quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

[4041] Desfiguração da casa do Senador Vera-Cruz. Mais uma machadada do património do Mindelo, como sempre, sob a capa do progresso


Foi residência de uma das maiores figuras de Cabo Verde (e do Mindelo), foi sede (oferecida por ele) do primeiro liceu do arquipélago (abstraindo o Seminário-Liceu de São Nicolau que pertencia à igreja). Agora, é a desfiguração, em nome do progresso que para alguns tem sempre de ser erguido sob as cinzas do passado. Ou seja, parece que nesta terra (leia-se Mindelo...), para haver progresso, tem sempre de se destruir algo. Ó grande Augusto Vera-Cruz, deves estar a saltar no túmulo!...

8 comentários:

  1. Djack ainda não estou por dentro do projecto, mas discordo em deitar abaixo o muro/vedação de entrada do Edifício que faz parte de um todo. Nã estou por dentro das outras modernices. Aquele edifío que me parece do estilo Arte Nova é um conjunto, não se pode pretender deixar a fachada intacta introduzir modernices e mandar abaixo a vedação Segundo eles assim o povo tem acesso livreao novo centro. Santa demagogia naquela terra, parece que ainda não passou a febre do 25 de Abril. A vedação estava ali para limitar o acesso!
    Assim a nossas referência vão-se esfumando. Só falta uma requalificação da Praça Nova.
    O que me intriga é na Praia o pouco ou nada que há é requalificado no respeito da traça original

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    1. Caro José, é obviamente ridículo dizer que aquele muro limitava o acesso da população ao local. É tão ridículo que até faz impressão. Toda a gente tinha acesso àquele espaço, desde que estivesse aberto. E estava. É mesmo tentar fazer dos outros parvos, dizer uma enormidade dessas. Mais dia, menos dia, só restará o Monte Cara na identidade do Mindelo. O resto, será obra de arrivistas e patos-bravos.

      Braça com mais um sino a dobrar pelo Mindelo,
      Djack

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  2. Amigos, o novo edifício é na parte ANTERIOR depois do quintal, inclusive, entre o edifício antigo (que vai ser RESTAURADO) e o novo, vai nascer um NOVO ESPAÇO PÚBLICO. O projeto é belo e será muito importante para a nossa cidade.

    Vejam o vídeo com apresentação digital aqui:

    https://www.facebook.com/cultura.caboverde/videos/1373067586169608/UzpfSTQxNTUzMTI5NTMxMDYzOTo5Nzc2OTc3ODkwOTM5ODQ/

    Abraço fraterno

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  3. Complementando o comentário anterior: Mais uma vez, estamos a falar de dois edifícios, no complexo. Um, o antigo, vai ser restaurado. A sua exposição permanente vai estar num espaço nobre ao qual vai ser dado o nome de Manuel Figueira. O novo edifício irá para o mesmo local onde estava o mais moderno que não tinha qualquer característica arquitectónica especial que mereça realce. Nada mesmo. As duas galerias desse novo edifício também terão batismos próprios, homenageando Luisa Queirós e Bela Duarte. Os muros entre os dois edifícios desaparecem, criando o aparecimento de uma nova e agradável praça. Nenhuma árvore será cortada. O poço de água que existe ali será mantido. A altura do novo edifício varia e acompanha a altura dos edifícios contíguos. Do lado esquerdo será mais baixo e terá um pátio com vista para a Praça Nova e do lado direito mais alto cobrindo, repito, uma fachada lateral muito feita de um prédio construído ali ao lado. È uma obra emblemática, belíssima e que trás outras surpresas relacionadas com a cultura e os artistas do Mindelo que não se podem revelar agora. Não sou apenas totalmente a favor da obra. Sou adepto e defensor da mesma!

    Abraço fraterno

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  4. Caro João,
    O meu obrigado pelo reaparecimento, pelas informações e pelo filme. No que me diz respeito, só lamento esse derrube despropositado e sobretudo desnecessário do muro e gradaria que faziam parte do visual do sítio e eram uma das referências do círculo habitacional da Praça Nova. E nem sequer era uma adenda recente (aí, sim, estaria de acordo com o bota-abaixo), pois ou sempre existiu ou pelo menos já lá estava em 1925, como se pode ver aqui: https://mindelosempre.blogspot.com/2014/07/0956-ainda-o-senador-vera-cruz.html
    Ou seja, não é por ser um simples muro e uma modesta gradaria que é menos importante, em termos de memória. Imaginemos, por exemplo o lisboeta Jardim da Estrela (bem conhecido dos cabo-verdianos que vieram para Lisboa nos anos 60 e 70) sem a sua gradaria… Enfim, agora o que ali temos é (ou vai ser) outra coisa.

    Grande abraço,
    JS

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  5. Bom eu com coisas em CV sou como STomé vou esperar para ver a obra completa se respeitaram a História que encerra este edifício. Portanto para já não bato palmas até ver. Se houver respeito pelo edifíco continuo a questionar a demagogia discursiva metendo palavra povo em todos os molhos. Eu também sou povo não tenho acesso a tuudo a toda a hora e quando quero. O Muro de vedação faz todo sentido para além de fazer parte da obra como um todo.

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  6. Bem, fico mais esperançado depois de ouvir os esclarecimentos do João Branco.
    Vamos ver, vamos ver...

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  7. Também aguardo o que diz o nosso amigo João Branco. So depois acredito.

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