Boa ideia, Djack. Acontece que o post do ARROZCATUM não o cheguei a ver, pois caso contrário tê-lo-ia comentado. Faço-o agora, pois nunca é tarde para estas coisas. As memórias do nosso Amigo sobre a sua experiência profissional na Empresa Leão dizem muito da sua natureza humana e do profissionalismo com que encarava todos os desafios. Ele exerceu essas funções numa época bem longa (1963-1977), em que eu já não estava em Cabo Verde. Fiquei assim com uma ideia do que era aquele empreendimento comercial, que fez história na ilha de S. Vicente, apostando na modernidade. Sublinho estas palavras dele: os Leões eram homens dignos, empreendedores, justos, e trabalhadores incansáveis.
Numa altura em que recordamos o bloguista e amigo que nos deixou, é justo dizer alto e bom som que isto só é possível graças à qualidade humana do outro bloguista que é o Joaquim Saial, que carinhosamente tratamos por “Djack” (uma corruptela do crioulo de S. Vicente), proprietário do Praia de Bote. Este e o Arrozcatum eram/são dois blogues irmãos, afinados pelo mesmo sentimento e pelo mesmo objectivo: recordar Cabo Verde, em particular a ilha de S. Vicente, trazer a público factos e acontecimentos relevantes da sua história, divulgar e valorizar o seu património material e imaterial, associar-se à defesa das boas causas cabo-verdianas, etc. Devo confessar que foi através do Praia de Bote, a que aderi desde o princípio, é que eu e outros colaboradores mais militantes conhecemos o Arrozcatum. Eram/são efectivamente dois blogues irmãos, nunca foram concorrentes, mas complementavam-se em muito da sua actividade. No entanto, enquanto o Praia de Bote se cinge mais à geografia humana e à história de S. Vicente e do que é irradiado para lá das suas fronteiras, o Arrozcatum não se coibia, também, de ser veículo de artigos de opinião sobre a realidade cabo-verdiana e não só. O Praia de Bote o faz também de onde em onde, mas circunscrevendo-se a questões mais especificamente mindelenses. Oxalá o Arrozcatum não se extinga com o desaparecimento do seu criador. Oxalá alguém da família pegue no facho, sem ser necessário que o faça com a mesma passada olímpica do antecessor. Tal não é fácil porque, se for pessoa ainda no activo, não terá a mesma disponibilidade. Mas seria gratificante continuar a contar com o blogue irmão. Isto tudo vem a talhe de foice para enaltecer o Joaquim Saial, o nosso “Djack”, pelo seu protagonismo como bloguista e, mais importante ainda, pelo seu enorme coração cabo-verdiano. É pela sua notável acção que Cabo Verde passou a estar mais próximo daqueles que vivem há muitos anos afastados do torrão natal. O “Djack” é um pivot humano de rara estirpe.
Não vai haver desafio, ou repetição, já que o Adriano conseguiu (como sempre) dizer o que sentimos e porque sentimos essa admiração pelo menino de Ponta de Praia que um dia escolheu, elegeu, um dos lugares mais tipicos do Mindelo para observar e dizer ao mundo quem somos e porque assim somos. Djack, talvez por não ter ali nascido e ter vivido ants em lugar diferente, pode, na idade em que a criança tem muito poder de captar, comparar gentes e terras diferentes, mas da mesma cultura e sensibilidade, todavia de aplicação diferente. Démos-lhe a morabeza e ele deixou-nos a saudade. Reencontramos e não nos vamos largar. Bem haja, Djack !!!
Subscrevo inteiramente o que disse o Adriano. De facto, há que tirar o chapéu ao Joaquim Saial. Junto-me aqui a esta justa homenagem ao Zito e o Joaquim. Dois blogues irmãos, sim, e ambos filhos de Cabo Verde. Curiosamente nenhum dos seus mentores nasceu nas ilhas, o que diz tudo sobre o amor e o comprometimento de cada um deles a essa terra e que devia servir de exemplo a muitos "nascidos e criados" por lá. Um salva de palma pa ês!
Boa ideia, Djack. Acontece que o post do ARROZCATUM não o cheguei a ver, pois caso contrário tê-lo-ia comentado. Faço-o agora, pois nunca é tarde para estas coisas. As memórias do nosso Amigo sobre a sua experiência profissional na Empresa Leão dizem muito da sua natureza humana e do profissionalismo com que encarava todos os desafios. Ele exerceu essas funções numa época bem longa (1963-1977), em que eu já não estava em Cabo Verde. Fiquei assim com uma ideia do que era aquele empreendimento comercial, que fez história na ilha de S. Vicente, apostando na modernidade. Sublinho estas palavras dele: os Leões eram homens dignos, empreendedores, justos, e trabalhadores incansáveis.
ResponderEliminarBem-haja, Joaquim, por estas lembranças!
Numa altura em que recordamos o bloguista e amigo que nos deixou, é justo dizer alto e bom som que isto só é possível graças à qualidade humana do outro bloguista que é o Joaquim Saial, que carinhosamente tratamos por “Djack” (uma corruptela do crioulo de S. Vicente), proprietário do Praia de Bote. Este e o Arrozcatum eram/são dois blogues irmãos, afinados pelo mesmo sentimento e pelo mesmo objectivo: recordar Cabo Verde, em particular a ilha de S. Vicente, trazer a público factos e acontecimentos relevantes da sua história, divulgar e valorizar o seu património material e imaterial, associar-se à defesa das boas causas cabo-verdianas, etc.
ResponderEliminarDevo confessar que foi através do Praia de Bote, a que aderi desde o princípio, é que eu e outros colaboradores mais militantes conhecemos o Arrozcatum. Eram/são efectivamente dois blogues irmãos, nunca foram concorrentes, mas complementavam-se em muito da sua actividade. No entanto, enquanto o Praia de Bote se cinge mais à geografia humana e à história de S. Vicente e do que é irradiado para lá das suas fronteiras, o Arrozcatum não se coibia, também, de ser veículo de artigos de opinião sobre a realidade cabo-verdiana e não só. O Praia de Bote o faz também de onde em onde, mas circunscrevendo-se a questões mais especificamente mindelenses.
Oxalá o Arrozcatum não se extinga com o desaparecimento do seu criador. Oxalá alguém da família pegue no facho, sem ser necessário que o faça com a mesma passada olímpica do antecessor. Tal não é fácil porque, se for pessoa ainda no activo, não terá a mesma disponibilidade. Mas seria gratificante continuar a contar com o blogue irmão.
Isto tudo vem a talhe de foice para enaltecer o Joaquim Saial, o nosso “Djack”, pelo seu protagonismo como bloguista e, mais importante ainda, pelo seu enorme coração cabo-verdiano. É pela sua notável acção que Cabo Verde passou a estar mais próximo daqueles que vivem há muitos anos afastados do torrão natal. O “Djack” é um pivot humano de rara estirpe.
O Pd'B continua, o Ac'A é muito provável que também continuará, depois de finda a tempestade que levou o Zito. Façamos força para que isso aconteça.
EliminarBraça aos amigos que tanto fazem o Pd'B como fizeram o Ac'A.
Djack
Não vai haver desafio, ou repetição, já que o Adriano conseguiu (como sempre) dizer o que sentimos e porque sentimos essa admiração pelo menino de Ponta de Praia que um dia escolheu, elegeu, um dos lugares mais tipicos do Mindelo para observar e dizer ao mundo quem somos e porque assim somos.
ResponderEliminarDjack, talvez por não ter ali nascido e ter vivido ants em lugar diferente, pode, na idade em que a criança tem muito poder de captar, comparar gentes e terras diferentes, mas da mesma cultura e sensibilidade, todavia de aplicação diferente. Démos-lhe a morabeza e ele deixou-nos a saudade. Reencontramos e não nos vamos largar.
Bem haja, Djack !!!
Um braça para Tours, nesta semana dedicada ao Zito.
EliminarDjack
Braça a todos enviado destas terras nabantinas.
EliminarSubscrevo inteiramente o que disse o Adriano. De facto, há que tirar o chapéu ao Joaquim Saial. Junto-me aqui a esta justa homenagem ao Zito e o Joaquim. Dois blogues irmãos, sim, e ambos filhos de Cabo Verde. Curiosamente nenhum dos seus mentores nasceu nas ilhas, o que diz tudo sobre o amor e o comprometimento de cada um deles a essa terra e que devia servir de exemplo a muitos "nascidos e criados" por lá. Um salva de palma pa ês!
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