Muito sinceramente: Não sei como comentar este poste : "Despacho de 16 de Agosto de 1960
Foi a Pozolana que deu a dimensão da miséria ( repito: Miséria) da mulher do povo de Soncente...Em 1956/7 a Pozolana já era usada no fabrico dos blocos para o Cias Acostável ( Porto Grande) Eu.. (rapaz de mil aventuras) trabalhava como encarregado do armazém de Cimento & Pozolana... Este minério vinha de Santo Antão em grandes batelões... que atracavam a um cais acostável, feito para o efeito de descargas...Como era descarregada a Pozolana? Descrever é difícil, porque não sei escrever ... " Um "tesoureiro" da obra, sentava-se à porta do armazém, com um monte de moedas de 20centavos... As Mulhres, descalças, algumas gravidas, outras com filhote amarrado às costas... Coriam para o batelão onde dois homens lhes punha á cabeça um saco... elas corriam para o armazém.."mascaradas" de ´pó... e o tesoureiro... risonho de gozo dava-lhes uma moedinha ... Juro-vos que é uma das piores lembranças que guardo na memória. Soubesse eu escrever! Esse 1960 .. é mentira!
Sacos azuis, milhares, amontoados no cais acostável à espera de embarque, alguns rotos, deixavam sair o pó branquissimo da pozolana. Sempre lá ao fundo, no final do molhe, na zona do farol. De tal modo eram altas as pilhas de sacos que cheguei a subir por eles até à plataforma/passeio do topo do paredão do cais.
Muito sinceramente:
ResponderEliminarNão sei como comentar este poste : "Despacho de 16 de Agosto de 1960
Foi a Pozolana que deu a dimensão da miséria ( repito: Miséria) da mulher do povo de Soncente...Em 1956/7 a Pozolana já era usada no fabrico dos blocos para o Cias Acostável ( Porto Grande) Eu.. (rapaz de mil aventuras) trabalhava como encarregado do armazém de Cimento & Pozolana...
Este minério vinha de Santo Antão em grandes batelões... que atracavam a um cais acostável, feito para o efeito de descargas...Como era descarregada a Pozolana?
Descrever é difícil, porque não sei escrever ... " Um "tesoureiro" da obra, sentava-se à porta do armazém, com um monte de moedas de 20centavos... As Mulhres, descalças, algumas gravidas, outras com filhote amarrado às costas... Coriam para o batelão onde dois homens lhes punha á cabeça um saco... elas corriam para o armazém.."mascaradas" de ´pó... e o tesoureiro... risonho de gozo dava-lhes uma moedinha ...
Juro-vos que é uma das piores lembranças que guardo na memória.
Soubesse eu escrever!
Esse 1960 .. é mentira!
Sacos azuis, milhares, amontoados no cais acostável à espera de embarque, alguns rotos, deixavam sair o pó branquissimo da pozolana. Sempre lá ao fundo, no final do molhe, na zona do farol. De tal modo eram altas as pilhas de sacos que cheguei a subir por eles até à plataforma/passeio do topo do paredão do cais.
ResponderEliminarBraça pozolânica,
Djack