Foi boa e sóbria a intervenção do PR de Cabo Verde. Chamou a atenção e procurou sensibilizar a comunidade internacional para a necessidade de acudir aos problemas dos países pequenos e insulares, mormente nesta altura em que a sua fragilidade ficou dramaticamente exposta pelos efeitos da pandemia. No entanto, frisou que a vacinação teve bom curso no seu país, fruto de um bom planeamento por parte do Estado e da cooperação da OMS e alguns países. Para evitar a recorrência de crises semelhantes, entendo que Cabo Verde deverá fazer todos os possíveis para libertar a sua economia da excessiva dependência da indústria turística. Falar é fácil, é verdade, mas haverá que apostar em certa tecnologia de irrigação para aumentar e garantir certa estabilidade à produção agrícola, evitando que ela seja eternamente refém do capricho dos ciclos pluviométricos. Outras actividades industriais têm de ser pensadas e incentivadas, e neste capítulo foi agradável tomar conhecimento de iniciativas empresariais na área da piscicultura em S. Vicente, o que pode ser replicado noutras ilhas. Além disso, a área de prestação de serviços, mediando entre a UE e a África, é outro sector em aberto. Tem-se falado, mas que eu saiba está-se ainda a marcar passo. O PR abordou também a necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, o que é uma evidência só ignorada pelas maiores potências, que não desejam perder as suas prerrogativas, como se os resultados de um mundo desequilibrado, confuso e pouco seguro não as perturbassem.
Foi boa e sóbria a intervenção do PR de Cabo Verde. Chamou a atenção e procurou sensibilizar a comunidade internacional para a necessidade de acudir aos problemas dos países pequenos e insulares, mormente nesta altura em que a sua fragilidade ficou dramaticamente exposta pelos efeitos da pandemia.
ResponderEliminarNo entanto, frisou que a vacinação teve bom curso no seu país, fruto de um bom planeamento por parte do Estado e da cooperação da OMS e alguns países.
Para evitar a recorrência de crises semelhantes, entendo que Cabo Verde deverá fazer todos os possíveis para libertar a sua economia da excessiva dependência da indústria turística. Falar é fácil, é verdade, mas haverá que apostar em certa tecnologia de irrigação para aumentar e garantir certa estabilidade à produção agrícola, evitando que ela seja eternamente refém do capricho dos ciclos pluviométricos. Outras actividades industriais têm de ser pensadas e incentivadas, e neste capítulo foi agradável tomar conhecimento de iniciativas empresariais na área da piscicultura em S. Vicente, o que pode ser replicado noutras ilhas. Além disso, a área de prestação de serviços, mediando entre a UE e a África, é outro sector em aberto. Tem-se falado, mas que eu saiba está-se ainda a marcar passo.
O PR abordou também a necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, o que é uma evidência só ignorada pelas maiores potências, que não desejam perder as suas prerrogativas, como se os resultados de um mundo desequilibrado, confuso e
pouco seguro não as perturbassem.