São significativos estes selos. Pena é em cada selo não figurar o ano em que cada uma das aeronaves entrou em funcionamento da antiga província/colónia. O Islander, que figura em primeiro lugar, me é muito familiar porque, ao tempo em que estive em Moçambique, era o que semanalmente aterrava na pista do meu aquartelamento para levar alimentos frescos e correio. Fazia parte do sistema logístico do Exército e os aviões eram pilotados por civis.
Esses pequenos aviões fazem-me lembrar três episódios que nada dizem a outros mas que trago aqui jà que tudo me faz lembrar o pioneiro da aviação em Cabo Verde, um "homme à tout faire" que se chamava Joaquim Ribeiro (da Assomada) que começou "a brincar" com um mono motor e acabou por criar a primeira companhia aérea em Cabo Verde. Infelizmente não deram o seu nome ao aeroporto da Praia, ele um badiu que se orgulhava da sua terra, e que era adulado por todos os cabo-verdeanos. O segundo episódio foi o meu baptismo do ar num Dorner (Dakar-Bissau) ao lado dos pilotos. Foi deslumbrante ver tudo o que se passava "em baixo". O terceiro, o menos agradável, sucedeu por traz do Monte Cara num DC6 (?) militar que fazia a ligação Praia-Mindelo numa altura em que faltava o avião de linha. Carregado de gente e de toda a espécie de bagagem, sem cadeiras, sem cintos nem secções. Para não estatelarmos, a nave tomou altitude e adivinhem como ficamos. Vim a saber, pouco tempo depois, que o Capitão-Piloto (jà coxo), que transportava até animais inter-ilhas, se tinha espatifado com o seu engenho. O Militar foi tão chorado como o Quinqim lembrado até agora pelas suas iniciativas.
Imagens que literalmente transporta-nos para reminiscências saudáveis! O avião do selo n.10 foi o que eu viajei pela primeira vez, aos 9 anos de idade, sozinho entre Sal e São Vicente! Até hoje tenho vívidas memórias desta odisseia em que um adulto confiava o seu filho menor a outro adulto, em nome da honra do nome de família! Os aviões com os selos 50 e 20, na minha infância, eram cognominados de "Djô Canela", talvez por causa do tripé das rodas! Lembro-me perfeitamente do ronco dos seus motores a sobrevoar o Mindelo ou mesmo no aeródromo quando, em comitiva levávamos um patrício a emigrar ou a despedida de um "retornado" emigrante!
São significativos estes selos. Pena é em cada selo não figurar o ano em que cada uma das aeronaves entrou em funcionamento da antiga província/colónia. O Islander, que figura em primeiro lugar, me é muito familiar porque, ao tempo em que estive em Moçambique, era o que semanalmente aterrava na pista do meu aquartelamento para levar alimentos frescos e correio. Fazia parte do sistema logístico do Exército e os aviões eram pilotados por civis.
ResponderEliminarEsses pequenos aviões fazem-me lembrar três episódios que nada dizem a outros mas que trago aqui jà que tudo me faz lembrar o pioneiro da aviação em Cabo Verde, um "homme à tout faire" que se chamava Joaquim Ribeiro (da Assomada) que começou "a brincar" com um mono motor e acabou por criar a primeira companhia aérea em Cabo Verde. Infelizmente não deram o seu nome ao aeroporto da Praia, ele um badiu que se orgulhava da sua terra, e que era adulado por todos os cabo-verdeanos.
ResponderEliminarO segundo episódio foi o meu baptismo do ar num Dorner (Dakar-Bissau) ao lado dos pilotos. Foi deslumbrante ver tudo o que se passava "em baixo".
O terceiro, o menos agradável, sucedeu por traz do Monte Cara num DC6 (?) militar que fazia a ligação Praia-Mindelo numa altura em que faltava o avião de linha. Carregado de gente e de toda a espécie de bagagem, sem cadeiras, sem cintos nem secções. Para não estatelarmos, a nave tomou altitude e adivinhem como ficamos.
Vim a saber, pouco tempo depois, que o Capitão-Piloto (jà coxo), que transportava até animais inter-ilhas, se tinha espatifado com o seu engenho. O Militar foi tão chorado como o Quinqim lembrado até agora pelas suas iniciativas.
Imagens que literalmente transporta-nos para reminiscências saudáveis! O avião do selo n.10 foi o que eu viajei pela primeira vez, aos 9 anos de idade, sozinho entre Sal e São Vicente! Até hoje tenho vívidas memórias desta odisseia em que um adulto confiava o seu filho menor a outro adulto, em nome da honra do nome de família! Os aviões com os selos 50 e 20, na minha infância, eram cognominados de "Djô Canela", talvez por causa do tripé das rodas! Lembro-me perfeitamente do ronco dos seus motores a sobrevoar o Mindelo ou mesmo no aeródromo quando, em comitiva levávamos um patrício a emigrar ou a despedida de um "retornado" emigrante!
ResponderEliminarComentário do assíduo, Mário Augusto Inês.
ResponderEliminarMais um ubrigadim, por estas memórias.
EliminarBraça voadora,
Djack