terça-feira, 10 de outubro de 2017

[3201] A cábrea do Porto Grande, essa velha senhora que ainda presta serviço na baía

Diz o Zeca Soares, em comentário ao post 3198: "Aproveitando agora esta deixa de cais acostável, lembrei-me de um elemento que foi fundamental na construção daqueles dois cais (Porto Grande e Porto Novo). Estou a falar da cábrea General João de Almeida. Seria bom que o Djack acrescentasse mais sobre este senhor pois ela ainda hoje, e apesar da idade avançada, continua a prestar o seu serviço na Baía do Porto Grande."

Para satisfazer o nosso amigo, fomos ao infindável baú do Pd'B (todos os dias ampliado com ofertas e aquisições) e demos com uma imagem da grande máquina, decisiva para a construção do cais acostável do Porto Grande (infelizmente má; ainda assim, mostra-a, no canto inferior esquerdo). 


















Mas temos mais: este programa que existe no nosso arquivo conta quase toda a história não só do cais de Santo Antão como do de São Vicente. A verdade (ali se informa) é que a cábrea flutuante tinha e tem uma capacidade de elevação de 60 toneladas. E querem saber quanto custou? 1800 contos, uma fortuna colossal para a época. Muitas mais coisas poderia contar, mas há mais que fazer e o tempo não chega para tudo. De modo que ficamo-nos com esta: no cais acostável do Porto Grande trabalharam diariamente 400 operários, todos portugueses, sendo que 90% deles eram cabo-verdianos...

Quanto ao nome de baptismo da cábrea, é o de um general do Exército que foi ministro das Colónias  e governador de Cabo Verde, durante o ano de 1927. Pode ver-se AQUI a sua biografia.

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