Entrevistado pelo repórter galego, o então ministro da Cultura Manuel Veiga parece descrer da lenda à volta do menino galego resgatado do mar aquando do naufrágio do navio galego Guadalupe. Afirma que a mãe dele era do Fogo e o pai português de Sintra. Mas quando alude a mãe natural do Fogo, o repórter interpõe a observação "mãe adoptiva…”, ao que Manuel Veiga responde "sim". Aqui o Manuel Veiga ou peca por imprecisão ou se permite uma desatenção, pois a simples circunstância de a mãe ser adoptiva cauciona a tese da adopção do menino resgatado ao mar. Desconhecia esta reportagem da televisão galega (direcção de Luís Menéndez), que é excelente e por si só demonstra que o nome do poeta Eugénio Tavares ultrapassou as fronteiras das nossas ilhas e chegou à Galiza, assim como a outras paragens. Não admira que seja a Galiza, pois há uma forte aproximação em termos linguísticos e culturais entre os galegos e os portugueses. E os cabo-verdianos não só eram portugueses de nacionalidade como são descendentes (também) de portugueses, herdeiros da sua cultura. Flutuando entre a lenda e a realidade, contudo o repórter dá a ideia de valorizar a hipótese da ascendência galega de nhô Eugénio. Mas termina dizendo que não importa que ele seja da Galiza ou de Cabo Verde, pois a sua vida e a sua obra é de todos nós, do mar, da terra, do vento, do Sol… filho do mar. Gostei imenso e felicito o Djack por nos ter oferecido esta reportagem.
Entrevistado pelo repórter galego, o então ministro da Cultura Manuel Veiga parece descrer da lenda à volta do menino galego resgatado do mar aquando do naufrágio do navio galego Guadalupe. Afirma que a mãe dele era do Fogo e o pai português de Sintra. Mas quando alude a mãe natural do Fogo, o repórter interpõe a observação "mãe adoptiva…”, ao que Manuel Veiga responde "sim". Aqui o Manuel Veiga ou peca por imprecisão ou se permite uma desatenção, pois a simples circunstância de a mãe ser adoptiva cauciona a tese da adopção do menino resgatado ao mar.
ResponderEliminarDesconhecia esta reportagem da televisão galega (direcção de Luís Menéndez), que é excelente e por si só demonstra que o nome do poeta Eugénio Tavares ultrapassou as fronteiras das nossas ilhas e chegou à Galiza, assim como a outras paragens. Não admira que seja a Galiza, pois há uma forte aproximação em termos linguísticos e culturais entre os galegos e os portugueses. E os cabo-verdianos não só eram portugueses de nacionalidade como são descendentes (também) de portugueses, herdeiros da sua cultura.
Flutuando entre a lenda e a realidade, contudo o repórter dá a ideia de valorizar a hipótese da ascendência galega de nhô Eugénio. Mas termina dizendo que não importa que ele seja da Galiza ou de Cabo Verde, pois a sua vida e a sua obra é de todos nós, do mar, da terra, do vento, do Sol… filho do mar.
Gostei imenso e felicito o Djack por nos ter oferecido esta reportagem.