1.ª edição - Ed. Ulisseia, Colecção Poesia e Ensaio, Lisboa, 1967
2.ª edição - Plátano Editora, Colecção Temas Portugueses, Lisboa, 1973
(...) Tenho por mim que, de forma expressa ou de maneira latente, se tem geralmente posto o "problema" de Cabo Verde (quando nele se pensa) em termos erradamente dilemáticos: há que optar, para a "definição" do "problema", por um de dois termos irredutíveis: Europa ou África.
Sim, porque nos dizem a nós, das ilhas:
- Se vocês "não são África", o que é que são? Europa?
Ou, inversamente, mas creio que muito mais raramente:
- "Se "não são Europa", o que são? África?
Claro que a mesa assim posta não deixa liberdade nenhuma ao conviva, que possivelmente se retrairá de enunciar a única verdade etnológica:
- Nem uma coisa, nem outra: somos cabo-verdianos. (...)
Ah-ah-ah. Essas palavras de nhô Baltas fizeram escola e amiúde são citadas ou lembradas. O mais importante é resolver os problemas básicos do povo das ilhas.
ResponderEliminarSim, sim, mas é sempre bom lembrar estas sábias palavras...
EliminarBraça báltica,
Djack