quinta-feira, 12 de agosto de 2021

[5159] História contada por Arsénio de Pina, sobre nhô Roque Gonçalves (António Aurélio Gonçalves, docente e escritor - em ambos os casos, de grande prestígio)

António Aurélio Gonçalves
Conta-se que, estando o Dr. Daniel cavaqueando amena e entretidamente com o Mestre Roque Gonçalves no passeio da Rua de Lisboa, à frente da antigo bar do Sérgio Frusoni, o Mestre Roque Gonçalves recostado tranquilamente na sua bengala, um desses miúdos voluntare de Soncente (mais tarde chamados piratas), vindo do mercado municipal, aplica um pontapé à bengala de apoio do Mestre Roque Gonçalves, seguindo, a toda a brida, no sentido do Dr. Daniel. Roque Gonçalves, na sua agilidade tradicional, enquanto se livrava de uma aparatosa queda, foi gritando ao Dr. Daniel: “Oh Nhélass! stica´m quês canela e bô panha´m quel fi de cadelaaa!” isso dito na sua conhecida voz mansa, pousada, pronunciando todas as sílabas. Claro que quando acabou de fazer o pedido, o miúdo tinha ultrapassado o Dr. Daniel e já se encontrava no passeio do Palácio.

Não posso garantir que esta estória seja verídica ou se foi invenção da malta do liceu desse tempo.

1 comentário:

  1. Ah-ah-ah... Isto é mesmo daquelas "invenções" da rapaziada de Soncent. Dá para rir mas não tem credibilidade. Nhô Roque era uma figura tão conhecida e respeitada na cidade, quase venerada, que mesmo um menino de rua malcriado e sem regras jamais se atreveria a semelhante atitude.

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