segunda-feira, 24 de julho de 2017

[3086] Contra o turismo canalha, o turismo purificado...

Ainda não refeito das notícias sobre turismo canalha em Cabo Verde (ver AQUI), Praia de Bote lança saborosa imagem de pureza (não de miserabilismo). Tal como está a acontecer em Lisboa, no Sal e em Bubista confunde-se progresso com turismo tóxico. E, tal como Lisboa, as ilhas verdianas e sobretudo o seu povo dispensam-no... A imagem é de Neves e Sousa artista do qual já vimos imagens no Pd'B há tempos. Chama-se "Tamareiras", situa-as na Boavista e é de 1969, em edição do Centro de Informação e Turismo de Cabo Verde, Praia. Respirem este ar, respirem...


2 comentários:

  1. O turismo em Cabo Verde é aquilo que se conhece, o de resorts, o de massas, o que consiste em universos de luxo encastrados nas nossas paisagens de sol e areia, circundados de miséria material e moral. É esse turismo que os dois estrangeiros puseram a nu no texto do post anterior e que o Almada Dias, professor universitário, critica constantemente por não o considerar o mais conveniente para o nosso país. Contribui naturalmente para o PIB nacional mas não tem um efeito transversal na sociedade e é reduzido o seu benefício sobre as economias locais, e assim frustra qualquer possibilidade de ser um factor interno de dinamização social e económica. Por isso é que o Almada Dias tem demonstrado com todas as letras que esse turismo de massas não foi a melhor opção para nós, que melhor teria sido o modelo por que enveredaram regiões como as Maurícias, Maldivas e Seychelles, aquilo que ele designa como turismo de “alto valor acrescentado”, que não é de massas mas deixa grandes dividendos por consistir numa oferta selectiva, por preservar o ambiente e por oferecer a genuinidade da região, cultura, gastronomia, diversão. Oferece menores efectivos de turistas mas mais turistas com possibilidade de deixar dinheiro no destino.

    Estamos todos de acordo em que com a pressa de privatizar a economia a partir de 1990, não se fizeram as opções mais convenientes e terá havido constrangimento em negociar as nossas melhores condições. As nossas ilhas tinham de valorizar o mais possível o único recurso natural que tinham à mão.

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  2. Que tenhamos turistas de todos os lados. Mas que os responsàveis revejam os acordos porque como começaram vai tudo cada vez pior.
    Mais indigno é nao se preocuparem dos servidores autoctones que pouco ou nada beneficiam e nem sequer têm uma habitação condigna.
    Deviam tomar exemplo no que fizeram os ingleses quando chegaram no Mindelo. A Wilson & Sons construiu o bairro Dji-de-Sal e a Miller's & Cory o de Lombo Macleod junto à Rua Senador Vera Cruz.

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