quarta-feira, 14 de setembro de 2016

[2424] Porto de Calheta moderniza-se mas quer preservar as memórias locais

Press Release enviado para Pd'B

Excelente ideia e brilhante filosofia que pretende recuperar as memórias da nação e uma história que não se pode deitar para o lixo (e que ainda por cima pode render dividendos a Cabo Verde). Damos fortes parabéns aos autarcas locais e desejamos as maiores felicidades para o projecto (veja-se o nosso sublinhado a azul no texto que nos foi remetido).

Com a cerimónia de lançamento da primeira pedra, as obras de requalificação do Porto de Calheta arrancam este sábado, 17 de Agosto, pelas 11h00. As obras estavam para arrancar mais cedo, mas a campanha eleitoral determinou este atraso. De todo o todo, antes do final do ano, provavelmente em Dezembro, irá proceder-se à inauguração da primeira fase.

No passado, principal centro de pesca e de comércio de São Miguel, o Porto de Calheta avança para a primeira fase de requalificação com a reposição de areia na área balnear, instalação de uma praça digital, construção de espaços verdes e de restauração, bem como a montagem de módulos para pequenos negócios e a edificação da Casa do Pescador.

O novo Porto de Calheta vai contar, ainda, com um acesso pedonal, um arrastador para pequenas embarcações, um parque infantil e um espaço para realização de pequenos espectáculos e festivais. O objectivo central deste projecto, que conta com um apoio do governo no valor de 40 mil contos, é recuperar este ex-libris patrimonial de São Miguel, dando-lhe a dinâmica comercial de outrora, e tornar a cidade mais atractiva em termos de oferta turística.

Numa segunda fase, assistir-se-á à requalificação de todo o núcleo urbano, com edifícios de estilo colonial em avançado estado de degradação.

“O nosso compromisso será o de dotar a Calheta de infraestruturas modernas por forma a criar uma dinâmica de negócio, atrair mais turistas e investimentos para dinamizar a economia local e, desta forma, melhorar a qualidade de vida dos micaelenses”, sustenta o Presidente Herménio (Meno) Fernandes.

Gabinete de Comunicação e Imagem
Câmara Municipal de São Miguel
Veneza | Cidade de Calheta
São Miguel | Santiago | Cabo Verde

2 comentários:

  1. Tenho de ser sincero e confessar que, ao ler a notícia, pensei que se tratava da localidade da Calheta, perto da cidade de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, Açores. A confusão advém da semelhança dos nomes.
    Então, fui à net e verifiquei que o concelho de S. Miguel Foi criado em 1996, quando uma freguesia do antigo Concelho do Tarrafal foi separada para formar o Concelho de São Miguel.
    De facto, houve uma explosão de concelhos municipais em Cabo Verde, em especial na ilha de Santiago, o que veio agravar o peso do Estado. É provável que a cidade de Calheta não passe de uma pequenina vila. Mas, ao que parece, há lá gente dinâmica, com ideias e iniciativas. Esperemos que ao menos isso justifique a existência do concelho. Resta dizer que ideias destas podiam ser emuladas pela ilha de S. Vicente. Ou será preciso criar os concelhos municipais de S. Pedro e Salamansa? Bem, diria que a ilha de S. Vicente pode vir a ser prejudicada pela sua condição de ilha unimunicipal, não obstante ser a segunda mais populosa do país, se for implementado um projecto de regionalização no país. É o contra-senso de haver ilhas com metade e um terço da população de S. Vicente e terem, no entanto, 3 municípios. A dimensão territorial, que poderá invocar-se, não o justifica.
    Todavia, penso que a solução para a reorganização político-administrativa do país, ao invés de exigir mais municípios, deve requerer a extinção de muitos deles, visto não se justificarem de um ponto de vista de racionalidade na gestão do território e, sobretudo, dos parcos recursos do país.
    Esta minha deriva veio por mero acaso, quando preferiria apenas enaltecer a iniciativa e a vitalidade cívica dos autarcas do concelho de S. Miguel.

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