O sargento estava em trânsito para a África longínqua, possivelmente para Angola ou Moçambique. A guerra estava no início e Portugal ainda não tinha entrado oficialmente nela, mas já havia tropas a seguir para as grandes colónias africanas, onde se combateu e morreu antes de a Alemanha declarar guerra dois anos depois ao pequeno país da ponta da Europa.
Acontece que o navio mercante onde o sargento C. seguia, parou dois dias em São Vicente e este escreveu ao irmão que vivia em Lisboa e era empregado comercial (isso descobrimo-lo nós, por outras vias). E o militar, a única coisa que soube dizer ao mano Alfredo foi o que se pode aqui ler. O homem, para além de bronco, era cego, pois no Mindelo só via "pretos e pretas". Tinha era uma bela letra e apelido italiano, mas lá que era bronco e bem bronco, lá isso era...
Reacções dessas conheço algumas castiças mas prefiro so contar uma.
ResponderEliminarEm Dakar, fui apresentado por um Alto Funcionàrio a um seu familiar muito proximo. E a reacção foi "... mas ele fala português".
Este tipo de reacções, mais que coisa racista, é coisa de ignorância pura e sobretudo de grande atraso cultural (no verdadeiro sentido da palavra "cultural").
EliminarPlenamente de acôrdo. Essa reacção foi por atraso cultural
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