segunda-feira, 17 de outubro de 2011

[0133] Agosto de 1935. A morna entra em alta velocidade nos Estados Unidos da América. Alguns erros ortográficos no anúncio, mas que interessa isso?

(clique na imagem)

7 comentários:

  1. Indiscutivelmente Notias foi o primeiro caboverdeano a gravar um disco nos Estados Unidos e a noticia chegou em Cabo Verde como se ele tivesse descoberto a invenção. Já lá vão muitas décadas, andava no 1° ano do liceu. Assim, posso dar a data aproximada desse tesouro em minha casa consultando, também, uma foto feita no Alto da Muralha onde vivíamos: - 1943. Porque tínhamos um gramofone (corda) com força para um só disco de 78 rotações, apareceu-nos uma prima do rapaz (conhecida por Dona) com o disco (e recomendações) que recebeu do Familiar.
    Escusado será dizer que não tinha direito de mexer em nada porque podia partir os discos e a máquina - preciosidade vinda da Inglaterra pelas mãos de uma enfermeira da Western Telegraph C° que o cedeu a meu pai, não sei como, e que tinha o emblema do cachorrinho da His Master Voyce.
    Que eu saiba, Armando Notias, era seu nome completo, foi mesmo o pioneiro na matéria e o orgulho dos seus patrícios mas, se me fio na minha memória ele só acompanhava e molemente

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  2. Informações curiosas sobre as primeiras gravações musicais de artistas cabo-verdianos, aqui vertidas quer pelo Praia de Bote quer pela memória, sempre inesgotável, do valdemar. É a primeira vez que ouço falar disto, nem sequer tendo ouvido alguma vez os nomes dos cantores citados.

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  3. Também desconhecia quase tudo isso, pois só tenho ideia da morna Maria Jalanga, dos músicos, das canções e disco, para mim é novidade. Mas não me admira, pois sei (através dos jornais da época também) que nos anos vinte já havia um Capverdean Band nos E.U.A. pelo que seria uma questão de tempo dar o passo seguinte e gravar um disco.

    João Nobre de Oliveira

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  4. O Capeverdean Band & Club Inc. tinha a sua sede em New Bedford, na Acushnet Avenue, 185. A última notícia que tenho desta agremiação é de 1959. Como o próprio nome indica, tinha uma banda que tocava em festas de emigrantes e noutros locais.

    Uma das suas muitas aparições teve lugar no auditório da Clarence A. Cook School, numa festa de homenagem ao ministro de Portugal em Washington João António de Bianchi, em 16 de Setembro de 1934. O recinto foi alugado e não deixaram entrar crianças até aos 10 anos... Claro, caso contrário seria uma chinfrineira. Programa muito longo, com várias bandas e artistas individuais.

    Abraço
    JS

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  5. Inicio por saudar o autor Mr. Joaquim Saial. Tenho e li com gosto o seu Romance "Capitania" que contêm muita boas memórias da nossa terra. Venho lendo e colhendo regularmente muita informação de interesse no blog. Esta postagem há algum tempo editada e agora retomada me encheu de boas lembranças: Um desses discos tivemos em casa junto com outro do saudoso professor Padre Simões contendo na sua voz a "Balada de S. Filipe", entre outros de 78 RPM. A data dos discos do Armando Notias é que me foram de grande utilidade porque os originais não eram datados como acontece ainda hoje com discos de C.Verde e não só. Lembro que o romance do Dr. Teixeira de Sousa "Capitão de Mar e terra" que se situa nos finais da década de 1930 (1938...) insere o músico Notías a abrilhantar um baile de Carnaval no Mindelo. As mornas "Nhô Mané Valentim" era interpretada pela cantora Maria Teresa e a "O Lobo" pela Otília Gonçalves; todas eram da autoria de Neves e Almeida. A última vez ques as escutei foi no ano de 1972. O gramofone que tínhamos em casa fora enviado por familiares residentes nos EUA ainda era bem criança nos finais de 1950 sendo o meu pai tripulante do trimastro agora moeda de 50$00 CV, "Gavião dos Mares" que tive o prazer de ver aqui no seu blog. Desejo-lhe saúde e continuação de bom trabalho.

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  6. Desculpe, troquei o nome do barco trimastro que o meu pai foi tripulante "Senhor das Areias" por outro mais recente que também o seu blog postou, o "Gavião" no qual andei por estas
    por estas ilhas última vez em 1975.

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  7. Um abraço ao amigo(a) anónimo(a), a quem me une ter pai marinheiro. Grandes e poéticos navios esses dois, que eu via com grande encantamento da Capitania e da Praia de Bote. Inesquecíveis!

    Grande abraço e apareça sempre,
    Djack

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