[4825] Em 1959, era assim, com o café de Cabo Verde
A notícia foi veiculada através da agência noticiosa France-Presse para o "Correio da Manhã" do Rio de Janeiro, no qual saiu a 19 de Julho de 1959. E diz tudo... No Alentejo, era a mesma coisa, com o trigo ou o azeite, por exemplo.
O café na história de Cabo Verde ..." Toda a quantidade colhida é , por assim dizer, destinada à Metrópole, onde serve de coberturas bancárias. è o comerciante que o compra durante as colheitas, e, depois o exporta. É por conseguinte um elemento indispensável à economia caboverdeana ; supre as dificuldades cambiais...." Favorecer a cultura do café; facilitar o seu escoamento para os portos e seu embarque; estudar meticulosamente as suas doenças e os respectivos tratamentos, - são funções necessárias. ..." A maior ou menor produção de café tem repercussão na vida económica da Colónia. ... Depois da I Guerra Mundial, ouve um decréscimo na exportação. É que a cultura tem sido vitima de uma doença chamada "fumaginas" que tem devorado os cafezais e arruinado a propriedade, alargando a sua acção destruidora às arvores de frutos" ..." As ilhas de S.Tiago e de Santo Antão têm sido os focos de contágio. A ilha do Fogo, centro produtor importante de café, não foi ainda contaminada..."
Concordo com o que foi transcrito no comentário de Artur Manuel Mendes. Sou foguense, mais concretamente dos Mosteiros, zona por excelência produtora de café. A minha família paterna, quase toda, cultivava e vivia à volta do café então produzido, e posteriormente exportado. Uma boa parte era vendida na então Metrópole e a parte que não era enviada, comercializava-se na Praia, e Mindelo que hoje absorvem a quase totalidade da produção do café para as suas fábricas de moagem e de torrefacção. Lembro-me miúda ainda, das cantigas típicas da época da apanha do fruto dos cafezeiros ou dos cafeeiros, entoadas por mulheres, era elas as "apanhadeiras" do café, nos altos e fragosos terrenos do precioso fruto. Algumas das cantigas eram bem satíricas e dirigidas aos proprietários e aos feitores que as vigiavam durante a apanha. Um cancioneiro que se perdeu ao longo do tempo...hoje já nada disso existe. Outros tempos, outra organização e forma diferente de colher o café.
O café na história de Cabo Verde
ResponderEliminar..." Toda a quantidade colhida é , por assim dizer, destinada à Metrópole, onde serve de coberturas bancárias. è o comerciante que o compra durante as colheitas, e, depois o exporta. É por conseguinte um elemento indispensável à economia caboverdeana ; supre as dificuldades cambiais...." Favorecer a cultura do café; facilitar o seu escoamento para os portos e seu embarque; estudar meticulosamente as suas doenças e os respectivos tratamentos, - são funções necessárias.
..." A maior ou menor produção de café tem repercussão na vida económica da Colónia.
... Depois da I Guerra Mundial, ouve um decréscimo na exportação. É que a cultura tem sido vitima de uma doença chamada "fumaginas" que tem devorado os cafezais e arruinado a propriedade, alargando a sua acção destruidora às arvores de frutos" ..."
As ilhas de S.Tiago e de Santo Antão têm sido os focos de contágio. A ilha do Fogo, centro produtor importante de café, não foi ainda contaminada..."
In - Boletim da Agencia Geral das Colónias" 1929
Concordo com o que foi transcrito no comentário de Artur Manuel Mendes.
ResponderEliminarSou foguense, mais concretamente dos Mosteiros, zona por excelência produtora de café. A minha família paterna, quase toda, cultivava e vivia à volta do café então produzido, e posteriormente exportado. Uma boa parte era vendida na então Metrópole e a parte que não era enviada, comercializava-se na Praia, e Mindelo que hoje absorvem a quase totalidade da produção do café para as suas fábricas de moagem e de torrefacção.
Lembro-me miúda ainda, das cantigas típicas da época da apanha do fruto dos cafezeiros ou dos cafeeiros, entoadas por mulheres, era elas as "apanhadeiras" do café, nos altos e fragosos terrenos do precioso fruto. Algumas das cantigas eram bem satíricas e dirigidas aos proprietários e aos feitores que as vigiavam durante a apanha. Um cancioneiro que se perdeu ao longo do tempo...hoje já nada disso existe. Outros tempos, outra organização e forma diferente de colher o café.