O que interessa é que hoje Cabo Verde é um país politicamente bem visto internacionalmente e todos podem tentar a sua sorte em eleições. Quanto ao resto, o povo é que decide o que será melhor para si.
Só agora consegui ver este documentário, que é um excelente contributo para a construção da história do país. História que jamais pode obedecer a qualquer formatação ideológica, o que corria o risco de acontecer se acaso o partido único não tivesse sido apeado do poder em 1990. Assim, pode dizer-se que o 25 de Abril, que eu saudei efusivamente, só aconteceu em Cabo Verde a partir do momento em que foi derrotado nas urnas o partido totalitário que governou o país entre 1975 e 1990. Mas é de bom tom reconhecer que o PAICV aceitou ordeira e pacificamente a derrota, o que abona a favor dos seus dirigentes de então. O que não é minimamente compreensível é a violenta repressão que exerceu sobre o povo durante a vigência do seu poder. Ao melhor estilo estalinista e ultrapassando a PIDE do Estado Novo nos processos e na intensidade da sua prática persecutória e repressora. Nunca imaginei que cabo-verdianos pudessem alguma vez tratar os seus semelhantes da forma como é narrada no documentário.
Tempos maus, na realidade, que prejudicaram muita gente que apenas amava Cabo Verde, como o nosso nunca esquecido amigo Zito Oliveira. Mas já são história e Cabo Verde passou a ser exemplo democrático para a quase totalidade dos países africanos e não só.
Quanto ao documentário, está de facto bem feito. Djack
Curiosidade! "Nada de aventuras" foi a palavra de ordem do PAICV na campanha para as legislativas de 1991. Afinal, o povo aventurou mesmo.
ResponderEliminarO que interessa é que hoje Cabo Verde é um país politicamente bem visto internacionalmente e todos podem tentar a sua sorte em eleições. Quanto ao resto, o povo é que decide o que será melhor para si.
EliminarBraça com boletim de voto na mão,
Djack
A seu tempo vou ver.
ResponderEliminarSó agora consegui ver este documentário, que é um excelente contributo para a construção da história do país. História que jamais pode obedecer a qualquer formatação ideológica, o que corria o risco de acontecer se acaso o partido único não tivesse sido apeado do poder em 1990.
ResponderEliminarAssim, pode dizer-se que o 25 de Abril, que eu saudei efusivamente, só aconteceu em Cabo Verde a partir do momento em que foi derrotado nas urnas o partido totalitário que governou o país entre 1975 e 1990.
Mas é de bom tom reconhecer que o PAICV aceitou ordeira e pacificamente a derrota, o que abona a favor dos seus dirigentes de então. O que não é minimamente compreensível é a violenta repressão que exerceu sobre o povo durante a vigência do seu poder. Ao melhor estilo estalinista e ultrapassando a PIDE do Estado Novo nos processos e na intensidade da sua prática persecutória e repressora. Nunca imaginei que cabo-verdianos pudessem alguma vez tratar os seus semelhantes da forma como é narrada no documentário.
Tempos maus, na realidade, que prejudicaram muita gente que apenas amava Cabo Verde, como o nosso nunca esquecido amigo Zito Oliveira. Mas já são história e Cabo Verde passou a ser exemplo democrático para a quase totalidade dos países africanos e não só.
EliminarQuanto ao documentário, está de facto bem feito.
Djack