Quero crer que foi um baile mais para as classes privilegiadas, não propriamente um baile popular. Bailes populares ainda os vi no Eden Park por alturas do Carnaval. Nunca participei neles senão como espectador ocasional. Ai, saudades do Eden Park!
Apesar do que se pode pensar, havia classes demarcadas em Cabo Verde. "Gente bronque" (esta expressão não tem conotação com racismo, significa gente bem situada na vida e que tanto podia ser branca ou escurinha) não se misturava de qualquer maneira com pés-descalços. No entanto, homens bem situados na vida, "gente bronque", escapulia amiúde para os arredores para entrar nos bailinhos em que conviviam com "mnininhas". O romance Capitão de Mar e Terra, de Teixeira de Sousa, tem um episódio que ilustra isso. Também o romance do mesmo autor de nome Sob duas Bandeiras fala na obstrução que o Grémio (das elites sociais) colocou a um empresário de panificação, homem de pouca cultura mas que tinha um bom modo de vida, quando quis entrar para o Grémio. O autor baseou-se num caso real que bem conheci.
Quero crer que foi um baile mais para as classes privilegiadas, não propriamente um baile popular. Bailes populares ainda os vi no Eden Park por alturas do Carnaval. Nunca participei neles senão como espectador ocasional.
ResponderEliminarAi, saudades do Eden Park!
Pela descrição, é óbvio que terás acertado.
EliminarBraça com fox-trot,
Djack
Apesar do que se pode pensar, havia classes demarcadas em Cabo Verde. "Gente bronque" (esta expressão não tem conotação com racismo, significa gente bem situada na vida e que tanto podia ser branca ou escurinha) não se misturava de qualquer maneira com pés-descalços. No entanto, homens bem situados na vida, "gente bronque", escapulia amiúde para os arredores para entrar nos bailinhos em que conviviam com "mnininhas". O romance Capitão de Mar e Terra, de Teixeira de Sousa, tem um episódio que ilustra isso. Também o romance do mesmo autor de nome Sob duas Bandeiras fala na obstrução que o Grémio (das elites sociais) colocou a um empresário de panificação, homem de pouca cultura mas que tinha um bom modo de vida, quando quis entrar para o Grémio. O autor baseou-se num caso real que bem conheci.
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