sábado, 1 de abril de 2017

[2927] O Massacre de Batepá, em São Tomé e Príncipe

O nosso colaborador Artur Mendes enviou-nos estas duas imagens sobre o massacre de Batepá (e o que quase aconteceu neste navio) que aqui publicamos, com algumas adendas da Internet. Quem mais souber sobre o assunto, que o diga...



Bernardino Lopes Monteiro e o s filhos

10 comentários:

  1. Acabei de ler e estou simplesmente estarrecido. Já tinha ouvido falar deste triste e ignóbil episódio, mas só agora fiquei com um conhecimento mais completo e mais alargado. Sempre ouvi falar desse FDP do coronel Gorgulho, uma vergonha para a nobre Instituição Militar.
    Do imediato cabo-verdiano Bernadino Lopes Monteiro e da sua corajosa e humanitária acção é a primeira vez que ouço falar. Isto não deve ter sido muito divulgado porque era assunto incómodo demais para o Regime, e por isso silenciado. Honra à memória do Bernadino Lopes Monteiro!

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    1. Lixo, há-o em todas as profissões. Este sujeito não só não foi representativo da instituição militar como também não o foi de Portugal. Há limites, até para a patifaria... Eu não percebi (não encontrei/li o texto certo) é porque é que o comandante queria deitar os prisioneiros ao mar. Se os queriam matar, porque não o fizeram em terra? O Mendes sabe, de certeza.

      Braça são-tomense,
      Djack

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    2. Deitar ao mar era mais prático e económico. E não deixava rastos.
      Eu que andei na guerra e me sinto orgulhoso de nunca ter matado ninguém (pessoalmente), e que me tivesse apercebido disso, sinto-me orgulhoso desse feito. E um alívio enorme. E no entanto perdi homens.

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  2. Com tal patronimico (Gorgulho) não se podia esperar grande coisa.
    Não me lembro de ter ouvido as façanhas deste predador que devia
    ser castigado so pela ideia que teve. Canalha !!!

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    1. É verdade! Pensei exactamente o mesmo que o nosso vice-cônsul. Com um apelido daqueles, era difícil o sujeito ser pessoa de bem. Quando teve consciência de que "gorgulho" era bicho tramado, decidiu manter a fama e o proveito como pessoa.

      Braça com péssima memória,
      Djack

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  3. Esta execrável história está pormenorizadamente contada no Blogue de S. Tomé: - ODISSEIANOSMARES,cuja transcrição de autoria de do jornalista Trabuco Marques, foi devidamente autorizada por escrito pelo bloguer.
    ....
    Será que o Museu dos Mares de S. Vicente faz alguma referência ao "Contramestre" e há restante tripulação caboverdiana? É por isso que insisto: O Museu tem obrigação de contar a história dos Navios e Marinheiros... muitos deles -- a grande maioria -- desconhecida da juventude!Felizmente que temos o Praia de Bote*--- para não os deixar no esquecimento... Podem contar comigo.

    * Oxalá o "arrozcatum" lhe siga as águas...

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  4. Bernardino Lopes Monteiro é um herói. Mais uma história revelada pelo Djack que nos tira do obscurantismno sobre a História de CV e de muitos homens heróis caboverdianos

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    1. Aqui foi mais o Artur Mendes, embora eu também tenha dado uma ajuda com outros materiais. Na verdade, Cabo Verde, tal como outras nações, também tem os seus heróis - que devem ser SEMPRE lembrados. Este é um deles.

      Braça heróico,
      Djack

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    2. Temos muita dificuldade em enaltecer a nossa gente. Especialmente aqueles que de forma solidária se bateram contra a opressão, violência e desmandos. O nosso Capitão Ambrósio só é deveras conhecido porque poeta maior o imortalizou em versos épicos. Não fosse assim…
      manuel amante

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  5. Mais um acontecimento ligado ao mar e a CV que desconhecia. Obrigado PdB. Se fosse o contrário, ou seja se um cverdiano tivesse feito ou ajudado o massacre em vez de evitá-lo, seriamos mais uma vez crucificados. Tenho ouvido não poucas historias de administradores e funcionários nossos que no aparelho colonial amorteceram os horrores do regime e assim ajudaram ou salvaram muita gente. Infelizmente desses pouco se fala. CV de hoje já pode pesquisar, tratar e publicar pormenores do nosso passado recente sobretudo. As Universidades tb servem para isso.

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