terça-feira, 11 de janeiro de 2022

[5858] Sérgio Godinho, em "Chuvas de Cabo Verde" (ver dois posts anteriores)


CHUVAS DE CABO VERDE
Sérgio Godinho

Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Beleza de Cabo Verde
Não se vê do avião
País que é novo tem sede
Do que faz fazer o pão
Este socalco foi milho
E aquelas pedras, feijão
Ensinava a mãe ao filho
Repete o filho ao irmão
Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Beleza de Cabo Verde
Está na maneira de olhar
Árvore que tinha sede
Foi-se também emigrar
Nela encostado, o emigrante
Trinca do fruto da morna
Não há nenhum que não cante
A vez em que à terra torna
Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Há quantos meses não chove
Parece que nove
Parece que nove
Se chover nos três que resta
Parece que há festa
Parece que há festa
Beleza de Cabo Verde
Está na razão de cantar
Música não mata a sede
Mas se pudesse matar
Com água por melodia
E por batuque irrigado
Verde o verde nasceria
No solo santificado
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já
Chova já chove, já chuva
Choveu, vai chover já

1 comentário:

  1. Não conhecia esta composição. Embora eu não seja fã do Sérgio Godinho, aplaudo esta sua interpretação.

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