Praia de Bote envia sentidas condolências à família do primeiro Presidente da República democraticamente eleito e ao povo cabo-verdiano (ver AQUI)
Corpo de Mascarenhas Monteiro estará na Presidência da República de Cabo Verde até às 20 horas (ver AQUI)
DECRETADOS DOIS DIAS DE LUTO PELO GOVERNO DE CABO VERDE. PRAIA DE BOTE ASSOCIA-SE À HOMENAGEM, SÓ RETOMANDO ACTIVIDADES NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA
Funeral amanhã, domingo, em Assomada, Santiago
Funeral amanhã, domingo, em Assomada, Santiago
Foto RTC |
Era rapaz da minha idade, mas não me lembro de o ver no Gil Eanes. Paz à sua alma!
ResponderEliminarOs nossos pais eram amigas e frequentavam-se tanto em S.Vicente como em Santiago. Encontrei-o uma so vez no Mindelo mas sempre tive a melhor impressão do rapaz.
ResponderEliminarDizem que todos, mesmos os maus, depois de mortos passam a ser bons mas este foi dos melhores Cabo Verde teve. Pelo menos depois de Julho/1975.
R.I.P.
Marcarenha Monteiro o Primeiro Presidente da chamada II República.
ResponderEliminarConheci-o em Dezembro de 1991 nas eleições presidenciais livres em Cabo Verde quando levei algum donativos que os emigrantes da França (encabeçados pelo Silva Luiz ) conseguiu angariar para promover a sua campanha, que como é óbvio não tinha apoios do estado do PAICV que apoiava A Pereira, (este que teve a triste ideia de se candidatar, num país descontente com 15 anos de ditadura, governado pelo senhor Pedro Pires.
Coitado do A Pereira 'levou a pele', não percebo como foi possível não ter percebido que o timing não era o mais adequado, que os ventos contrários tinham chegado. Em S. Vicente foi uma tragédia vergonhosa para este que foi presidente e que merecia respeito pela função que ocupou. Uns dirão 'l'arroseur arrosé' mas não pactuo com este tipo de procedimentos, para além de Pereira não ter tiido nenhuma ou poucas responsabilidade nas derrapagens revolucionárias que aconteceram no Mindelo no período de 1974-78. Aristides Pereira era um homem educado, polido, moderado e ocupava no PAIGC/CV uma posição de centro político, era um moderador às orgias revolucionárias.
Encontrei-me pois com Marcarenhas Monteiro em Dezembro de 1991 em sua casa na Praia para entrega e conferência do donativo enviados pelo incansável Luiz Silva Luiz, naquele dia, por coincidência, estava repleta de ministros do MPD e seus militantes, pois a campanha estava ao rubro e deviam estar a concertar estratégias de campanha.
Passei uns meses em CV e em 92 saí de CV ,já la vão quase 25 anos para ingressar no serviço onde trabalhio , nunca mais vi o homem.
Quando o conheci parecia moderado, uma pessoa de centro esquerda, sobretudo franca, humilde e atenciosa. Pela sua educação maneiras parecia-me um Aristides Pereira 30 anos mais novo. Inspirou-me confiança. Longe ficaram os tempos do PAIGC, do esquerdismo e dos apoios ao regime de partido único (que apanhou toda esta geração que se tinha convertido ao comunismo) e do julgamento dos casos associados à Reforma Agrária (que apanhou também todos os juristas da praça, uns por não haver alternativa outros por concordar com a reforma e a metodologia da sua sua implementação). Que a terra lhe seja leve...!!
Creio que foi o paradigma do político "low profile"...
ResponderEliminarBraça nodjado,
Zito
Também penso, tal como o Zito, que ele fez uma presidência discreta mas digna.
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