segunda-feira, 25 de novembro de 2019

[4375] "A Centelha", de António Aurélio Gonçalves (1938), comemorando criação oficial (ontem) do Dia Mundial da Língua Portuguesa (UNESCO)


Chegou-me hoje, vindo de alfarrabista de Setúbal, um livro (chamemos-lhe caderninho) de 24 páginas, da autoria e edição particular de Nhô Roque Gonçalves. Já tínha lido o seu interessante ensaio sobre Eça "Aspectos da ironia de Eça de Queirós", de 1937 (que me foi emprestado recentemente pelo amigo e condiscípulo do Liceu Gil Eanes António Roberto "Rubirtim" Duarte de Almeida - Ver AQUI). Ora este "A Centelha", do ano seguinte, é portador de 13 curtos (mas deliciosos) textos. Tanto um livro como o outro foram escritos durante a sua longa passagem por Lisboa, entre 1917 e 1939, ano em que regressou a Cabo Verde em definitivo, para ser docente exemplar do Liceu Gil Eanes. Trata-se de uma pequena maravilha que li em cerca de meia hora. Como costumo dizer, "um luxo!".

Refira-se, por fim, que uma das minhas mágoas é não me recordar absolutamente nada de tal personagem, eu que tenho ainda uma óptima memória e me lembro como se fosse hoje de Nhô Balta, por exemplo. Mas AAG, que se reformou em 1966, no ano em saí do Mindelo (e pelo qual terei passado dezenas de vezes), é-me totalmente alheio e só se me tornou "cunchide"  através dos livros de sua autoria que tenho vindo a adquirir ao longo dos anos. É este o sexto... Vejamos, então:

Quanto ao Dia Mundial da Língua Portuguesa, ver AQUI.

01 - Observações sobre exposição alusiva a Ramalho Ortigão no Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa.

02 - Texto sobre as chamadas "Noites de evocação" realizadas no Café Martinho que se situava no Largo de Camões (hoje de D. João da Câmara, junto ao Teatro Nacional de D. Maria II), propriedade do Martinho da Neve, que também detinha o Café Martinho da Arcada, no Terreiro do Paço.

03 - Aqui, trata da recente aquisição feita pelo jornal "O Primeiro de Janeiro"  da casa de Vila Nova de Gaia onde Soares dos Reis teve atelier, destinada a museu evocativo do autor de "O Desterrado".

04 - Fala do poeta indiano Rabindranath Tagore.

05 - Lord Byron e Sintra, focando elogios e maus desabafos do poeta inglês sobre Portugal.

06 - Coimbra, de ontem e de hoje.

07 - Poesia e vinho, segundo AAG em défice em Portugal...

08 - Jesse Owens e Ben Johnson, dois campeões da negritude e do atletismo.

09 - Os livros de Andersen e de Júlio Verne como livros de Natal (ou para oferecer pelo Natal).

10 - Relato alusivo a recente venda de arquivos onde poderiam estar novos dados sobre o relacionamento e morte do arquiduque Rodolfo e Maria Vetsera.

11 - Reflexões sobre o calendário.

12 - O sorteio de Natal da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

13 - Texto ficcional sobre a morte, escrito a partir de um acontecimento verdadeiro passado durante o carnaval de uma vila algarvia.





3 comentários:

  1. Djack, realmente admira que não tenhas conhecido nhô Roque se ele era ainda professor quando frequentaste o Gil Eanes. Embora discreto por natureza, ele não passava despercebido.

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  2. É verdade. Nunca foi meu professor, não andava no meu circuito, eu tinha apenas 10/12 anos e não me apercebi de que andava por ali aquela sumidade.

    Braça sem remédio,
    Djack

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  3. Dia da Língua Portuguesa um marco histórico .
    E agora, os que andavam a guerrilhar esta língua a pôr o crioulo em oposição à língua oficial, como ficam?

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