quarta-feira, 2 de março de 2016

[1979] Resolvido o mistério da rua desconhecida

Com a ajuda empenhada do Adriano Lima e de um seu familiar posto a trabalhar para nós em S. Vicente, está resolvido o mistério da rua desconhecida que apresentámos no post 1951. Aqui fica o texto sic que o nosso amigo nos enviou, acompanhado de foto feita pelo dito familiar. Isto é que é participar num blogue, isto sim, ler, remoer, procurar, encontrar, e acrescentar. Um grande ubrigadim a ambos. E agora, compare-se...

Pedi a um primo para identificar essa rua do post 1951 do Pd'B. Ele assim fez e concluiu, com toda a segurança, que é a rua Senador Vera Cruz. Levou com ele o seu  IPAD, onde estava guardada a fotografia antiga, e, após alguma busca,  identificou-a efectivamente como sendo a rua Senador Vera Cruz. Veja-se o recorte da montanha ao fundo, que confere exactamente. Outro pormenor, não tão visível na foto da actualidade como na antiga, é uma rua ao fundo, em plano distante, que é em declive. É uma pequena rua já para lá da Senador Vera Cruz e que é perpendicular àquela que vem do Alto Mira Mar em direcção à Praça Nova. É mais visível a olho nu, mesmo à distância do ponto de observação tomado pelo fotógrafo. O meu primo certificou-o sem dificuldade.

Outra questão, que interessará para atribuir uma data à foto antiga. Na foto actual, tem-se, logo à esquerda, um dos prédios construídos pelo meu bisavô Alfredo Miranda e que foi herdado por uma das filhas, a tia Bia e marido, no rés-do-chão do qual ficava o Café Portugal, que lhes pertencia. Ora, esse prédio foi construído nos inícios do século XX, pelo que se deduz que a foto antiga representa a rua Senador Vera Cruz em data anterior, talvez finais do século XIX. 

Clique nas imagens, para as ampliar




9 comentários:

  1. Parece, na realidade, não haver dúvidas, graças ao recorte orográfico...

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  2. Não tens que agradecer, Djack. Se fosse assim, não haveria espaço no PdB para agradecermos as tuas pesquisas, investigações, averiguações, diligências, buscas, interpelações, perquirições, indagações, lançamento de concursos e tudo o mais que manda a vontade de remar nas águas mansas desta Praia. Isto para não falar das tuas escritas e até das tuas criações mofinas como esse truculento, buzod e incorrigível mindelense que é o Djosa de nha Bia.

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  3. Queria só acrescentar que esse meu primo se chama José Carlos Vitória Soulé e está sempre pronto a ajudar sempre que o solicito, nunca regateando esforços. Tem um coração maior que o mundo. Um grande mindelense!

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    Respostas
    1. Ele que arranje uns calções e venha tomar banho na nossa Praia de Bote. Ele que se junte a nós, pois será muito bem-vindo.

      Braça
      Djack

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    2. Creio que seja o Soulé que concedia as licenças de importação antes e logo após a independencia...Tenho uma história deliciosa com os serviços dele que um dia contarei...Sou muito amigo do Soulé que vi, pela ultima vez há dois ou três anos, numa festa dos antigos alunos do LGE...

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  4. Não, Zito, é meu tio materno. Estou a falar do filho mais velho dele, José Carlos, que tem 62 anos. O carlos, o pai, está com 88, razoavelmente de saúde, mas muito preguiçoso. Os filhos ofereceram-lhe há uns 6 anos um computador mas nunca consegui que ele arranjasse um e-mail para comunicar. Ainda até um ano atrás, usava o skype mas agora nem isso. Ele contou-me desse vosso encontro em Lisboa.

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  5. Djack, vou tentar que o Carlitos venha nadar connosco. Aliás, já o tentei, não só em relação a ele como outros familiares. Mas anda tudo "desfarçóde", como antigamente se dizia em crioulo, que significa desmazelado.

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  6. Pelo esclarecimento do Adriano (casa construida pelo bisavô Alfredo) posso afirmar que, na casa que se vê na foto antiga, veio a funcionar o estabelecimento de Leão Cohen, pai do Maturino, da Deolinda, Bia, etc. Era caixeiro o sr. Tomaz que, mais tarde, veio a ser o cunhado do patrão. O sr. Tomaz era um derbyano desde a fundação dos azuis e branco.

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  7. Foi pena o fotógrafo não ter deslocado um pouco mais a direita, e ter elevado um pouco mais em altura, o que não era difícil, de forma a fazer coincidir a antiga casa com o actual, que hoje chama-se "Catem"

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