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Era o ÁSIA e estávamos em Outubro de 1923. A coisa entretanto meteu boatos esquisitos, atrasos e o que mais nos arquivos anda e o PB desenterra todos os dias, paulatinamente, com o encantamento do investigador que sabe estar a acumular precioso tesouro que a devido tempo será trazido à luz em letra de forma - bem trabalhado (diríamos digerido) e com coisas do outro mundo, boas, divertidas, tristes e más... As más, as piores, as devoradoras fomes, de arrepiar. Mas por agora, fica-nos o ÁSIA. E já não é nada mau!
E agora reparem na palavra "Terça-feira". Aquês jornal mercóne ca tinha cedilha na sês tipos d'imprensa e viraram um 5 ao contrário para fazer o efeito. Genial, não é? A necessidade é de facto mestra do engenho...
E agora reparem na palavra "Terça-feira". Aquês jornal mercóne ca tinha cedilha na sês tipos d'imprensa e viraram um 5 ao contrário para fazer o efeito. Genial, não é? A necessidade é de facto mestra do engenho...
Nunca tinha ouvido falar desta viagem que, afinal, acabou por não ser...A realizar-se, teria marcado indelevelmente a memória das gentes pois se tratava de um salto qualitativo enorme nas condições históricas das ligações USA/C.Verde.
ResponderEliminarAbraço,
Zito Azevedo
Houve outros, houve mais, nessa altura. Estou a lembrar-me do vapor "Canadá" que no final de 1922 partiu de Boston para a Madeira, levando passageiros para S. Vicente e Praia. O "Cabo Verde" era outro que fazia a carreira States/CV.
ResponderEliminarMas isto era para emigras com dinheiro. O povão ia nas escunas que eram mais que muitas como a "Margaret Haskins", a "Cláudia", a "Belmira" (que deu rosto a moeda de 5$00 no CV independente), a "América" e muitas, muitas mais. A "Ernestina" terá sido a mais famosa e ainda está vivinha da silva, lá nos States.
Deste navio nunca tinha ouvido falar. É mais um que aponto ao meu caderno, graças às pesquisas do Joaquim.
ResponderEliminarAproveito para transcrever aqui uma passagem de um texto da minha autoria:
"O meu bisavô paterno era dono e armador do veleiro “Sirena”, um dos que faziam regularmente a carreira para a América do Norte. Naquele tempo, como se tem dito, os navios cabo-verdianos exploravam rotas comerciais para a América do Norte, que se regulavam pelas estações do ano, evitando sempre a inclemência do Inverno. Os veleiros transportavam para a América passageiros e produtos da terra e regressavam com mercadorias de fabrico americano. No intervalo entre essas viagens, demandavam os países da costa africana, transportando carga e passageiros, sendo o sal um dos produtos de Cabo Verde mais transaccionados com a África Continental. Numa viagem por volta de 1930, o veleiro “Sirena” desapareceu a caminho da América do Norte, ou no regresso, não sei ao certo, sem deixar rasto e sem que se conheçam as circunstâncias precisas do acidente marítimo, visto que naquele tempo não havia as actuais tecnologias e meios de socorro náutico. Comandava o navio José Gomes de Pina, genro do meu bisavô, que pereceu no naufrágio, assim como toda a tripulação e os passageiros que provavelmente nele seguiam, como era usual à época."