mãe solteira para conhecer as armadilhas no caminho de uma rapariga nova, ainda mais em S. Vicente? Assim se explica que, aos 19 anos, não se conhecesse ainda à Tanha qualquer namorado, porque a mãe arranjava forma de dissuadir ou enxotar a mais leve abordagem. Pessoa de rudimentar instrução e algo introvertida, a Luzia possuía, contudo, uma apurada intuição, que funcionava como um radar à volta da filha. Muito suspicaz, nada lhe escapava e antecipava-se sempre aos problemas que lhe pudessem trazer arrelias no presente e no futuro. A Tanha vivia assim numa espécie de casulo, longe de ganhar asas e soltar-se para os devaneios próprios da sua idade.

Porém, e não obstante as obstruções mais ou menos dissimuladas, o vizinho Beto, rapaz dos seus 25 anos, ajudante de electricista na Central da cidade, estava porfiado em conquistar o coração da Tanha. Muito suspirava o rapaz quando pensava naquela “mnininha bnitinha” e de ar singelo. Ahhh, aqueles olhos grandes e meio esverdeados queimavam-lhe o coração como se duas brasas o trespassassem. Há alguns dias, resolvera bater à porta da nha Luzia para lhe declarar as suas boas intenções em relação à filha. Mas a progenitora voltou a mostrar as suas habituais reservas, dizendo-lhe que, sim senhor, não desgostava da sua pessoa, ele que até era rapaz bem-posto e com emprego certo, mas a filha era ainda muito nova… e devia aguardar mais um tempo, deixar que tudo ficasse mais amadurecido.  

O Beto é que não se conformava, ainda que não tivesse uma prova clara de que o seu amor era correspondido. Não perdia a oportunidade de se aproximar da Tanha sempre que a via deslocar-se sozinha à “morada”, e já longe das vistas da mãe. Mas, ou porque o feitio da rapariga não fosse para grandes expansões emotivas, ou porque ela acusasse os efeitos da excessiva tutela materna, a verdade é que o Beto ainda não lhe notara um sinal, pequeno que fosse, que o pudesse deixar com o coração aos pulos. Por isso, a certas horas, costumava pôr a tocar no seu gira-discos a morna Tanha, escancarando a janela para que o som, em espesso volume, varasse o ar e chegasse aos ouvidos da rapariga. Ou seja, achando que talvez fosse ele que não conseguia flamejar o coração da amada, servia-se da voz musicada de outrem para intermediar a mensagem do seu sentimento:

Bôs odjos de uva maduro
Dôs strela de ceu na bô rosto
Tanha de meu, nha Deusa, nha sonho
Dixam dormi um sono de amor

Nh'amor pa bô ó Tanha
Nem qui ondas de mar
Bêja areia
Bêja praia
Nh'amor pa bô ó Tanha
E amor de mas
Cretcheu de mar pa areia

O dia nasceu ventoso, agitando-se e enrodilhando-se em restolhadas de poeira e detritos que se espalhavam estrepitosamente por todo o lado. A Tanha saiu de casa para umas compras na “morada” encomendadas pela mãe, e sentiu logo a areia transportada pelo vento picotar-lhe as pernas. Arrependeu-se de não ter vestido ao menos uma saia travada para frustrar as inconveniências do vento. Quando passava junto ao portão dos Salesianos, ouviu alguém atrás de si: 

─Tanha, aonde vais com este tempo, menina?

─ Fazer umas compras, Beto, a mando da mamã.

─ Olha, já combinei com a Marília para falar com ela para te deixar entrar no nosso grupo de Carnaval, “Estrela do Oriente”. Como sabes, faço parte dele, mas receio que, se for eu a falar, a tua mãe ponha reticências.

─ Ah, pois…

─ E depois, sabes, a malta acha que és a pessoa indicada para ser a nossa rainha. É que temos de substituir a Guidinha… ela engravidou; pensávamos que ainda dava para disfarçar a barriga, mas parece que os meses de gravidez não tinham sido bem contados…

─ Bem, eu até que gostaria, mas a mamã tem de deixar, porque sabes como ela é...

─ Deixa lá, a Marília, que é tua prima, vai falar com ela logo à tarde. Os ensaios são no Djacô, à noite, todos os dias a seguir ao jantar. Aceitas? 

─ Mas não é só isso, menina ─ segredou-lhe baixinho ao pé do ouvido – é uma maneira de conversarmos um pouco sem o aperto da vigilância da tua mãe. Vais e vens com a Marília, e assim não deve haver problema com a nha Luzia.

Foto colecção Joaquim Saial
Depois de o Beto se despedir, ao passar ao lado da praça do Dr. Regala, a Tanha foi surpreendida por um pé-de-vento furioso e não evitou que a saia se lhe agitasse num brusco movimento ascendente deixando-lhe descobertas as coxas roliças. Ouviu-se então um longo e atrevido assobio vindo de um dos bancos da praça, onde estavam dois rapazes a conversar. ─ Malcriados de não sei que diga! ─ reagiu a rapariga, com a face ruborizada.

Mas o encontro entre os dois surtiu um efeito inesperado no ânimo da Tanha, e a expectativa de vir a ser rainha do grupo pareceu-lhe um oportuno estratagema para alterar a sua rotina, soltar as amarras com que o génio da mãe prendia às paredes da casa os impulsos naturais da sua juventude. Estava convencida de que a prima Marília, rapariga solteira e mais velha que ela alguns anos, haveria de saber dar o recado e demover qualquer resistência por parte da nha Luzia. A Marília era uma moça alegre e sempre bem-disposta, que alguns até consideravam “esporpozenta”, mas que tinha uma conversa capaz de quebrar o gelo ao mais sisudo. Foi com estes pensamentos que prosseguiu o resto do seu trajecto.

Ribeira Bote envolvia-se de corpo e alma nos preparativos para o Carnaval. O grupo “Estrela do Oriente” tinha o seu epicentro no bairro e era a menina dos olhos dos seus habitantes. Toda a gente contribuía com a sua quota-parte de esforço e boa vontade para o sucesso do grupo, que competia com os rivais, como “Estrela da Marinha”, “Vindos do Oriente” e outros, no desfile da Terça-Feira de Carnaval. Por essa altura, a faltarem três semanas para o Carnaval, irrompiam já, aos sábados, bailes e bailinhos, um pouco por todo o lado, como motor de arranque para a explosão da ansiada Terça-Feira. Era um consolo ouvir o som de cavaquinhos, violas, trompetes e clarinetes a escoar das salinhas de baile, fazendo tanger corpos enlaçados, estuantes de sensualidade. As “mascrinhas” isoladas ou em pequenos grupos apareciam e entretinham as pessoas com a espontaneidade das suas brincadeiras, diabruras e “mofinezas”, independentemente do sexo e da idade de quem se ocultava atrás dos disfarces. Para o desfile do grupo do bairro, as costureiras não tinham mãos a medir no esforço de aprontar tudo a tempo. A Tanha foi contagiada pelo convite do Beto e só esperava o consentimento da mãe. ─ Ela irá deixar? ─ perguntava com os seus botões.

Mas, para surpresa de todos, a nha Luzia autorizou, sem aparentar grande resistência. A Marília não teve muito trabalho em convencê-la. Pelo contrário, notou-lhe um lampejo de orgulho no olhar ao saber que a Tanha ia ser a rainha do grupo, distinção apetecível e só ao alcance das mais prendadas pela natureza. Também é possível que ela se tenha questionado sobre as reais vantagens do excesso de vigilância que exercia sobre a filha. Terá concluído que o que tiver de ser acontece? Que é inútil e contraproducente continuar a travar os seus anseios? No entanto, desconfiou que nessa proposta havia provavelmente a mãozinha do Beto, que já no ano passado fora o rei do grupo.

E é assim que a Tanha passou logo a ir aos ensaios na sala do Djacô, para onde se deslocava a seguir ao jantar. Mas, quando se pensava que nha Luzia julgaria suficiente a vigilância oferecida pela Marília, de repente ela decidiu não prescindir de acompanhar também a filha. Sentava-se numa cadeira da sala e ali permanecia até terminarem os trabalhos. Assim aconteceu durante os primeiros dias, até que se deu conta de que aquilo era esforço demasiado, e provavelmente inútil, para quem tinha compromissos com um negócio, como era o seu caso. Depois de um dia se ter visto a cabecear de sono sentada na cadeira, lá resolveu abdicar dos seus cuidados. Não tardou então que o Beto começasse a esperar a Tanha e a Marília perto das escadinhas do Hospital, no trajecto para a sala do Djacô. A rapariga integrou-se com facilidade nos trabalhos do grupo, até porque a sua tarefa estava facilitada, já que não precisava obedecer a qualquer coreografia, bastando-lhe tomar mais tarde o seu lugar no carro alegórico ao lado do rei, o Beto. De qualquer maneira, tinha de aprender o hino do grupo e cantá-lo, afinado, com todos os elementos. A marcha dançada seria do mesmo modo dispensável à rainha indigitada, mas ela gostava de se incorporar em todos os actos dos ensaios. Sem dúvida que a grande alteração na sua vida foi o estreitar da sua relação com o Beto, iniciando-se um namoro que já não podia ter retorno, marcando indelevelmente os seus dois destinos. 

Chegou a Terça-Feira ansiosamente esperada. “Mascrinhas”, “mandingas”, foliões de toda a espécie, pessoas envergando os mais diferentes e criativos trajes e enfeites, enchiam as ruas da “morada”, afluindo em grande parte dos arredores da cidade e inflamando as multidões que pejavam os passeios. Por coincidência, um grande navio de guerra inglês de passagem pelo Porto Grande despejara na cidade um enorme contingente de marinheiros, muitos dos quais não tardaram a escangalhar a compostura militar, contagiados pelo fervor festivo do povo mindelense, com o que certamente não contavam quando aportaram à ilha.

À hora certa, o grupo “Estrela do Oriente” saiu da Ribeira Bote, passou pela Fonte do Doutor a caminho da rua de Lisboa, para mais tarde ir postar-se na Praça Nova, onde seria eleito o grupo vencedor do desfile. Nha Luzia estava num dos passeios da rua de Lisboa à espera de ver a sua rainha entrar no coração da cidade, reinando por um dia. Avistou-a e acenou-a efusivamente. A Tanha, ao lado do seu rei, envergava uma indumentária de cor azul clara de inspiração oriental, feita de cetim, misto de caftan e abaya. Uma espécie de véu pendia-lhe da cabeça mas deixando o rosto descoberto, no esplendor dos seus olhos luminosos irradiando feitiço. Na cabeça uma coroa dourada. ─ Ah, como está bonita a minha filha! ─ não se conteve a nha Luzia ─ é a Tanha, é minha filha! ─ gritou ela, radiante, pulando, para os que estavam junto dela.

Não chegaria a apurar-se qual foi o grupo vencedor nesse ano, porque gerou-se uma confusão diabólica em que ninguém se entendia. Por fim, já se vitoriavam todos os grupos concorrentes pelo seu esforço e empenhamento, quando subitamente um dos marinheiros ingleses saiu do meio da multidão, subiu ao palco e, esbaforido, gritou a plenos pulmões:

─  Hold on, hold on! This isn't fair. You must elect a group. And there is only a winner: Estrela do Oriente!; and you must also choose a Carnaval queen. Today, the mindelense queen is Tanha! God save the queen Tanha! 

Toda a gente ficou de boca aberta, espantada, pois tal coisa nunca antes se vira no Carnaval da ilha. 

Seguiu-se o baile no Djacô, com participação de todos os elementos do grupo. A noite ia esgotar o resto das energias físicas, que não as mentais porque essas não têm prazo de duração; são um continuum que se resguarda em permanência no fundo da alma mindelense. Ainda se comentava o acto inusitado do folião do marinheiro inglês, quando o rei e a rainha do grupo deram início ao baile, a que se juntaram de imediato todos os companheiros, irmanados no mesmo desejo de levar ao rubro o ardor da festa. E ela se soltou com frenesim pela noite dentro, com o conjunto musical a não deixar os seus créditos por mãos alheias. Cavaquinhos, violas, violões, bateria, pandeiro, clarinetes e trompetes formavam um compósito de ritmos e harmonias que mexiam com os sentidos do mais comedido folião. Algumas mamãs e titias que, sentadas em bancos e mochos, assistiam ao baile, foram aos poucos regressando a casa, fatigadas pelo rebuliço do dia, e nha Luzia não foi excepção, instada por uma vizinha. A mamã vigilante não se fez rogada porque no dia seguinte tinha uma importante encomenda a satisfazer para o botequim de nha Luísa Manobra.

Foto colecção Joaquim Saial
A noite já ia avançando quando, a dado momento, o Beto e a Tanha dirigiram-se, sorrateiramente, para o exterior, como que à procura de refrigério para os seus sentidos em brasa. A coladeira “Intintaçom de Carnaval” havia sido o rastilho para a explosão que se deflagrou em silêncio no interior dos seus jovens corpos, com réplicas sucessivas em cada fibra, em cada nervo. Depois, a morna Tanha, pedida pelo Beto aos músicos, serviu como uma espécie de catalisador da sua paixão; a volúpia passou a oferecer-se em toada mais lenta mas não menos sentida; se antes fora como uma onda alterosa, oscilando entre a cava e a crista, agora tudo era mais repousado, mais interiorizado e mais uniforme na sua vibração. Os dois conversaram animadamente junto à porta da sala, sentindo uma atracção mútua que era já incontrolável e carregava-se de promessas de futuro.

Às tantas, o par desceu a rua em direcção ao largo do Castilho, abraçado e diluído na noite. Aproximaram-se de um canto escuso por entre os coqueiros e arbustos do espaço ajardinado daquele clube, e caíram impulsivamente nos braços um do outro: “… nh'amor pa bô ó Tanha, ê amor de mas, cretcheu de mar pa areia...” Soprava uma aragem fresca vinda dos lados da Bela Vista, entrando encanada pela Fontinha e indo de encontro à fiada de casas da Rua de Coco. O silêncio era apenas quebrado pelo esvoaçar leve e espaçado das copas dos coqueiros. Parecia o arfar da natureza quando o rei e a rainha da “Estrela do Oriente” entraram nos seus domínios privados.

Tomar, Carnaval de 2016
Adriano Miranda Lima

13 comentários:

  1. Apreciador de Contos e dos escritos do autor de hoje, felicito o Adriano por mais esta voltinha à nossa terra com a (sua) Tanha.
    Mais feliz ainda por ter conhecido a Tanha a quem foi dedicada a morna e ainda o que, desesperadamente amoroso, nunca pensou que a mùsica ia ter o sucesso que teve.
    Obrigado amigo Adriano ! Obrigado PdB !
    Bom Carnaval a todos os por aqui passarem.

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  2. Oportuno. Bem estruturado, perfeitamente ritmado e de leitura agradável!
    O Conto é lindo! A história romântica q. b. Registados nela estão também referentes reais: a vigilância materna, a cumplicidade da prima mais velha, a beleza de Tanha, para quem nem faltam os assobios atrevidos, (de outrora) a paixão de Beto, a festa do Carnaval, o espírito mindelense, para brincar e brindar o rei Momo, os grupos carnavalescos, o movimento das ruas da cidade, os ensaios dos Grupos, levados a sério - No meio de tudo isso surge o tocante romance jovem de Tanha e Beto - As sugestões, os implícitos, não ditos; além do mais envolvidos, pela morna «Tanha». Lindo!
    Momentos de alta inspiração do nosso Contista, Adriano. Parabéns!
    P.S. ...Será que o marinheiro inglês, não terá visto, pressentido em Tanha, alguma ligação à velha Albion?...Quem sabe?
    Abraços e bom Carnaval!
    Ondina

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    1. Cara Ondina, à medida que fui lendo o conto ainda pensei que o clímax se daria no reconhecimento de Tanha como filha do marinheiro inglês, mas o Adriano trocou-me as voltas e deixou a rapariga para sempre como produto de pai incógnito, embora com a compensação do desejável desfecho amoroso.

      Mais um belo conto do tímido de Tomar, o tal que não se decide a colocar a papelada que anda por aquelas gavetas de computador em forma de livro.

      Braça consolada com esta leitura genuinamente mindelense,
      Djack

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  3. Quem sabe destas coisas das letras já disse tudo... O que me resta, afinal, não será, no entanto despiciendo - o efeito sensorial do escrito, da história, da envolvente, dos actores e, tudo junto, tem o condão de nos colocar dentro do filme, espectadores presenciais de uma trama que percorre lugares e dramas que conhecemos, com o perfume de autenticidade que enriquece a pluma deste contista de eleição...Thank you, Adrian!
    Braça
    Zito



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  4. Muito bem apanhado e com muitas liçoes que teimamos em nao aprender! Feliz Carnaval

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    1. Praia de Bote agradece simpatia da mensagem mas gostaria de saber de quem partiu. Mesmo agradável, uma mensagem anónima não deixa de o ser...

      Braça,
      Djack

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    2. Quando escrevi "mensagem" deveria ter escrito "comentário" - o que, para o caso, dá no mesmo.

      Djack

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  5. No meu comentàrio não disse que a verdadeira Tanha, a dona da morna homônima, pela sua tez podia bem ter sangue de um subdito da S.M. Britânica.
    No entanto, dado a sua idade e as contingências da vida, duvido que o Adriano a tenha conhecido.

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  6. Agradeço as palavras simpáticas dos queridos amigos e companheiros que vieram a este post. O objectivo é animar a malta nesta altura em que, impossibilitados de estar no Mindelo para vivermos o Carnaval, resta aos que estão longe recordar as pulsões festivas que conheceram noutros tempos.
    Tens razão Val, não conheci essa Tanha de carne e osso que inspirou o criador da morna. E nem sequer sabia que ela existiu. A morna é linda, linda!

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  7. O ADriano é um criativo escreve para todas as as ocasiões e tem que sair o seu livro. Um escultor na e da lingua portuguêsa com tanta imaginação tem que nos brindar com 1 livro por ano, pelo menos. Estará já um na calha?

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  8. Mais um belíssimo conto do Adriano! Bem-haja!

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  9. Respondendo à Ondina, confirmo que, na verdade, o marinheiro inglês terá "pressentido" na rapariga Tanha essa possível ligação. Mas não quer dizer que, caso ela fosse escurinha mas bela, não ficasse também rendida aos seus encantos. A verdadeira beleza não tem cor.

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