Pensávamos nós que iria haver uma salutar troca de dados relativamente ao João Adão, mas os nossos leitores, visitantes e colaboradores não se portaram como nós esperávamos. Ou seja, não se mexeram. Dizem as normas internéticas que as aspas (") são significativos auxiliares de quem quer saber algo sobre algo... Assim, se nós falámos de João Adão /John Adams, e partindo do pressuposto óbvio que o homem era cabo-verdiano, o que havia de elementar a fazer era escrever na pesquisa "John Adams", entre aspas, e "Cabo Verde", também entre aspas. (só "John Adams" remeteria para o presidente americano que nada tem a ver com o que se pretendia). Era tiro e queda. Toda gente teria ficado a saber quem era o fulano. Foi o que nós fizemos, com grande proveito e interesse. Dito isto, não acrescentamos mais nada. Quem quiser saber mais, que vá à caça, como nós fizemos quando descobrimos este artigo de jornal que nos levou bastante longe. A propósito, alguém reparou naquela foto de um "amigo" do John Adams? Pois, figura famosa e de distinta pena... Mas fiquemo-nos por aqui. Temos uma série de dados (em texto e imagem) sobre o assunto mas agora é a vez de os interlocutores do Pd'B se dedicarem à sua própria escavação - que nós já fizemos a nossa... O recorte que deu origem à proveitosa pesquisa é de Abril de 1945, do DN de New Bedford. Para quem não trabalhou, é prenda mais que boa... Finalmente: apagámos o post anterior, para não sermos processados nem pelo Arnaldo, nem pelo Barack ou pelo António (fiquemo-nos pelos primeiros nomes...).
Li o texto. A gente aprende todos os dias e é-se surpreendido nessas leituras por informações que nos tocam agradavelmente. Esta por exemplo, sobre o ilustre patrício, João Adão, natural de São Vicente e o primeiro português a chegar àquela cidade americana portuária e baleeira. Nada sabia sobre ele até agora. Irei à procura de mais. Obrigada Djack.
ResponderEliminarHá um facto na vida do João Adão que o Pd'B não desvenda, dado que qualquer um o pode descobrir em segundos, se quiser mergulhar na Net. E não é facto de curta importância...
EliminarBraça caladinho,
Djack
Djack, pesquisei e recolhi a seguinte informação:
ResponderEliminar"No Museu da Baleação, em New Bedford (USA), há uma lista dos marinheiros do baleeiro Acushnet, que partiu para os Mares do Sul, em 1841. Entre os nomes, os dos portugueses George Galvan e Joseph Luis, do Faial, John Adams, de Cabo Verde, e o do americano Herman Melville. Nessa viagem, Melville aprendeu para escrever Moby Dick."
Dos seus companheiros portugueses fica a grafia manhosa dos nomes, o que era comum : os dois primeiros assentos de baptismo católico em New Bedford são de John e Lucia, filhos de "Ennis Leeshandry", dislexia do sacristão perante um Inácio Alexandre. Apesar desses desencontros, New Bedford, que foi a capital mundial da baleia, foi também a mátria da emigração lusa na América. Os baleeiros com tripulação mínima fundeavam ao largo do Faial, da Madeira ou de São Vicente, os rapazolas metiam-se nos botes, subiam a amurada e entregavam-se a percorrer os mares na caça da baleia. O seu porto passava a ser New Bedford, dali escreviam cartas de chamada e a emigração para a América começou - por ironia, à custa de uma indústria fundada por português de outras origens, o judeu sefardita Aaron Lopez."
Esse Museu da Baleação dedicado à primeira grande indústria americana só mostrava difusa memória portuguesa, como a lista do Acushnet. A partir da próxima sexta-feira vai ter, de forma permanente, uma galeria dedicada aos baleeiros portugueses."
Quem imaginaria que um marinheiro cabo-verdiano pertenceu ao universo em que se inspirou o futuro autor de Moby Dick? Quando vi o filme no Eden Park estava longe de pensar em tal coisa.
É isto mesmo! Até que enfim, foi pena seres só tu a ir à caça... Há outros documentos escritos e em imagem sobre o assunto, algumas das quais vou colocar no outro post, com esta tua pesquisa e devida identificação de "caçador".
EliminarUm obrigado pela participação e um braça sem arpão.
Djack
Boas!
ResponderEliminarGrande noticia para mim, passei-a imediatamente ao museu da pesca em Tarrafal de S Nicolau. Talvez tb saibam que o Essex (o mesmo baleeiro que Melville se refere no seu livro) esteve de passagem por CV, onde adquiriu uma lancha (talvez um long boat) na ilha do Maio que pertencia a um barco que teria encalhado na altura.