Aqui está o que eu designaria antes, e por enquanto, como uma boa inovação, dado que muito tempo terá ainda de correr para que se torne uma verdadeira tradição popular. Ou seja, algumas gerações terão de se suceder para que o evento se confirme, se consolide e, até, se enriqueça com outras aquisições. No entanto, tem já o condimento bastante para se afirmar e para conquistar e arrebatar o coração dos mindelenses, sempre ávidos de tudo o que é música e festejo. Eu não sou católico, e por certo muitos dos que se incorporam neste evento o não serão também. Mas estas coisas são mesmo assim. Os santos ultrapassam a crença e os cultos religiosos de cada um para penetrarem a realidade física e se tornarem personagens vivas do quotidiano dos povos, por assim dizer dando razão aos antigos gregos na concepção da sua mitologia. As divindades gregas interferiam com a vida dos mortais, influenciando o seu curso e o seu destino. O mistério da transcendência ficará a cargo de cada um, que o lado profano do aproveitamento da nossa padroeira contará com absoluta unanimidade entre os mindelenses. Eis mais uma demonstração da criatividade e originalidade dos mindelenses. Muito gozo me daria incorporar estas serenatas e ir pela noite dentro até ao raiar da madrugada.
Reviver a época das serenatas - com ou sem religiosidades - é voltar aos tempos em que elas animavam Mindelo. Ah os da época de "Um tempe Sãocente era sabe". As serenatas com violinos e até o trompete de Jotamonte em que ninguém reclamava porque foi acordado. Antes pelo contràrio, muitos pais não mais deixaram as filhas ir a bailes de fulano, beltrano ou sicrano, porque não parou à janela da sua casa e foi à do vizinho. Cada terra com seus costumes. Em Dakar, um amigo meu resolveu fazer uma serenata na noite de S.Silvestre. Recebeu um balde de àgua, fugiu e, momentos depois, apareceu o carro da Policia. No dia seguinte recebeu uma reprimenda da colega (francês) por este acto que pensou ser de morabeza.
Belos textos os dos dois efectivos de serviço. Mais uma vez obrigado, por mim, pelo PRAIA DE BOTE e pelos invisíveis que lêem mas não deixam rasto escrito.
Aqui está o que eu designaria antes, e por enquanto, como uma boa inovação, dado que muito tempo terá ainda de correr para que se torne uma verdadeira tradição popular. Ou seja, algumas gerações terão de se suceder para que o evento se confirme, se consolide e, até, se enriqueça com outras aquisições. No entanto, tem já o condimento bastante para se afirmar e para conquistar e arrebatar o coração dos mindelenses, sempre ávidos de tudo o que é música e festejo.
ResponderEliminarEu não sou católico, e por certo muitos dos que se incorporam neste evento o não serão também. Mas estas coisas são mesmo assim. Os santos ultrapassam a crença e os cultos religiosos de cada um para penetrarem a realidade física e se tornarem personagens vivas do quotidiano dos povos, por assim dizer dando razão aos antigos gregos na concepção da sua mitologia. As divindades gregas interferiam com a vida dos mortais, influenciando o seu curso e o seu destino. O mistério da transcendência ficará a cargo de cada um, que o lado profano do aproveitamento da nossa padroeira contará com absoluta unanimidade entre os mindelenses.
Eis mais uma demonstração da criatividade e originalidade dos mindelenses.
Muito gozo me daria incorporar estas serenatas e ir pela noite dentro até ao raiar da madrugada.
Reviver a época das serenatas - com ou sem religiosidades - é voltar aos tempos em que elas animavam Mindelo. Ah os da época de "Um tempe Sãocente era sabe". As serenatas com violinos e até o trompete de Jotamonte em que ninguém reclamava porque foi acordado. Antes pelo contràrio, muitos pais não mais deixaram as filhas ir a bailes de fulano, beltrano ou sicrano, porque não parou à janela da sua casa e foi à do vizinho.
ResponderEliminarCada terra com seus costumes. Em Dakar, um amigo meu resolveu fazer uma serenata na noite de S.Silvestre. Recebeu um balde de àgua, fugiu e, momentos depois, apareceu o carro da Policia.
No dia seguinte recebeu uma reprimenda da colega (francês) por este acto que pensou ser de morabeza.
Belos textos os dos dois efectivos de serviço. Mais uma vez obrigado, por mim, pelo PRAIA DE BOTE e pelos invisíveis que lêem mas não deixam rasto escrito.
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