domingo, 20 de novembro de 2011

[0152] Mar na Praia de Bote


Ora aqui está!... Uma fotografia excelente, para os apreciadores de "não comentários". O mar na Praia de Bote. Haverá outro assim? Caro leitor, não se distraia e não comente. Esta é uma imagem para "não comentários".

5 comentários:

  1. Eu diria que as pessoas - a maior parte delas - gostaria mais que estes espaços fossem palco de confrontação mais de que de confabulação...Nestes ultimos três anos já verifiquei que a controvérsia, os tabús, e o "bas-fond" do relacionamento humano são questões mais capazes de provocar o diálogo (?) do que todos os lirismos que aínda subsistem na
    nossa depravada civilização...Sem emoções fortes a adrenalina não se manifesta!
    Zito Azevedo

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  2. Pode ser, pode ser, mas o Praia de Bote é lugar calmo e pacato, mais de História e memória que de soco e pancadaria. Sobrarão os indefectíveis, teremos de nos contentar com o nosso pequeno grupo que os restantes são apenas observadores. Estes têm agora a oportunidade de "não comentar" sem ficarem com problemas de consciência. Também têm direito à vida, não é verdade? Quanto ao resto... viva a Praia de Bote!

    Braça forte,
    Djack

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  3. O que o Zito Azevedo denuncia também disso me venho dando conta há muito, desde que surgiram estes espaços de diálogo on-line. A natureza humana é o que é e perante isso não há nada a fazer senão continuar a insistir na mesma tecla e pregar sempre nem que seja no deserto. O comum das pessoas prefere o lado sórdido, rasteiro e fedorento das questões pessoais para se manifestarem, talvez assim encontrando eco abafado nas suas próprias consciências daquilo que execram ou maldizem, o que pode ser uma forma de exorcizar os próprios fantasmas.
    Todo este quadro pode ser sintoma de um défice cívico ou mesmo cultural. Só assim se explica que em certos jornais on-line (e conheço um que é um exemplo perfeito do que digo) não apareça ninguém para comentar artigos de opinião de certa profundidade no seu conteúdo, ao passo que surgem, por vezes em catadupa, para opinarem sobre notícias corriqueiras referentes a escândalos ou acontecimentos aberrantes.
    Mas este mar é lindo e contemplá-lo ajuda a apaziguar os ânimos, o que dispensa palavras, como diz o Joaquim.

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  4. Retomo o fio à meada apenas para colocar o dedo numa chaga que no post anterior ignorei por mero espirito conciliatório, mas que agora enfrento, de espaldas protegidas pelas palavras, no mesmo sentido, de AML: "...sintoma de défice cívico ou mesmo cultural."
    Será que alguém se vai rebelar contra a contundência da observação?!
    Zito Azevedo

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  5. Vê-se que nem com um descarado engodo se consegue trazer as abelhas ao boião de mel.
    Mas tenho de prestar um esclarecimento. A minha observação não foi feita a pensar nos frequentadores deste Blogue, sejam potenciais ou efectivos. Estão no seu pleno direito de vir à Praia de Bote (refiro-me à praia real) e ficarem quedos e mudos a ver as mansas ondas a beijar suavemente a areia. Ou a observar o sono cósmico do Monte Cara, quem sabe tentando adivinhar-lhe os sonhos. O que eu afirmei, e reafirmo, diz respeito a um fenómeno que não é exclusivo de nenhum espaço on-line em particular. O meu reparo abrange desde o Diário de Notícias e o Correio da Manhã, portugueses, ao Liberal e Notícias do Norte, cabo-verdianos, passando por uma série de blogues. De facto, as pessoas, dum modo geral, sentem-se mais atraídas para o inusitado e o sórdido. Tendencialmente voyeuristas, nunca assumem a identidade quando comentam debitando tudo o que não são capazes de dizer frontalmente. Os políticos e as figuras públicas são naturalmente os mais visados.
    Claro que isso nunca se passou no Praia de Bote. E ainda bem. Mas seria estimulante que houvesse mais malta a contar coisas antigas passadas neste como noutros lugares do nosso Mindelo.

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