Aqui está a prova, datada de Fevereiro de 1954. Mais um exemplar do fascinante universo dos sobrescritos timbrados que nos ajudam a perceber quem era quem, quando a memória da vida das cidades tende a desvanecer-se. Praia de Bote vai arquivando, arquivando, aquivando e neste momento já possui umas boas dezenas de exemplares que de algum modo organizam essa memória, não só relativamente ao Mindelo e a São Vicente como a outras ilhas cabo-verdianas. Infelizmente, apenas em imagens digitais mas estamos certos de que não há outro arquivo assim relativo a Cabo Verde. Muitos desses exemplares têm aqui sido vistos; outros, a seu tempo surgirão no blogue. Repare-se que Karantonis não abdicou da sua origem e se intitulava "comerciante grego de bordo". Um belo documento, em memória deste estrangeiro que foi adoptado pelo Mindelo e já agora uma lembrança da sua irmã Katy que bem conheci e que privou com a minha família, não esquecendo os manos Gonçalves, etc., etc., etc. Finalmente, o "R" entre o nome e o apelido é elemento misterioso do conjunto, mas Praia de Bote também não pode saber tudo, não é verdade?
Mas quem pode duvidar do acervo do Praia de Bote que possui um arquivo implacàvel? Pode é haver manifestações de ciùme de "el' tem mi m' ca tem", fenômeno corrente quando se é subdesenvolvido ou manhento complsivo.
ResponderEliminarCurioso de não ter ideia da profissão do ùnico grego no Mindelo nessa altura. O que sucede é que esse meio-cabo-verdiano, casado com Aléxia, sanicolaense, fazia parte da paisagem sem fazer ondas. Era um dos nossos, era respeitado porque respeitava.
Grato por mais esta informação, devidamente documentada, prestada pelo PdB. Claro que ele só podia ser shipchandler mas faltava a prova material.
ResponderEliminarO "R" é de Raphael. Sou neto do Jorge Grego. O meu nome é Petros Karantonis. Cumprimentos.
ResponderEliminarObrigado pela informação. Apareça sempre.
EliminarGrande abraço deste amigo da Katy e do Naldinho (e dos filhos, seus primos, que não vejo há 60 anos).
Joaquim Saial