(...) De 18 de Julho de 1919 a 11 de Maio de 1921, servirá a República como governador da Província de Cabo Verde, onde se destaca no combate inglório contra a fome no arquipélago que, segundo descreve, levava o Governo a ter de sustentar mais de 25 mil pessoas. No cargo revela-se como um defensor das populações, procurando conter práticas e abusos das oligarquias locais. Mas a imagem que nos transmite da situação e vida na Província é desoladora, narrando durante uma viagem à metrópole em 1921, que «aquilo é a coisa mais pavorosa que se pode imaginar…», confidenciando inclusive que apenas lá regressaria «por honra da firma, porque a vontade não é nenhuma». (...)
in RODRIGUES, Diogo Campos, Maia Magalhães: um militar "democrático" na Grande Guerra e da resistência ao Sidonismo, Ler História, n.º 65, 2013.
A vida na Província era desoladora, mas continua em muitos aspectos socioeconómicos. Agora a fome é dos espíritos!!
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