Estamos em período monárquico e o selo português é mais ou menos anónimo em termos de localizacão, com inscrição generalista de apenas "África - Correios". Sabe-se que a carta para a Bélgica (Bruxelas, Rue Royale, 135, perto do Jardim Botânico - imagem actual do edifício, abaixo) partiu de São Vicente a 16 de Maio de 1898, passou por Lisboa a 22 e chegou a Bruxelas a 25, onde levou três carimbadelas, uma delas em selo local, o que indicia que os portes não estavam em ordem e havia uns tostões em falha - a legenda em flamengo "te betalen", significa "a pagar" (ou "a payer", como também lá está - o selo, como tudo na Bélgica, comporta as duas línguas mais expressivas).
O postalinho, alemão, embora a preto e branco, é lindíssimo e dirigido a um "Caro Emile", por alguém que tinha chegado na noite anterior à nossa ilha. O resto é confuso e mal se percebe, embora em francês que não seria difícil de decifrar se se conseguisse ler.
O "Gruss von der see" significa "Lembrança do mar" ou "Recordações do mar". Finalmente, a curiosidade de alguém que em terra então portuguesa (e crioula) escrevia em francês, num postal alemão, para a Bélgica - para além da castelhana palavra "señor", no endereço...
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