sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

[5819] Post 1108 do ano de 2021 - Tudo que é cabo-verdiano é resiliente

O nosso amigo Zeca Soares, repórter n.º 1 do Pd'B na ilha mais ilha (São Vicente, claro), mandou-nos esta palmeira que contra todas as previsões nasceu na dobra de um passeio, sítio completamente fora de todos os esquemas palmeirais.

Eis as palavras do nosso amigo: Olha onde esta tambeleira/palmeira foi nascer. Há mais ou menos cinco anos, passei ali nesse lugar nas minhas caminhadas matinais ou de fim do dia, era apenas uma pequena folha que saía de entre as pedras da parede, e disse para comigo: "Um dia hei-de fotografar-te." O tempo foi passando, lembrei-me da promessa e ela aí está. Como ela estará daqui a mais cinco anos? Se estiver vivo, voltarei para contar.



3 comentários:

  1. Esse amigo Zeca Soares é mesmo impagável. Bom observador e colaborador deste blog com fotos e comentários pertinentes. Conheci-o quando trabalhava e dirigia a Cooperativa de Carpintaria na Chã de Cemitério, mais o colega Nanai, onde fizeram a nossa mobília com uma categoria fora de série e preço a cessível que ainda existe como nova. A resiliência cabo-verdiana é realmente extraordinária; ainda me lembro de ter visto uma cabra a correr atrás de uma folha de papel em cima de erva, que ela não conhecia, por ter decorrido, não sei quantos anos, sem chover

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  2. O Zeca é de facto "our man in Mindelo". Tem enriquecido muito o Pd'B com as suas colaborações (sobretudo fotográficas) de caminhante pela ilha.

    Braça, Arsénio,
    Djack

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  3. É verdade, o Zeca Soares volta e meia nos presenteia com verdadeiras obras de arte fotográficas. Sim, engana-se quem pensa que fotografar é só apontar a câmara e carregar no botão. Não direi que tem as exigências e particularidades da arte da pintura, mas têm em comum o sentido de uma inspiração momentânea, a agudeza do olhar que transpõe a aparência exterior do que se comtempla, e o sentimento de convergência e unicidade entre o espírito e a realidade material.
    Creio que isso aconteceu com o Zeca quando, ainda que em trânsito e fugazmente, lobrigou os sinais da palmeira que rasgava a inclemência do betão para se abrir à vida.
    Zeca, acredita que estarás ainda vivo quando, daqui a "5 anos", a palmeira estiver completamente desabrochada no convívio com o Sol e a natureza da nossa ilha.
    Já agora, Zeca, peço-te para entregares as minhas "mantenhas" à minha prima Lídia, tua vizinha.

    Adriano

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